Em tempos de economia desaquecida e mais recentemente recessão técnica declarada no País, bares e restaurantes de Campo Grande estão recorrendo à criatividade e promoções para ganharem “fôlego”, continuarem no mercado e ainda atraírem clientela em meio às adversidades. Desde o início do ano, o setor já registra queda de 20% no movimento, como reflexo da diminuição de gastos com alimentação fora do lar por parte das famílias, segundo estimativa do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares da Capital.
“Como todo segmento de alimentação fora do lar, as pessoas diminuíram os gastos com supérfluos e realmente há uma queda, de 15% a 20%, conforme conversas com associados”, reconhece José Gilberto Petinari, presidente da entidade. Porém o dirigente enfatiza que a alimentação, como todos os setores, está buscando energia para poder melhorar e a busca da inovação faz parte desse processo.
Por outro lado, lembra, repassar custo está difícil, porque numa recessão dessas, não dá para cobrar mais caro pela refeição para o cliente.
“Tudo elevou de preço e às vezes você não consegue repassar esse custo para o consumidor. As próprias casas têm que se adaptar, conter custos e fazer campanhas internas para economizar energia elétrica, não deixar a torneira aberta para não desperdiçar água, conter o desperdício na preparação dos alimentos, até para que não se tenha os quadros de pessoal afetados — todo mundo quer manter o seu quadro de pessoal, porque é uma das coisas mais difíceis de se formar no segmento de alimentação, e quando se forma, você precisa manter”, explicou.
(*) A reportagem, de Daniella Arruda, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.


