Cidades

MS em alerta

Chuvas constantes causam desmoronamentos e inundações em cidades de MS

Dez famílias estão desabrigadas em Aquidauana e Anastácio; MS-145 foi interditada

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As chuvas que atingem Mato Grosso do Sul continuam causando transtornos em vários municípios. Em Aquidauana, a 143 km de Campo Grande, o rio que leva o mesmo nome do município transbordou e oito famílias ficaram desabrigadas. Na cidade de Deodápolis, distante a 260 km da Capital, uma rodovia teve de ser interditada depois de desmoronamento.

O coordenador da Defesa Civil de Aquidauana, Mário Ravaglia, disse ao Portal Correio do Estado que o nível do Rio Aquidauana atingiu 8,26 metros na tarde desta segunda-feira (11), o que representa quase o triplo do nível normal, que é de 2,99 metros.

Casas de moradores ribeirinhos foram alagadas e 10 famílias ficaram desabrigadas, sendo oito em Aquidauana e duas em Anastácio, que também é banhada pelo rio. Em Aquidauana, cinco famílias foram alojadas na Escola do Rotary Club e outras três foram para casa de parentes.

Ravaglia explicou que a situação atual é diferente da registrada em 2011, quando a cheia do rio causou um rastro de destruição, porque o nível do rio está subindo em ritmo lento.

“Estamos em alerta, mas o rio está subindo bem devagar e não está dando susto na gente. Ontem subiu uma média de 4 a 6 centímetros por hora. Estamos fazendo trabalho em conjunto”, disse.

Outra cidade que também é cortada pelo Rio Aquidauana é Dois Irmãos do Buriti, distante 84 quilômetros da Capital. O município está em alerta, mas até o momento não foram registrados alagamentos.

A chuva constante também causou estragos na MS-145, entre os municípios de Deodápolis e Angélica, que foi parcialmente interditada devido a um desmoronamento de terra às margens da rodovia. A Defesa Civil do município interrompeu meia pista para evitar acidentes, já que a pista está cedendo por baixo do asfalto.

De acordo com o site MS Cidades, a rodovia é bastante utilizada por ônibus que transportam trabalhadores até usinas da região e veículos que trafegam como forma de acesso a BR-267. Na mesma rodovia, parte da estrutura de proteção da ponte sobre o Córrego 7 cedeu.

AVALIAÇÃO DE RIOS

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) tem uma sistema que avalia em tempo real o volume dos rios e das chuvas no Estado.

Conforme o órgão, quando um rio atinge um nível elevado, como é o caso do Rio Aquidauana, são emitidos alertas direcionados a Coordenadoria de Defesa Civil, que garante a retirada antecipada e em segurança da população ribeirinha, além de minimizar prejuízos materiais.

O monitoramento é feito atualmente nos rios Piquiri, Cuiabá, Paraguai, Miranda, Aquidauana, Pardo e Aporé. São 13 estações telemétricas que funcionam com energia solar e coletam tanto a altura dos rios como o volume das chuvas locais.

Com os dados, técnicos do Imasul conseguem avaliar o momento em que os rios podem ultrapassar os limites de suas calhas e inundar regiões mais baixas, além de ter uma estimativa do tamanho que a área de inundação pode alcançar.

Os dados de medição de nível do rio e chuvas podem ser acessados em tempo real no site da Agência Nacional de Águas: www.ana.gov.br. Já no site do Imasul podem ser conferidos boletins diários e mensais com médias detalhadas sobre comportamento dos rios e chuvas no estado.

violência/saúde

Mato Grosso do Sul é o 10º estado que mais agride médicos em hospitais

Em 2024, mais de 100 médicos foram vítimas de lesão corporal, ameaça, injúria, desacato e difamação, durante o trabalho

15/06/2025 09h00

Rotina na UPA Leblon

Rotina na UPA Leblon GERSON OLIVEIRA/Arquivo

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Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que 134 médicos foram vítimas de violência, durante o trabalho, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Com isso, MS é o 10º estado do Brasil onde médicos são violentados, durante consultas/atendimentos, em hospitais, prontos-socorros, postos de saúde, unidades de saúde, consultórios, clínicas e laboratórios, sejam eles públicos ou privados.

Os tipos de violência são lesão corporal, ameaça, injúria, desacato, difamação, furto, entre outros crimes.

A violência parte de pacientes, familiares de pacientes, colegas de trabalho (enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde) ou até mesmo ex-namorados(as).

