O canteiro central da Avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, já está sendo preparado para a chegada da estátua de bronze do poeta Manoel de Barros. O monumento custou R$ 232 mil aos cofres do Estado e será instalado no dia 04 de agosto. A pedido do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a estátua foi feita pelo cartunista Victor Henrique Woitschach, o Ique, para comemorar o centenário do poeta e os 40 anos do Estado. Ela tem 1m38cm, com 400 quilos de bronze e demorou quatro meses pra ficar pronta.
As autoridades, governador do Estado de Mato Grosso, José Pedro Gonçalves Taques, o prefeito Marcos Trad e Azambuja estarão presentes na solenidade. "Como Manoel de Barros era cuiabano, mas viveu em Campo Grande, decidimos convidar o governador do Mato Grosso para participar desse momento, onde firmaremos mais ainda os laços de irmandade entre os estados", informou o secretário de Cultura e Cidadania, Athayde Nery.
Empresas privadas em parceria com a Prefeitura de Campo Grande ficarão responsáveis pela revitalização do canteiro. O projeto tem custo zero para a administração pública e é supervisionado pela Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb).
A melhoria prevê o cultivo de flores e plantio de plantas ornamentais no trecho, bem como a pintura, com cor natural, do monumento dos Pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que também receberá iluminação.
A estátua foi adquirida com recursos do Governo do Estado e o Serviço Social do Comércio (SESC) ficará responsável pela manutenção do monumento.
A prefeitura não soube informar a data que a estátua será instalada e nem quanto tempo levarão as obras de revitalização para receber o monumento.
CARTUNISTA
Ique já fez outras nove estátuas pelo Brasil. “Queria ter homenageado ele em vida, mas veio na hora certa. Faço 40 anos de profissão, o Estado faz 40 anos e estamos comemorando o centenário de Manoel de Barros”.
O cartunista, que é natural de Campo Grande, expressou sua alegria em produzir o monumento. “Manoel lembra minha infância. Todos diziam que eu era maluco, mas quando eu lia as poesias dele percebia que alguém me entendia”.
Apesar de ser a décima obra do artista, Woitschach explica que é a primeira a ser feito por ele na Capital. “Essa é a primeira estátua na minha terra. Já fiz o Michael Jackson no morro do Rio, Pixinguinha de pijamas em São Paulo e várias outras”.
Além da estátua de 1,38x1,60 metros, o cartunista presenteou o Estado com três réplicas. Duas para o Sesc e uma para a esposa de Azambuja.