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sinal de alerta

Chuvas demoram e nível dos grandes rios de MS está abaixo da média

Imasul faz medições dos principais rios em 13 pontos diferentes, de norte a sul e de leste a oeste, e todos estão abaixo do normal

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Embora a situação seja menos crítica que na mesma época do ano passado, que foi marcado pelos mais baixos níveis da história dos rios em Mato Grosso do Sul, os dados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) mostram que neste ano todos eles mais uma vez estão abaixo do nível médio para esta época do ano e em quatro dos 13 pontos de medição a situação é classificada como sendo de estiagem. 

Uma das explicações é a demora para a chegada das chuvas na atual temporada. No ano passado, por exemplo, o feriadão da criação do Estado começou com uma espécie de tromba d'água no começo da noite do dia 9 de outubro em Campo Grande. Em alguns pontos da cidade foram 57 milímetros. Neste ano, até agora, o mês acumula apenas 13 milímetros. 

As medições do nível dos rios são feitas tanto na bacia pantaneira (rios Paraguai, Piquiri, Aquidauana, Miranda, Taquari) quanto na bacia do Rio Paraná (rios Aporé, Pardo e Dourados). Desta forma, as medições conseguem retratar a situação nos quatro quadrantes de Mato Grosso do Sul. 

Nos primeiros sete dias de outubro do ano passado choveu em todos os locais onde é feita a medição do nível dos rios, com acumulados que chegaram a 56 milímetros. Agora, a precipitação ocorreu em apenas três pontos e com volume máximo de 23,7 milímetros (em Ladário). 

E, embora ao longo dos meses de julho, agosto e setembro tenham ocorrido pancadas de chuva que foram fundamentais para dificultar a proliferação de queimadas, elas foram insuficientes para elevar o nível dos rios. 

Dados do Imasul mostram que as chuvas dos primeiros dias de outubro foram insignificantes

Historicamente a chamada temporada das chuvas começa em setembro. Até agora, porém, apenas o extremo sul foi contemplado com chuvas significativas. Mesmo assim, o Rio Dourados é um dos que está na chamada cota de estiagem. 

O normal é que ele estivesse com 1,76 metro nesta época do ano na régua instalada próximo à cidade de Dourados.

Porém, na medição feita na última quinta-feira, conforme o boletim do Imasul, estava com apenas 72 centímetros. No dia 9 de outubro do ano passado, quando ocorreu a seca mais severa nos rios em Mato Grosso do Sul, o nível estava em 71 centímetros. 

No caso do Rio Pardo, outro importante rio que deságua no Rio Paraná, a situação também é crítica. Para esta época do ano, quando as chuvas já começaram a elevar o nível dos rios, o normal seria que já estivesse em 3,57 metros. Nesta quinta-feira, porém, estava em apenas 2,61 metros, o que significa seis centímetros abaixo daquilo que estava na mesma data no ano passado. 

A partir do momento em que ele fica abaixo de 3,03 metros nesta época do ano ele já entra na cota de estiagem. No ano passado, em 9 de outubro, o Rio Pardo já estava recebendo bastante água e começando a subir, conforme mostram os registro do Imasul. Neste ano, baixou sete centímetros em menos de uma semana. 

O Rio Aquidauana, que é da bacia pantaneira, é outro que oficialmente está enfrentando estiagem. Na régua instalada na ponte da cidade de Aquidauana estava com apenas 1,48 metro na quinta-feira. A média para esta data seria de 2,69 metros. 

O Rio Miranda, que no ano passado registrou seus níveis mais baixos da história, estava muito próximo da chamada cota de estiagem na última quinta-feira. Estava com apenas 1,25 metro na medição que é feita próximo da cidade de Miranda. Isso significa apenas dois centímetros acima do chamado nível crítico. Em 9 de outubro do ano passado estava com 98 centímetros, sendo que o normal para esta data seria 2,69 metros. 

Já a situação do Rio Paraguai, o principal da bacia pantaneira, é bem menos crítica que no ano passado, mas mesmo assim está abaixo da média histórica. Na quinta-feira estava em 1,38 na régua de Ladário. Para esta época, a média é de 1,67 metro. 

No ano passado, no dia 9 de outubro estava 62 centímetros abaixo de zero. Sete dias dias depois chegou a 69 centímetros abaixo de zero, que foi o menor nível registrado desde 1900, quado começaram as medições feitas diariamente pela Marinha. 