No Brasil, foram registrados 4.562 casos em 2024. Isto significa que 12 médicos são vítimas de violência em estabelecimentos de saúde por dia no País. Ou seja, a cada duas horas, um profissional é agredido fisicamente ou verbalmente.

Desde 2013, foram contabilizados quase 40 mil boletins de ocorrência em que profissionais denunciaram algum tipo de abuso sofrido em ambientes de saúde.

Geralmente, médicos e médicas são agredidos na mesma proporção, embora médicas tenham sido mais violentadas no último ano.

Rotina na UPA Leblon

No Brasil, os casos acontecem mais no interior (2.551 - 66%) do que na capital (1.337 – 34%).

Uma médica, do sexo feminino, que não quer ser identificada, faz plantão em uma unidade de saúde da região leste de Campo Grande e afirma que já foi agredida verbalmente em seu ambiente de trabalho.

Rotina na UPA Leblon

“Já gritaram comigo me chamando de incompetente e irresponsável, na frente de várias pessoas. A gente entende que a família quer um atendimento rápido, mas isso é quase impossível quando há um surto de síndromes respiratórias onde todo mundo procura as unidades de saúde de uma vez só”, contou.

De acordo com o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, é importante cuidar da integridade física dos profissionais da área da saúde e não apenas da estrutura dos postos.

“O Conselho Federal de Medicina apela por providências urgentes contra esses abusos. Os profissionais carecem de segurança física dentro das unidades. Não é apenas o patrimônio que precisa de cuidados. A garantia de condições para o exercício da atividade médica, dentre os quais a oferta de espaço seguro, é imprescindível, assim como o acesso dos pacientes ao direito fundamental à saúde, tanto na rede pública quanto na rede privada”, pontuou.

Além disso, pede apoio de parlamentares para punirem quem desrespeita fisicamente e verbalmente os profissionais.

“É de extrema importância termos líderes dos poderes Executivo e Legislativo comprometidos com a saúde e a medicina. É preciso debater e defender a saúde com muita coragem. Precisamos preservar nossos profissionais. O CFM apoia a aprovação de Projetos de Lei (PLs) no Congresso Nacional que agravam a pena para quem agredir médicos que estejam trabalhando, como o PL nº 6.749/16, aprovado na Câmara Federal. A Autarquia também tem articulado com governadores e integrantes da Polícia Civil nas unidades da Federação a criação de delegacias especializadas em crimes contra a saúde para ajudar no combate à violência contra médicos”, finalizou Hiran Gallo.

Os dados foram coletados pelo CFM junto às Polícias Civis das 27 unidades da Federação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

TEMOR

Comitiva de MS pode ser resgatada de Israel via Jordânia

Itamaraty negocia uma viagem por terra até o país vizinho assim que as condições de segurança estiverem melhor, mas ainda não há data

14/06/2025 17h45

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna participavam de um encontro de tecnologia a convite do governo de Israel

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna participavam de um encontro de tecnologia a convite do governo de Israel

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros, entre eles três sul-mato-grossenses, em Israel após o início dos conflitos com o Irã. 

Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.

Entre os brasileiros que ficaram retidos em Israel depois do inícios dos combates com o Irã estão a secretária-adjunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Christinne Maymone; o responsável pelo setor de tecnologia da SES, Marcos Espíndola, e o secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna. 

“O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje [sábado] com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o Itamaraty em comunicado.

Segundo a pasta, o governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais brasileiras em Israel, a convite do governo do país. 

O comunicado ressalta que as operações do aeroporto Internacional de Tel Aviv estão suspensas desde o início dos bombardeios como uma das consequências da crise, por causa da interdição do espaço aéreo em Israel, no Iraque e no Irã.

O Itamaraty também confirmou conversas com diplomatas israelenses. Segundo o ministério, a embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações de políticos brasileiros, e o Ministério das Relações Exteriores contatou o Ministério de Relações Exteriores de Israel para que duas comitivas tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.

“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, destacou o comunicado.

Feira de segurança

As comitivas de políticos brasileiros estavam participando de uma feira de tecnologia e segurança em Israel quando foram surpreendidas pelo início do conflito entre o país e o Irã. As delegações estaduais e municipais estão abrigadas em bunkers subterrâneos para escapar das bombas e dos drones vindos do Irã.

Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, havia informado, por meio das redes sociais, que a Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno das autoridades que estão em Israel . Entre os políticos nos bunkers subterrâneos, estão o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas).
 

(Com informações da Agência Brasil)

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