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Em crise hídrica, Campo Grande dobra valor de licitação para iluminação de Natal

Valor do edital é o dobro da concorrência de 2020, quando certame custou R$ 508.973,00; propostas serão abertas no dia 4 de outubro

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A Prefeitura de Campo Grande abriu edital de licitação para a compra de itens da decoração de Natal das ruas da cidade. Este ano, a concorrência engloba mais locais do que no ano passado e o valor dobrou, tudo isso em plena crise de geração de energia e implantação da bandeira de escassez hídrica na tarifa da luz. 

Enquanto que no ano passado a empresa vencedora recebeu R$ 508.973,00 pela iluminação, este ano a valor máximo será de R$ 1.100.341,06.

O edital foi disponibilizado ontem no Portal da Transparência da prefeitura, mas a concorrência foi anunciada na terça-feira, no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).

A crise de energia, em função da seca nas hidrelétricas, causada pela escassez de chuvas, fez com que o uso de energia de usinas termoelétricas fosse ampliado em todo o País, o que encarece a conta, resultando na criação de uma nova bandeira tarifária, com valores acima da faixa vermelha, que, até então, era a mais cara. 

Esse tipo de usina gera energia a partir de combustíveis como carvão, diesel e gás. Além de ser mais poluente, é menos eficaz e mais cara. Por isso, o custo da geração de energia nesses casos aumenta e a bandeira tarifária muda. 

Neste cenário, o consumidor passou a pagar R$ 14,20 extras a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A cobrança será feita até 30 de abril de 2022 e encarecerá a conta de energia, em média, em 6,78%, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).  

Mesmo com tudo isso, a prefeitura ampliou os pontos de iluminação este ano para as festividades do fim do ano. Serão em seis rotatórias, dois entroncamentos, canteiro de cinco avenidas, quatro locais enfeitados e mais duas avenidas e uma rua quase que completamente iluminadas.

Segundo o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, o aumento no valor se deve ao grande crescimento no custo desses materiais, que subiram até 70% em alguns casos.

“Houve um aumento de preço muito grande, os fios a maioria tem cobre, e esse produto aumentou muito, em torno de 60 a 70%, por isso essa diferença grande. Todo ano, a gente reaproveita um pouco da iluminação do ano anterior, que fica guardada, [para economizar], mas são objetos frágeis, então nem tudo funciona. Quando a gente vai instalar novamente vai testando para ver o que pode ser aproveitado”, contou Fiorese.

Este ano, mais locais receberão decoração natalina e, de acordo com o secretário, as intervenções devem abranger ainda mais vias do que em 2019, quando o foco da iluminação foi a Rua 14 de Julho, recém-inaugurada.

Sobre o gasto de energia, Fiorese garante que, apesar do aumento na quantidade de locais, o material utilizado nessas decorações não teria “grande impacto” no consumo do município.

“A iluminação será ligada no contexto da iluminação pública e mesmo com o aumento elas têm um consumo muito pequeno, não é significativo, são lâmpadas de baixa potência, então não tem reflexo grande no consumo final da prefeitura”, disse o secretário.

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PROJETO

Conforme a prefeitura, a proposta de iluminação decorativa natalina tem como intuito proporcionar momentos de ludicidade e recreação à população, com acesso livre e gratuito, além de fomentar o desenvolvimento local, aumentando a visitação nos locais decorados, e impulsionar o comércio local.  

Conforme o edital, a empresa contratada será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, com instalação de mangueiras luminosas de LED, cordão e redes luminosas, sendo formadas árvores de Natal em postes localizados em diversos pontos da cidade, e instalação de projetores e redes em árvores.

A decoração também prevê instalação de flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, anjo iluminado, árvores em formato de cone, pórticos metálicos, refletores em árvores naturais, entre outros.

Previsão para o acendimento das luzes é 1º de dezembro deste ano, com desligamento no dia 22 de janeiro de 2022, podendo as datas serem antecipadas ou adiadas.  

A empresa responsável terá o prazo de 15 dias corridos após o desligamento da iluminação para a retirada do material.

Os enfeites deverão ser instalados nas rotatórias das avenidas Nelly Martins com Mato Grosso; Gury Marques com Dr. Olavo Vilella de Andrade; Eduardo Elias Zahran com Rua Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com Amaro Castro Lima; Mato Grosso com Hiroshima; e Guaicurus com Rua Lagoa da Prata.  

Também haverá luzes natalinas nos entroncamentos das avenidas Dr. Euler de Azevedo com Presidente Vargas e Capital com Coronel Antonino.  

Outros locais destinados serão os canteiros da Avenida Gury Marques, em frente à rodoviária; Distrito de Anhandui, em frente à E.M. Izauro Bento; Avenida Ministro João Arinos com Rua da Carioca; avenidas Senador Filinto Muller com Senador Antônio Mendes; e Lúdio Martins Coelho com Petrópolis.  

A Lagoa Itatiaia, no Bairro Jardim Itatiaia, a Praça do Distrito de Rochedinho, o Jardim Casa Esplanada Ferroviária na Mato Grosso com Calógeras e a Praça Ary Coelho receberão decoração. Assim como as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso e a Rua 14 de Julho.

Na maioria dos locais, a decoração será feita com mangueiras de LED formando representações de árvores de Natal.

Na Rua 14 de Julho, haverá instalação de 60 flâmulas natalinas, quatro bolas metálicas iluminadas, 12 anjos iluminados, 30 árvores em formato de cone e 64 pórticos metálicos.

Já na Praça Ary Coelho, portais de entrada e o coreto serão decorados com luzes de Natal, além de refletor holofote de LED para iluminar as árvores naturais.

46% de aumento

O valor máximo que será gasto para a compra e a instalação das luzes de Natal cresceu 46%, passando de R$ 508.973,00 no ano passado para R$ 1.100.341,06 este ano, segundo edital da prefeitura.

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ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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