Cidades

SERÁ INDENIZADO

Cliente tem nome alterado para 'Chorão Muquirana' após reclamar de fatura

Operadora foi condenada a pagar R$ 5 mil de indenização pelo uso do termo pejorativo

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Após reclamar do valor das faturas, cliente da operadora de telefonia Vivo teve o nome substituído por "chorão muquirana" no cadastro da empresa e nas faturas de pagamento. Por conta da utilização do termo pejorativo, a empresa foi condenada a indenizar o cliente em R$ 5 mil, por danos morais. Decisão é da 1ª Vara Cível de Campo Grande, que também determinou a alteração definitiva do nome do consumidor em todos os registros. 

De acordo com os autos do processo, o homem tem contrato de prestação de serviços com a empresa e, em novembro de 2016, após negociar redução de sua fatura e solicitar nova senha de acesso eletrônico para sua conta, teve uma surpresa ao acessar o seu cadastro junto à empresa. Isto porque o seu nome no registro passou a constar como "Chorão Muquirana", o que causou constrangimento e fez com ele se tornasse motivo de chacota entre os colegas de trabalho que tomaram conhecimento do teor do documento com o termo pejorativo.

Ao perceber a situação, o cliente chegou a tentar solucionar a questão administrativamente, mas não obteve sucesso e ainda teria ouvido de um atendente que o termo utilizado não poderia ser considerado xingamento e que, como fez reclamações, de fato era chorão.

Dessa forma, sem conseguir solução extrajudicial, o cliente entrou com ação, pedindo a condenação da empresa ao pagamento de danos morais e a alteração definitiva do seu nome no cadastro. Liminar foi concidade para a correção imediata do nome.

Em constestação, a Vivo sustentou que o cliente escolhe, via aplicativo, a maneira como deseja ser chamado. A empresa afirmou que a afirmação de que houve modificação após a reclamação realizada é inverídica e que os funcionários não têm acesso ao perfil do usuário, que é sigiloso, não havendo assim a possibilidade de modificar os dados. 

Juiz da 1ª Vara Cível, Thiago Nagasawa Tanaka, analisou que, apesar de alegar a impossibilidade de alteração no cadastro, a operadora não comprovou que os funcionários não conseguem fazer tal alteração. 

Documentação apresentada pelo autor da ação comprovou que, durante três meses, o nome pejorativo e ofensivo constou no sistema interno da empresa e nas faturas mensais impressas para pagamento. 

Magistrado acrescentou ainda que, “sendo o direito ao nome um direito da personalidade, não há o que justifique a emissão de conta telefônica ao autor com o seu nome grafado de modo incorreto e de forma humilhante, sendo procedente o pedido de retificação formulado pelo requerente”.

Dessa forma, o juiz julgou procedente o pedido e condenou a empresa a indenizar o cliente por danos moris.

 

D-Edge

Tradicional casa noturna de campo-grandense em SP abriga culto evangélico e vira alvo de polêmica

Espaço em São Paulo repercutiu após cantora e pastora Baby do Brasil discursar que mesmo em casos de abuso sexual, o perdão deve ser incondicional

14/03/2025 18h30

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores Foto: Reprodução

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Uma casa noturna de São Paulo repercutiu nas redes sociais após a realização de um evento evangélico ocorrido na noite da última segunda-feira (10).

Durante o culto, a cantora e pastora Baby do Brasil discursou dizendo que, mesmo em casos de abuso sexual, se ocorrido dentro da família, o perdão deve ser incondicional.

Conforme a pastora, "Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", enfatizou. O comentário gerou várias críticas e debates.

Após a imediata repercussão negativa, o campograndense e dono do estabelecimento, Renato Ratier, publicou uma nota oficial nesta tarde de quarta-feira (12).

No texto, o empresário destacou que o discurso não representa seus valores e nem os da D-Edge, nome oficial da tradicional casa noturna.

"Infelizmente, algumas falas isoladas de convidados vão contra aquilo que acredito. Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa", disse Ratier.

O campograndense reforçou ainda que o evento foi um caso isolado e que a programação tradicional deve retornar.

"O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez", concluiu.

Influente na cena da música eletrônica, vale destacar que a D-Edge já foi palco de apresentações de artistas renomados do gênero, como Steve Aoki, Mark Farina e Gui Boratto. 

O culto "Frequência de Deus" foi marcado por louvores e testemunhos religiosos e reuniu aproximadamente 150 pessoas na casa noturna.

Confira a nota publicada por Renato Ratier:

 

 

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RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Concessionária que administra usina de MS é processada pelo MPF

A UHE Ilha Solteira, localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está há mais de 50 anos sem cobertura florestal, segundo ação do órgão fiscalizador

14/03/2025 17h00

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF Foto: Divulgação

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A concessionária Rio Paraná Energia S.A., que administra a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está sendo processada pelo Ministério Público Federal (MPF) por “negligenciar” a cobertura florestal do reservatório.

Segundo ação civil pública, o órgão fiscalizador cobra que a concessionária realize a recuperação ambiental da faixa que contorna todo o lago da usina no prazo estabelecido na licença ambiental.

Ainda, o MPF reforça que desde 2016, quando a empresa “adquiriu” a administração da unidade, reflorestou apenas 3,66% do que deveria na área degradada: 235,5 hectares contra 6.427,91 hectares.

Diante disso, o órgão exige que a Justiça Federal ordene que a concessionária plante 671 mil mudas de árvores por ano, além de investir R$ 7,7 milhões anuais em medidas para a recomposição florestal. Tudo isso dentro de 16 anos, já que o limite previsto na licença de operação da usina é de 25, mas nove já passaram.

Também consta na ação que a Rio Paraná deve iniciar o plantio de uma faixa de árvores na divisa entre a área de preservação permanente da unidade e as propriedades vizinhas dentro de 90 dias, como se fosse um primeiro passo para o cumprimento da punição.

Esse mesmo prazo de três meses também vale para a empresa elaborar um projeto ambiental de reflorestamento da área, com cronograma detalhado, solicitado pelo MPF e já pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) há quatro anos, mas sem resposta adequada da concessionária.

Como forma de comprovar que a empresa tem condições de realizar todas essas solicitações, o MPF afirmou que todo o investimento necessário para concluir o reflorestamento representa menos de 6% do lucro líquido da Rio Paraná, que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2023.

Por fim, o órgão pede que haja punições para a empresa no caso de descumprimento das medidas, como, por exemplo, R$ 100 milhões para cada ano de atraso na conclusão do reflorestamento.

UHE Ilha Solteira

A Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira começou suas operações em julho de 1973. Hoje, ela é uma das dez maiores usinas do Brasil em capacidade instalada, com 3.444 MW.

Segundo dados da CTG Brasil, detentora da empresa Rio Paraná Energia S.A., gerou no ano passado cerca de 11.768.314 MWh, suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 4 milhões habitantes.

O reservatório da UHE Ilha Solteira tem um volume de cerca de 21 bilhões de m³, o equivalente a seis vezes a Baía da Guanabara no Rio de Janeiro.

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