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Campo Grande vira polo de desenvolvimento de pesquisa para a Covid-19

Pesquisa que injeta plasma de recuperados da doença em pacientes internados é uma delas

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Campo Grande tem se tornado um dos polos de desenvolvimento de pesquisas para tratamento do novo coronavírus, a Covid-19. Foi uma das cidades que participou do ensaio clínico Solidarity (Solidariedade), promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), também tem em desenvolvimento a pesquisa com o plasma de pessoas recuperadas da doença. Além disso, em desenvolvimento também há o estudo sobre a quantidade de pessoas com anticorpos para a doença, de acordo com testes feitos no Hemocentro da Capital.

Para os próximos meses, novas pesquisas também serão desenvolvidas na cidade, como a imunização de profissionais da saúde com a BCG e a possível parceria de outros imunizantes, desenvolvidos especificamente para tratar a Covid-19.

Na próxima semana, o grupo de pesquisadores responsáveis pela pesquisa com o imunizante fabricado pelo laboratório belga Jansen-Cilag – unidade farmacêutica da Johnson & Johnson – deve assinar convênio com o governo do Estado para a aplicação do tratamento. A vacina seria destinada também para profissionais de saúde.

Outra pesquisa desenvolvida na Capital pretende criar um aplicativo para analisar, através da tosse e dos sintomas informados pelo paciente, se a pessoa está ou não com Covid-19.

A ferramenta é feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Intel, que está desenvolvendo a inteligência artificial do aplicativo.

De acordo com o médico infectologista Julio Croda, pesquisador da entidade e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), 300 voluntários que tiveram a doença participaram do processo, sendo que 90% é de Campo Grande.

“O aplicativo pretende fazer o reconhecimento da tosse e de sintomas, a pessoa grava tosse e ele vai tentar predizer se ela está com Covid-19 ou não. Esperamos que daqui a duas semanas a gente já tenha os resultados se vai poder usar para diagnóstico presuntivo. Isso ajuda porque a pessoa que tem uma dúvida se tem ou não a doença pode saber se há probabilidade de ter ou não e ela pode já fazer o isolamento e procurar um exame para comprovar”, explicou Croda.

PLASMA

No caso da pesquisa que utiliza o plasma de pessoas que se recuperaram da Covid-19 para aplicá-lo em pacientes ainda internados, quatro pessoas já estão, há mais de um mês, recebendo o material que foi coletado no Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul (Hemosul).

Segundo Croda, outras 20 pessoas devem começar a receber o material nos próximos dias e a pesquisa deve atender até 30 pacientes. “Só pode receber o paciente que estiver internado na UTI, há menos de 3 dias, então é um grupo um pouco restrito. Ainda não dá para falar sobre resultados, porque além de Campo Grande há outros locais participando da pesquisa”. Os infectados que recebem o tratamento alternativo está todos no Hospital Regional.

Para a coordenadora geral do Hemocentro do Estado, Marli Vavas, foi “gratificante” participar da pesquisa. “É muito bom fazer parte disso, um tratamento para uma doença que se conhece muito pouco. Nós aqui no Hemosul já ajudamos tanta gente com a coleta de sangue e é gratificante poder ajudar também com essa doença”.

Conforme Vavas, na quarta-feira (23) a UFMS informou ao Hemosul que a pesquisa já havia coletado o número de bolsas de plasma necessário para o tratamento. As coletas começaram em julho e nesses dois meses foram doadas 120 bolsas.

 

OUTRAS PESQUISAS

Ainda no Hemosul, outra pesquisa mede como está a prevalência da doença. Em toda segunda semana do mês as doações feitas nesse período são analisadas para descobrir a porcentagem de pessoas que tem anticorpos para a Covid-19 na Capital.  

Na última análise divulgada, de agosto, a porcentagem era de 7%, o que pode significar que 7% da população de Campo Grande tenha contraído a doença, já que a pesquisa é feita de forma aleatória, com doadores de sangue.

