Chuva não para e estragos resultantes dos ventos fortes, que aconteceu no último sábado (19), ainda não foram reparados, em Campo Grande. Uma das preocupações é com a cerca do Parque Ecológico Anhanduí. O local está totalmente desprotegido e animais já estão saindo das matas e circulando nas vias.
De acordo com o guarda responsável em cuidar da área, Evaldo Ferreira, o maior problema são com os animais. “Tem quatis, capivaras, bugio, jiboia; são muitos animais”, declarou ele ao lembrar que o local em que o parque está localizado - no prolongamento da Avenida Ernesto Geisel, na confluência do Córrego Bandeira e o Rio Anhanduí - é uma via muito movimentada.
Equipe de oito profissionais que trabalham nos serviços gerais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) estavam hoje no Parque Anhanduí com o objetivo de começarem os reparos da cerca, porém o grupo teve de suspender os trabalhos devido a chuva. "Estamos aqui desde cedo e ela não para; acho que vamos embora", disse Rogério, um dos profissionais.
Todos eles esperavam a chuva passar dentro de veículo Van oficial da secretaria. No carro tinham ferramentas para que os trabalhos iniciassem. "Não sei o que vamos fazer, porque esse trabalho não será rápido; demora dois a dez dias, depende", afirmou.
Além da preocupação com os animais, o cuidador do parque, Ferreira disse que o vandalismo é muito difícil de conter. “Ainda mais agora com essa cerca caída; vira uma bagunça aqui, eles destroem tudo”, completou. As chuvas começaram no último sábado e não pararam até hoje.
ESTRAGOS
Nesta segunda-feira (21) a reportagem do Correio do Estado percorreu alguns pontos que foram atingidos. As dez UBSs, que tiveram danos nas telhas dos postos de saúde, foram reparadas durante o domingo e na manhã de hoje.
As salas dos postos de saúde atingidas foram totalmente esvaziadas. “Ainda não devolvemos os computadores e os papéis porque vamos nos certificar se a chuva não vai afetar novamente; não podemos correr o risco de molhar os computadores e os documentos”, disse enfermeira da Unidade Básica de Saúde da Vila Carlota. O local teve uma das telhas da sala de enfermagem totalmente danificada. A água entrou pelo ventilador e pelas lâmpadas e parecia uma cachoeira.
Sobre a cerca do Parque Anhanduí, a suspeita é de que árvore teria caído em cima de pilar de cimento da cerca e demais pilares caíram em efeito dominó. Pelo menos 37 quedas de árvores foram registradas pelo Corpo de Bombeiros neste dia.
Estragos foram registrados no bairro Zé Pereira, região oeste da cidade. Na rua João da Mata, uma árvore de grande porte caiu em cima de uma caminhonete F4000 e danificou o veículo.
Na rua Macaé, na Vila Sílvia Regina, cratera abriu durante a chuva. Os reparos só poderão ocorrer quando o tempo melhorar.
VACINAS
No último sábado também estava marcado o lançamento da campanha de vacinação Dia D, porém, por volta do meio dia, as unidades atingidas pela chuva suspenderam os atendimentos. Todas as vacinas foram retiradas dos 70 postos de saúde para não correrem o risco de estragarem e levadas para câmera fria da Secretária Municipal de Saúde (Sesau).
Nesta segunda, mesmo com a chuva constante que cai em Campo Grande, as Unidades Básicas de Saúde estão vacinando normalmente.
As unidades atenderão das 7 às 17h, sem interrupções. A campanha deve seguir até o dia 25 de outubro.
Dividida em duas etapas, a campanha do dia D deve promover uma segunda etapa da vacinação entre os dias 18 e 30 de novembro. Será priorizado o grupo de 20 a 29 anos, segunda faixa etária mais atingida pelo sarampo.