Mas, por conta das chuvas que já estavam caindo em Mato Grosso e no norte de Mato Grosso do Sul desde o começo de outubro rio começou a subir e manteve a trajetória de alta até meados de julho, quando chegou ao pico do ano, de 3,31 metros

ESPERANÇA

Porém, esta escassez de chuvas pode estar com os dias contados na maior parte do Estado. Boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) válido entre 21 horas deste sábado (11) e 23:59 de domingo (12) prevê chuvas de 30 a 100 milímetros em toda faixa oeste e central de Mato Grosso do Sul, começando no extremo sul e se estendendo até o norte. 

Boletim do Imasul desta sexta-feira (10) mostra que o nível da maior parte dos rios continua em queda

Atenção

Ciclone intenso vindo do Sul pode provocar tempestades e ventos de mais de 100 km/h em MS

Ciclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS e em outros estados da região Centro-Oeste e Sudeste

07/12/2025 10h03

As previsões são de chuva para a semana

As previsões são de chuva para a semana FOTO: Paulo Ribas/Correio do Estado

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A chegada de um novo ciclone chegando na região Sul do Brasil deve trazer tempestades e ventos fortes para Mato Grosso do Sul ao longo desta semana. 

Segundo o meteorologista do Metsul, Luiz Fernando Nachtigall, um centro de baixa pressão extremamente profundo, não costumeiro para a região, com valores de pressão atmosférica observados em ciclones tropicais no Hemisfério Norte e em ciclones extratropicais poderosos mais ao Sul do continente, vai avançar para o Sul do Brasil ainda no começo da semana. 

“A atmosfera extremamente aquecida, com valores ao redor e acima de 40ºC, associada aos valores de baixa pressão atmosférica é uma combinação explosiva e de altíssimo risco de tempo severo. Vários estados serão afetados na primeira metade da semana com uma grande onda de tempestades que afetará o Sul e estados do Centro-Oeste e do Sudeste no final da segunda e durante a terça-feira”, afirmou o meteorologista. 

As previsões são de chuva para a semanaCiclone atinge a região Sul, mas os efeitos devem ser sentidos em MS / Fonte: Metsul

As chuvas, embora irregulares, devem ser de valor excessivo, podendo acumular volumes de 100 milímetros a 200 milímetros em setores isolados. 

O Rio Grande do Sul deve ser o mais afetado pela condição, porém, os efeitos devem atingir Mato Grosso do Sul ao longo da semana, até a quinta-feira. Também são esperados vendavais intensos com rajadas acima de 100 km/h em todas as áreas afetadas. 

“Desenha-se, portanto, uma sequência de dias de altíssimo risco meteorológico entre a segunda e a quinta-feira, quando o ciclone começará a se afastar. Leve muito a sério o que está vindo”, alertou Luiz Fernando. 

Como o Correio do Estado já havia adiantado, as condições meteorológicas esperadas para a nova semana são de chuvas intensas e alívio no calorão. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, Mato Grosso do Sul está, novamente, em alerta de perigo para chuvas intensas, especialmente na metade norte do Estado. 

Na segunda-feira (8), é esperado um aumento de nuvens ao longo do dia, que favorece a formação de chuvas em várias regiões do Estado. 

Em algumas localidades, são esperados acumulados significativos, que podem ultrapassar os 40 milímetros em 24 horas. 

A formação de um sistema de baixa pressão atmosférica, junto com a passagem de cavados, cria um ambiente favorável para a ocorrência de tempestades, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e possível queda de granizo. 

Como o tempo pode mudar rapidamente, o Cemtec recomenda que a população fique atenta aos alertas emitidos pelos órgãos oficiais, como a Defesa Civil. 

A ocorrência das chuvas deve aliviar o calor, já que as máximas não devem ultrapassar os 32ºC em todo o Estado, e as mínimas variam entre 21ºC e 25ºC. 

Em Campo Grande, a máxima esperada para a segunda-feira é de 27ºC. 

Eventualmente, são esperadas rajadas de vento entre 60 e 80 km/h, podendo acontecer, em pontos isolados, rajadas superiores a 80 km/h. 

São esperadas chuvas durante todos os dias da semana, com alertas pontuais de tempestade em pontos isolados do Estado. 
 