No caso do estudo envolvendo o imunizante para a tuberculose, a vacina BCG, a aplicação nos voluntários deve começar em outubro. Segundo o infectologista, o único detalhe para o início da pesquisa é a chegada das doses, que vem de um lote específico desenvolvido na Dinamarca.

Serão 2 mil voluntários em Campo Grande, focado em profissionais da saúde de todas as áreas, que serão monitorados durante um ano após a aplicação do imunizante.

A Capital ainda teve 80 pessoas que precisaram ser internadas por causa do novo coronavírus participando da pesquisa, desenvolvida pela OMS. No início os estudos pretendiam investigar a eficácia de quatro medicamentos: a cloroquina (usada para a malária); o lopinavir e o ritonavir (ambos utilizados para tratamento de HIV); e o remdesivir (usado para o Ebola).

No entanto, o uso dos três primeiros foram suspensos e apenas o remdesivir continuou sendo aplicado. Os outros medicamentos não tiveram eficácia para o tratamento da Covid-19. A pesquisa, no entanto, já foi encerrada.

“De alguma forma uma parcela da população vai ter acesso a essas vacinas e isso importante, a oferta desses possíveis tratamentos. Assim como a oferta para a equipe de pesquisa local. Tem a questão do estudo de universidade, o que dá repercussão internacional, então é muito vantajoso termos esses estudos sendo desenvolvidos”, avaliou Croda.

corumbá

Prefeitura mantém dentistas alvos da PF por fraude em ponto eletrônico

Investigação apurou que prejuízo para o setor da saúde pública do município chega a R$ 6 milhões

20/04/2024 10h00

Agentes da Polícia Federal cumpriram mandados no Centro Municial de Especialidades Odontológicas Divulgação/PF

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Dentro do Centro Municipal de Especialidades Odontológicas de Corumbá, a Polícia Federal identificou que servidores municipais que eram para cumprir carga horária de pelo menos 20 horas, fraudavam o ponto eletrônico para reduzir o tempo de trabalho, mas seguiam recebendo os salários integralmente. Ao todo, são 11 dentistas que são investigados nos crimes de estelionato, peculato e peculato eletrônico e eles foram alvos de operação da PF nesta sexta-feira (19). 

O caso está em segredo de justiça e a Prefeitura de Corumbá informou que os servidores seguem trabalhando até que haja informação oficial do teor das investigações.

A Operação Esculápio foi desencadeada para que o inquérito policial pudesse avançar. Os investigadores solicitaram à 1ª Vara Federal de Corumbá autorização para sequestro de bens móveis e imóveis em nome dos servidores públicos como forma de tentar reduzir o prejuízo aos cofres públicos. 

Além disso, policiais federais estiveram durante a manhã deste dia 19 no Centro Municipal de Especialidades Odontológicas, que fica no bairro Universitário, mas não houve detalhamento sobre o trabalho realizado no local.

“Segundo as investigações, 11 servidores públicos da área de saúde do município reiteradamente fraudam seus pontos eletrônicos não cumprindo a carga horária contratada pela prefeitura municipal. Em alguns casos a permanência do profissional na unidade de saúde do Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO) foi de apenas 5 minutos”, confirmou a PF, em nota.

A Prefeitura de Corumbá sugeriu que não tinha conhecimento oficialmente das fraudes e que aguarda notificação das autoridades para novos procedimentos. 

Conforme apurado preliminarmente, até mesmo os nomes de todos os dentistas investigados não eram de total conhecimento do poder público municipal.

Em nota, a Prefeitura de Corumbá reconheceu que ainda não iria abrir processo administrativo ou afastar preventivamente servidores investigados criminalmente. 

“Com relação a Operação Esculápio, realizada nesta sexta-feira pela Polícia Federal, a Prefeitura de Corumbá esclarece que não foi alvo da ação e que até o momento não foi formalmente informada sobre o teor das investigações”, diz trecho da nota. 

