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Coalizão entrega ao governo plano de descarbonização no transporte que pode atrair R$ 600 bi

De acordo com o documento, em um cenário de inação, as emissões do setor de transportes somarão 424 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2)

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A Coalizão para a Descarbonização dos Transportes, grupo formado por mais de 50 entidades, entregou nesta segunda-feira, 12, ao governo federal um plano com 90 propostas para reduzir em até 70% as emissões setoriais de gases de efeito estufa até 2050 A estimativa é de que as medidas possam atrair R$ 600 bilhões em investimentos para o País. A entrega foi feita durante o evento "Brasil Rumo à COP30", realizado em Brasília.

O plano foi elaborado por representantes de diferentes modais - rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo e de mobilidade urbana - e servirá como subsídio ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que será apresentado durante a COP30, em novembro, em Belém (PA).

A iniciativa é liderada pela Motiva (antiga CCR), com apoio da Confederação Nacional do Transporte (CNT), do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e do Insper.

Conforme as conclusões do documento, em um cenário de inação, as emissões do setor de transportes somarão 424 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2). Já com a aplicação das medidas, o volume cairia para 137 milhões.

A principal contribuição vem da ampliação da frota de veículos elétricos e/ou híbridos, com potencial para eliminar 145 milhões de toneladas dos gases de efeito estufa.

Outra medida é o aumento dos modais ferroviário e hidroviário, com proposta de elevar dos atuais 31% para 55% na participação da matriz de transportes, o que permitiria evitar a emissão de 65 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

O setor ferroviário, por exemplo, poderia dobrar sua participação na matriz com investimentos estimados em R$ 270 bilhões, incluindo ampliação da malha e adoção de tecnologias mais eficientes.

O terceiro eixo de redução é a ampliação do uso de biocombustíveis como etanol, diesel verde e o combustível sustentável de aviação (SAF), que juntos evitariam a emissão de 45 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. A demanda por esses combustíveis poderia passar dos atuais 30 bilhões de litros para 55 bilhões até 2050, com potencial de atrair R$ 225 bilhões em investimentos.

No setor aéreo, a expectativa é de que 22% da matriz energética seja composta por SAF até 2050, com até 11% das aeronaves operando com combustíveis sintéticos. Para o presidente da CNT, Vander Costa, a adoção de biocombustíveis deve respeitar critérios técnicos e testes rigorosos antes de sua aplicação em larga escala.

"A transição energética no transporte exige uma abordagem multifacetada, que respeite as realidades locais e assegure a viabilidade técnica de cada solução. No caso dos biocombustíveis, por exemplo, é essencial que qualquer porcentual de adoção seja precedido por testes rigorosos, garantindo segurança e compatibilidade com as condições de operação", afirma Vander Costa.

A mobilidade urbana, que representa 45% das emissões nas cidades, também foi contemplada no estudo. O plano propõe soluções para evitar deslocamentos desnecessários, promover modais coletivos e eletrificar frotas. Estima-se que as ações exigirão R$ 53 bilhões, parte deles já previstos no Novo PAC, programa federal de investimento em infraestrutura.

Coalização dos Transportes

A Coalizão dos Transportes reúne mais de 50 organizações públicas, privadas, acadêmicas e da sociedade civil. Lançada no ano passado, é liderada pela Motiva, CEBDS, CNT e o Observatório Nacional de Mobilidade Sustentável do Insper.

Conforme os termos do grupo, a Coalizão tem como objetivo acelerar a transição para um sistema de transporte mais limpo, eficiente e integrado, contribuindo com soluções técnicas e estratégicas para o novo Plano Nacional sobre Mudança do Clima.

Estruturada em seis frentes - rodoviária, ferroviária, aquaviária, aérea, mobilidade urbana e infraestrutura transversal - a iniciativa propõe uma abordagem sistêmica e baseada em evidências para reduzir emissões, estimular inovação e fortalecer o papel do Brasil como liderança global na agenda climática rumo à COP30.

 

30 DIAS DE OPERAÇÃO

Polícia Ambiental conclui operação preventiva contra a prática ilegal de ceva no Pantanal

Segundo a PMA, 687 pessoas foram abordadas na ação que conscientizou sobre os impactos causados por práticas ilícitas da ceva

19/06/2025 17h30

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande Foto: Divulgação / PMA

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Com foco na proteção da fauna e da ictiofauna da Bacia do Paraguai, a Polícia Militar Ambiental (PMA) encerrou nesta quinta-feira (19) a Operação Meio Ambiente Seguro.

