Cidades

Terminal de Contêineres

China confirma 112 mortos
em explosões; 95 estão desaparecidos

China confirma 112 mortos
em explosões; 95 estão desaparecidos

Folhapress

16/08/2015 - 16h15
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Aumentou para 112, dos 104 registrados anteriormente, o número de mortos pelas explosões que ocorreram na quarta (12) em um terminal de contêineres com produtos inflamáveis na cidade portuária de Tianjin, no norte da China.

Mais de 700 pessoas ficaram feridas e 95 continuam desaparecidas. De acordo com autoridades locais, 85 dos desaparecidos são bombeiros -72 trabalhavam no porto de Tianjin, que fica a 120 km a leste de Pequim, e os outros 13 eram de outros lugares.

O número de mortos inclui pelo menos 21 bombeiros, tornando o desastre o mais mortal para os bombeiros chineses em mais de seis décadas.

As equipes de resgate disseram no sábado (15) que não tinham acontecido mais mortes entre as 722 pessoas que continuam hospitalizadas (58 em estado crítico ou grave). Os números atuais de mortos se devem a novos corpos que foram encontrados nas últimas horas.

Parentes dos bombeiros desaparecidos e moradores que tiveram suas casas destruídas pelas explosões foram a entrevista coletiva do governo neste domingo (16) para exigir informações e prestação de contas.

PRODUTOS QUÍMICOS
Dois veículos de imprensa chineses, incluindo o estatal "The Paper", informaram que o depósito armazenava 700 toneladas de cianeto de sódio -70 vezes mais do que deveria conter.

A substância é um químico tóxico que pode formar um gás inflamável em contato com a água.
Autoridades também detectaram no ar o altamente tóxico cianeto de hidrogênio em níveis levemente acima do que é considerado seguro, disse Wen Wurui, funcionário ambiental de Tianjin, ao "The Paper".

No entanto, a contaminação, registrada durante a tarde em dois locais, não foi mais detectada no sábado à noite e não deve impactar ninguém na área, disse o jornal.

A tragédia levantou questões sobre se químicos perigosos vinham sendo estocados muito perto de áreas residenciais e sobre se os bombeiros desencadearam as explosões possivelmente por não saber que no depósito havia substâncias que se tornam inflamáveis em contato com a água.

As grandes explosões de quarta (12) aconteceram cerca de 40 minutos depois do registro de que havia uma incêndio e depois da chegada de vários bombeiros ao local.

Chamas foram vistas na área do desastre no sábado (15), com o registro de pequenas explosões.

Meio Ambiente

Churrasco improvisado pode ter causado incêndio no Pantanal em 2024

Polícia Federal e perícia têm indícios de que incêndio em morraria nos municípios de Corumbá e Ladário foi causado por ação humana, ao lado de torre de internet

22/01/2025 17h05

Incêndio começou em churrasqueira improvisada

Incêndio começou em churrasqueira improvisada Reprodução

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Um churrasco improvisado pode ter sido a causa de um incêndio de grandes proporções no ano passado, no Pantanal Sul-Mato-Grossense, em 18 de julho de 2024. É o que indica um laudo da Coordenadoria-Geral de Perícias de Mato Grosso do Sul, anexado ao inquérito conduzido pela Polícia Federal.

Na época, uma área de 5,42 hectares, na divisa dos municípios de Ladário e Corumbá, no topo de uma morraria, foi destruída pelas chamas. Era um período de longa estiagem, de ar muito seco e de incêndios se espalhando por todo o Pantanal.

O incêndio começou ao lado de uma torre de telefonia, próximo ao alto da morraria. A área é cercada por matas e, inclusive, está ao lado da Área de Preservação Permanente de uma das fazendas atingidas pelas chamas.

“Ao chegarmos no local, nos deparamos com uma grande área queimada e, como dito anteriormente, os três focos de incêndio estavam muito próximos um do outro, o que indica que o fogo pode ter iniciado a partir de um só local”, afirmou a Polícia Federal no relatório inicial do inquérito.

“Um dos pontos estava localizado em uma antena de telefone e/ou internet (...) E próximo à antena, havia algumas churrasqueiras improvisadas, além de alguns recipientes de óleo”, relatou a Polícia Federal.

Na primeira parte do inquérito, a Polícia Federal ouviu pessoas das fazendas vizinhas ao local: Fazenda Vale do Paraíso e Fazenda Santa Luzia. Obteve a informação de que uma equipe da empresa dona da antena, a ACM Comunicações, teria ido ao local para realizar manutenção.