“A Secretaria Municipal de Saúde está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for necessário. Se trata de procedimento sigiloso da PF. O Município não tem acesso às investigações. Caso tenha ilegalidades praticadas por servidores, serão abertos processos administrativos disciplinares para a devida apuração”, concluiu.

Durante a apuração policial, houve a identificação que agendamentos para diferentes procedimentos demoravam para serem realizados por que os profissionais de saúde não trabalhavam a carga horária devida. Além disso, tinham os vencimentos integrais sendo pagos regularmente. 

“Além do prejuízo indireto causado pelo retardamento no atendimento à população local, estima-se que o prejuízo direto aos cofres seja da ordem de R$ 6.000.000,00”, indicou a Delegacia da Polícia Federal em Corumbá.

Nas ordens judiciais autorizadas, a PF realizou o bloqueio de bens móveis, como veículos, avaliados em R$ 1,5 milhão. Também houve o bloqueio de bens imóveis avaliados em R$ 5 milhões. 
Esses bloqueios ficam ativos durante todo o período de investigação e prosseguem no período de trâmite judicial, após o oferecimento da denúncia à Justiça Federal. Os investigados vão poder recorrer dessa decisão.

O Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) está localizado na rua Eugênio Cunha e realizada procedimentos gratuitos como atendimento ambulatorial, cirurgia, endodontia, prótese dentária, radiologia, periodontia, odontopediatria e atendimento a pacientes especiais.

Conforme dados da Prefeitura Municipal, o prazo médio para vaga nos agendamentos varia de 5 dias a 3 meses, dependendo do procedimento. Não foi possível confirmar qual era o período de atraso que o inquérito identificou que ocorria por conta das fraudes dos profissionais de saúde. 

Dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Corumbá mostram que há 58 cirurgiões-dentistas contratados em vínculo estatutário e comissionado, com carga horária que varia de 20 a 40 horas semanais. O salário bruto, conforme folha de pagamento de março de 2024, para esses profissionais fica entre R$ 7,5 mil a R$ 24,9 mil.

 

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Quem quer ser milionário?

Com chances renovadas, Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado de R$ 100 milhões

Em Mato Grosso do Sul, as apostas podem ser feitas até as 18 horas

20/04/2024 09h41

Divulgação

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Mais um novo milionário pode surgir neste sábado (20) com o sorteio das seis dezenas do concurso de número  2.715 da Mega -Sena pela Loteria Federal. O sorteio será realizado na noite de hoje a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, em São Paulo.

Para os que desejam acompanhar, o sorteio terá transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no YouTube e também no Facebook das Loterias Caixa. O prêmio da faixa principal, acumulado pela nona vez, está estimado em R$ 100 milhões.

Em Mato Grosso do Sul as apostas podem ser feitas até as 18 horas deste sábado. A "fézinha" pode ser feita nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou por meio da página na internet.

O Estado, que carrega um histórico de pé-quente, contabilizou somente no último concurso 60 apostas vencedoras, que totalizou um monte de R$ 1.131,00 por acertar quatro das seis dezenas sorteadas. Resultado pode ser conferido pelo rateio divulgado pela Loteria da Caixa Econômica Federal.

Mega-sena

Os sorteios da Mega-Sena são realizados duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. Para adequar o número do concurso da Mega da Virada, que deve ter final 0 ou 5 foram criadas as Mega-Semanas que são exclusividades da Mega-Sena.

Os sorteios ocorrem em datas predeterminadas ao longo do ano. Na ocasião são realizados três concursos semanais, às terças, quintas e sábados.

A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis no volante de apostas.

Para realizar o sonho de ser o próximo milionário, você deve marcar de 6 a 15 números do volante, podendo deixar que o sistema escolha os números para você (Surpresinha) e/ou concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos consecutivos (Teimosinha).

Quanto mais números você marcar, maior a chance de acertar, porém, o valor aumenta conforme a quantidade de números marcados. O menor valor para se realizar um jogo simples, com seis números marcados, custa R$ 5.

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