Dezessete dias. Foi o tempo que Campo Grande precisou para quase dobrar a quantidade de casos de Covid-19 de Dourados.
De acordo com o Boletim de atualização divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta quarta-feira, 22., a capital conta com 7.348 casos positivos.
No entanto, no dia 4 de julho, dia em que Dourados deixara de ser o epicentro, Campo Grande tinha apenas 81 casos a mais. Uma variação percentual de 2,5%. Eram 3029 casos para a capital e 2948 para a cidade da região sul.
Com auxílio das baixas taxas de isolamento social, que contribuem para o avanço da doença, segundo especialistas, esse número saltou para 3.433 hoje. Dourados tem 3.915 casos hoje. Ou seja, a variação chegou à estratosférica marca de 87,7%.
Também preocupa outro número revelado pelo boletim: o recorde de novos casos em um dia: 1503; um aumento de 6,5% em relação à última atualização. Só em Campo Grande foram 928 novas confirmações.
Parte desse número se deve ao que o relatório chama de casos sem encerramento. Contabilizados pouco mais de seis mil no último relatório, no mais atual ele atingiu 4.130.
Isso porque, segundo o secretário SES, Geraldo Resende, “toda segunda e quinta-feira o estado envia testes para o laboratório da Fiocruz no Rio de Janeiro e para a empresa Daza contratada pelo Ministério da Saúde desafogar a fila de exame”.
“Isso é importante porque assim podemos dar as recomendações de isolamento mais rápido e evitar fluxo de contaminados”, argumenta.
A quantidade de letalidade permanece estável, numa taxa de 1,4%. De ontem para hoje foram nove óbitos, seis deles na Capital.
“Média dos 14 dias é alta e está em 9,6 óbitos”, afirma Geraldo Resende.
Aquidauana preocupa por causa das aldeias indígenas. O secretário relembra que a saúde de populações nativas é responsabilidade do Governo Federal. “Dito isso, o estado se compromete em dar apoio para que a doença não se dissemine descontroladamente nas aldeias da cidade e do Estado”.
Geraldo ainda comentou a inserção de Sete Quedas no mapa de municípios afetados pela Covid-19. Em alusão à matéria de hoje do Correio do Estado, ele reforçou a questão da mobilidade ter jogado a favor das cidades. Até ontem eram quatro cidades livres da doença, hoje esse número se reduziu para três.