Incêndio começou em churrasqueira improvisada Incêndio destruiu aproximadamente 5 hectares/Reprodução

De posse do caderno de entradas e saídas, confirmou-se que duas pessoas da empresa estiveram no local. No entanto, o primeiro relatório não permitiu aos policiais concluírem que os integrantes da companhia de internet teriam sido os autores do incêndio.

Incêndio começou em churrasqueira improvisada Churrasqueira improvisada

Agora, a Coordenadoria de Perícias concluiu o laudo, e a conclusão é de que a causa do incêndio foi humana, e que a ignição ocorreu justamente ao lado da antena, onde havia os tambores e a churrasqueira improvisada.

“Conclui-se que o referido sinistro teve como agente causador a ação antrópica de terceiros no local, sendo que todos os elementos técnicos apresentados (...) sustentam o parecer técnico aqui expedido”, alega Bruno Oliveira Gonçalves, perito oficial forense que assina o laudo.

Agora, o próximo passo do inquérito será a Polícia Federal decidir se indicia ou não os autores deste incêndio, um entre os milhares de focos que devastaram parte do Pantanal Sul-Mato-Grossense no ano passado.
 

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Cidades

Tecnologia: empresa do MS ganha R$ 160 milhões com plataforma digital

'Fintech' foi fundada dentro de garagem em 2012, inspirada no sucesso das 'big techs', Google e Facebook

22/01/2025 16h15

Renato Fairbanks, presidente da Iugu

Renato Fairbanks, presidente da Iugu Divulgação, Iugu

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Uma empresa de Dourados, a 220 quilômetros da capital Campo Grande, faturou R$ 160 milhões com plataforma digital, classificada como uma empresa "fintech".

Conhecida como Iugu, a companhia começou na garagem da mãe do fundador, Patrick Negri, em 2012, inspirada no sucesso das big techs Google e Facebook na época.

Após 11 anos, em 2023, a receita da empresa aumentou em 73%, subindo seu faturamento de 93 milhões para 161 milhões de reais.

Esse desempenho assegurou o 8° lugar no ranking Exame Negócios em Expansão, na categoria de empresas com faturamento entre 150 e 300 milhões de reais.

Planejamento e trajetória

Negri teve o objetivo de simplificar processos financeiros e melhorar a eficiência. Com uma carteira de 700 clientes, o foco inicial da empresa foi a automação de cobranças recorrentes das empresas, conforme o site Exame.

No primeiro ano, Negri conheceu Renato Fairbanks, primeiro executivo a investir na empresa. Fairbanks tornou-se presidente em 2020 e Negri ficou como diretor de tecnologia, setor na qual atua até hoje.

Atualmente, conta com diversas empresas como clientes, como Conta Azul, Isaac, Contabilizei, Alice e Pier Seguradora.

A trajetória da Iugu começa com uma demanda do mercado: muitas empresas enfrentavam dificuldades para administrar processos financeiros de maneira eficaz, desperdiçando tempo e recursos.

"Empresas queriam crescer, mas lidavam com obstáculos operacionais devido a processos ineficientes. Nossa missão foi automatizar essas operações e liberar o potencial dos nossos clientes", afirma Renato Fairbanks, presidente da Iugu.

"Estar no centro onde os investimentos aconteciam foi essencial para o nosso crescimento. O Brasil estava vivenciando uma recuperação no setor de tecnologia, especialmente com o crescimento das soluções baseadas na nuvem", comenta o executivo após mudar-se para São Paulo em menos de um ano de fundação.

A plataforma de gestão para clínicas odontológicas Clinicorp, por exemplo, conseguiu aumentar em 45% o volume total de transações processadas entre 2023 e 2024, graças à API da Iugu, que automatizou a jornada de venda e cobrança dos clientes da empresa.

A plataforma de conteúdo educacional, Eduzz, é um outro exemplo. Ela necessitava de uma instituição de pagamento regulamentada pelo BC para agilizar a distribuição de pagamentos aos profissionais que geravam conteúdo na plataforma. Após encontrar a Iugu em 2020, manteve parceria com a fintech até atualmente.

O que são fintechs?

Conforme o Banco Central (BC), as empresas fintechs são companhias que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores relacionados ao setor.

No Brasil, há várias categorias de fintechs: de crédito, de pagamento, gestão financeira, empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação de dívidas, câmbio, e multisserviços.

Podem ser autorizadas a funcionar no país dois tipos de fintechs de crédito – para intermediação entre credores e devedores por meio de negociações realizadas em meio eletrônico: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), cujas operações constarão do Sistema de Informações de Créditos (SCR).

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