PMA

Pescador quebra Piracema e é multado em R$ 33 mil por Pintado de 21 kg em MS

A PMA abordou o homem durante fiscalização na região de Dourados

07/12/2025 08h15

Peixe foi apreendido pela PMA

Peixe foi apreendido pela PMA Reprodução

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Um motorista foi multado em mais de R$33 mil na última sexta-feira (5) em Dourados, a 226 quilômetros de Campo Grande, por estar transportando um peixe de espécie proibida durante a Piracema. 

Segundo o 2º Batalhão da Polícia Militar Ambiental (MS), o condutor foi abordado pela equipe perto da ponte do Rio Dourado, na MS-156, ao ser flagrado em alta velocidade. 

Durante a fiscalização, o homem admitiu estar carregando um peixe da espécie pintado de 21 quilos e de 1,40m, pescado dois dias antes no Rio Dourado. Segundo ele, a pesca estava guardada na casa de um amigo e ele teria voltado para buscá-la. 

Os policiais se dirigiram até a residência indicada pelo motorista. O morador negou ter armazenado o animal, mas a equipe encontrou sangue, cheiro forte no freezer e indícios de que o peixe teria sido guardado ali. 

Com as evidências, o morador admitiu que teria guardado o animal para o autor. 

De acordo com a PMA, o caso configura infração ambiental por pesca durante o período da Piracema e pelo transporte e armazenamento irregular do pescado, conforme a Lei Federal nº 9.605/98, o Decreto Federal nº 6.514/2008 e o Decreto Estadual nº 15.166/2019.

O pescador recebeu multas de R$ 18.420,00 pela pesca de em R$ 15.420,00 pelo transporte e conservação irregulares do peixe, totalizando R$ 33.840,00, além de um auto de infração pelo armazenamento ilegal do animal. 

A Polícia Militar Ambiental reforça que é ilegal a prática da pesca durante o período da Piracema pois é época essencial para a reprodução das espécies nativas. Assim, as equipes continuarão intensificando as fiscalizações. 

Piracema

Piracema iniciou no dia 5 de novembro nos rios de Mato Grosso do Sul. Com isso, qualquer tipo de pesca (pesque e solte, amadora e profissional) está proibida até 28 de fevereiro de 2026, bem como o transporte de pescados.

A pesca continua permitida para ribeirinhos – que precisam do peixe para se alimentar – na quantidade necessária para o consumo do dia, não sendo permitido estocar. Neste caso, é permitido pescar com varas em barrancos.

A Piracema é o período de reprodução dos peixes, em que os animais completam seu ciclo de vida sem interferência da ação do homem. O termo tem origem da língua tupi e significa “migração de peixes rio acima”, conforme o Dicionário Michaelis.

O objetivo é combater a pesca ilegal e predatória para que os peixes possam subir os rios para se reproduzirem.

Operação Piracema, da Polícia Militar Ambiental (PMA), fiscalizará rios de todo o Estado, em pontos georreferenciados identificados como áreas de maior incidência de pesca ilegal, realizando:

  • bloqueios terrestres e aquáticos
  • vistorias em estabelecimentos comerciais
  • verificações de estoque declarado de pescado
  • operações noturnas e diurnas em locais estratégicos

A Operação Piracema conta com o emprego do Sistema de Gerenciamento da Informação Ambiental (SIGIA), ferramenta tecnológica que permite o mapeamento e monitoramento em tempo real das ações fiscalizatórias. O sistema possibilita análise georreferenciada, coleta de dados e apoio à tomada de decisões estratégicas.

CRIME

Pescar durante a piracema é crime ambiental inafiançável. Portanto, quem desrespeitar a regra será autuado, multado, conduzido até uma Delegacia de Polícia e responder por processo administrativo e criminal. Além disso, pescados, barcos e apetrechos serão apreendidos.

Quem for flagrado praticando pesca predatória, durante o período de defeso, está sujeito à prisão em flagrante e à aplicação das seguintes penalidades:

  • multas de R$ 700,00 a R$ 100.000,00, acrescidas de R$ 20,00 por quilo ou fração do pescado apreendido;
  • apreensão de petrechos, embarcações, veículos e demais materiais utilizados na prática ilegal;
  • pena de detenção de um a três anos, conforme o artigo 34 da Lei de Crimes Ambientais.

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