De acordo com a PMA, o objetivo principal da operação era realizar ações preventivas contra a prática ilegal de ceva e atropelamentos de animais silvestres. 

As ações contaram com o empenho de equipes da PMA concentradas em regiões estratégicas como Corumbá, Coxim, Miranda, Bonito, Aquidauana e Campo Grande.

Além do trabalho da concientização, os policiais ambientais também atuaram na prevenção e repressão de diversos ilícitos ambientais, contando com o apoio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por meio da Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo (CGPA) para realizar o policiamento aéreo nas regiões de mata fechada.

De acordo com a PMA, a operação que durou 30 dias terminou com a aplicação de multas que somam, ao todo, R$ 995 mil. As infrações de maior valor aplicadas foram por poluição, totalizando R$ 847.000,00 em multas.

Um dos destaques da operação foi o número de pessoas abordadas e orientadas: ao todo, 687 cidadãos foram conscientizados sobre a importância da preservação da fauna pantaneira e os impactos causados por práticas ilícitas como a "ceva".

PERIGO DA CEVA

Conforme noticiado em reportagens do Correio do Estado, a ceva, que consiste em uma prática de oferecer alimentos a animais selvagens, é proibida há 10 anos em Mato Grosso do Sul.

Publicada em maio de 2015, a resolução destaca que "é proibida a alimentação ou ceva de mamíferos de médio e grande porte silvestres em vida livre para atrair, aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade."

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Educação (Semades), Arthur Falcette, a pratica de ceva foi constatada no pesqueiro onde Jorge Avalo, 62 anos, foi atacado e morto por uma onça, na região conhecida como "Touro Morto", em Aquidauana, entre os dias 20 e 21 de abril.

O corpo do caseiro foi encontrado, com sinais de esquartejamento pelo animal, na terça-feira, 22.

"Uma das poucas certezas que a gente tem sobre o caso era que estava sendo feita a ceva para o animal no local e essa prática, além de ser crime ambiental, pode desequilibrar o comportamento do animal que está sendo alimentado", afirmou o secretário-adjunto em entrevista coletiva no mês de abril.

br-463

Homem morre e dois ficam feridos em acidente entre carro e caminhonete

Acidente aconteceu na BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã

19/06/2025 17h00

Caminhonete e veículo de passeio colidiram na BR-463

Caminhonete e veículo de passeio colidiram na BR-463 Foto: Reprodução

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Um homem morreu e duas pessoas ficaram feridas em um acidente envolvendo dois veículos, nesta quinta-feira (19), na BR-463, entre os municípios de Dourados e Ponta Porã.

De acordo com informações do site Dourados Agora, o acidente aconteceu entre uma caminhonete e um carro de passeio, nas proximidades do trevo de acesso ao distrito de Lagunita.

Informações preliminares da Polícia Rodoviária (PRF) apontam que, por motivos que ainda serão apurados, os veículos colidiram e, com o impacto, o carro de passeio capotou e parou com as rodas para cima, às margens da rodovia. Já a caminhonete continuou na pista.

O passageiro do veículo, que ainda não foi identificado, morreu na hora.

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e socorreram outras duas vítimas, que também não tiveram as identidades divulgadas, sendo uma mulher que estava no carro e o motorista da caminhonete.

Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.

A rodovia foi parcialmente interditada para os trabalhos da Polícia Rodoviária Federal e a Perícia Técnica da Polícia Civil realizavam os trabalhos de perícia e retirada dos veículos.

As circunstâncias do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Acidentes em rodovias

Conforme reportagem do Correio do Estado, de janeiro a maio deste ano, 114 pessoas morreram vítimas de acidentes em rodovias federais de Mato Grosso do Sul. Foram 173 acidentes.

Em todo o ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais do Estado.

De acordo com a PRF, a maioria dos acidentes é causado por falhas humanas.

Os principais fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes e óbitos incluem as ultrapassagens perigosas, a não utilização do cinto de segurança, uso do celular ao volante e a condução do veículo sob efeito de álcool ou entorpecentes. 

Rodovias perigosas

Duas rodovias que passam por Mato Grosso do Sul estão entre as 10 mais perigosas do país, segundo estudo baseado nos dados do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). A BR-163 (em 6º lugar no ranking) e a BR-262 (em 9º lugar) registraram, juntas, em 2024, mais de 4,3 mil acidentes e 392 óbitos. 

A mais perigosa é a BR-101, segunda estrada federal mais longa do País, que liga as regiões nordeste e sul, cortando 12 estados. 

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