Cidades

ENTREVISTA

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Combinação de remédios funciona contra Covid, diz médico

Na prática, protocolo com hidroxicloroquina e vermífugo tem dado resultado

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A Covid-19 não tem cura e a vacina ainda está na fase de testes, mas existem muitos tratamentos aplicados na prática em hospitais do mundo inteiro gerando controvérsias. Há quem defenda que, sem base em estudo científico (que pode demorar anos), é arriscado demais administrar certos tipos de medicamentos, como a hidroxicloroquina. Outros acreditam que o momento é para tentativa e erro, de modo que a prática revele a terapia mais eficaz.

Uma transmissão ao vivo feita pelo jornalista Alexandre Garcia com um grupo de médicos defendendo uso de medicamentos contra o coronavírus já teve mais de 1,1 milhão de visualizações. 

Os entrevistados citaram exemplos de cidades que, segundo eles, melhoraram a curva epidemiológica com certas combinações de drogas baratas e com poucos efeitos colaterais. Sobre isso, o Correio do Estado entrevistou o nutrólogo, toxicologista e médico do Hospital Regional Sandro Benites sobre o tema, já que ele vem divulgando o tratamento e sugerindo a adoção em massa em Mato Grosso do Sul. 

CORREIO DO ESTADO: Quais medicamentos fazem parte desse protocolo e em quais cidades ele já foi adotado?

SANDRO BENITES: Basicamente entrar, na fase precoce, com a hidroxicloroquina e, de maneira preventiva, com a ivermectina, que é uma medicação usada como vermífugo de rotina e barata no Brasil. Quem teve contato com pessoas com Covid e tinha tomado ivermectiva não desenvolveu a doença. Isso é bem interessante. Em Porto Feliz, no interior de São Paulo, são 55 mil habitantes. Houve três óbitos e nenhum deles usou o protocolo.

CORREIO DO ESTADO: Muitas pessoas criticam o uso de substâncias ainda sem prova científica de seus efeitos. Além disso, sabemos que na própria ciência existem correntes tanto favoráveis quanto contrárias, gerando cada qual seus estudos, ora corroborando, ora condenando os efeitos dos medicamentos. O que a prática tem demonstrado acerca dessa combinação?

SANDRO BENITES: Eu faço parte de uma geração de médicos que aprendeu que a medicina é uma ciência e temos que nos basear em estudos e publicações científicas. Porém, diante de uma doença nova, você não tem protocolo estabelecido. Você faz por erro e tentativa até acertar. Não existe e nem vai existir uma receita pronta.

Nós, aqui em Mato Grosso do Sul, temos um privilégio. Essa doença surgiu na Ásia, passou para a Oceania, Europa, América do Norte e por último chegou ao Brasil em São Paulo, capital financeira, e Brasília, capital administrativa. Por último chegou aqui. Isso é bom porque não temos protocolos, mas uma série de colegas médicos europeus e norte-americanos que fizeram uma série de trabalhos e atendimentos que deram certo, embora não tenham colocado no papel isso.

Eu sei que a Marina Bucar, médica brasileira na Espanha, começou a utilizar a hidroxicloroquina na fase inicial do tratamento junto com a azitromicina e demonstrou uma série de resultados maravilhosos. O doutor Zalenco, um judeu norte-americano, usou protocolo idêntico em Nova Iorque, onde morriam mais de mil pessoas por dia, associou o zinco a essa combinação e zerou o número de mortes desde que usado em fase precoce. Se eu for esperar um trabalho randêmico daqui um ano, vou perder o timing. Não é o momento disso. Aquele médico que entra na sua zona de conforto, não é o momento dele atuar. Agora você precisa de ousadia para ter sucesso no tratamento. A prática tem demonstrado isso.

A medicina nunca cresceu tanto como nas guerras mundiais. Nesses momentos, não se espera um trabalho científico. As pessoas atuam. E nós estamos diante de uma guerra nessa pandemia. É hora do médico de trincheira, de ir lá, ousar e exercer a medicina como uma arte. Não são todos que têm essa disponibilidade e virtude. Tanto em Nova Iorque, como na Espanha e Belém do Pará (onde estava colapsado o sistema de saúde), depois que adotaram esse protocolo, a curva teve uma queda exponencial. Se isso não for evidência científica, nada mais vai ser. É uma combinação maravilhosa onde todas as pessoas saem ganhando, porque conseguimos aplicar o máximo da medicina. A maior verdade da medicina é a prevenção: solução mais simples e barato.

CORREIO DO ESTADO:  Esse protocolo, ele funciona se adotado antes ou depois do teste positivo da Covid? Qual a recomendação?

SANDRO BENITES: De preferência com o teste positivo, mas se a pessoa teve contato com alguém doente ou se não sabe se tem a doença, mas está com sintomas, eu como médico não vou esperar o exame sair daqui a sete dias, vou começar o tratamento. Estamos diante de uma pandemia. São medicações baratas, com poucos efeitos colaterais. Por que não fazer se já demonstrou resultados. Contudo, convém reforçar: sempre com auxílio médico. Alguém tem que ser responsabilizado por isso: a dosagem correta e o momento de entrar.

CORREIO DO ESTADO Como a pessoa que deseja tomar os medicamentos deve proceder?

SANDRO BENITES: Ela pode tomar diante de uma consulta para obter a dose correta. Eu conheço médicos que ainda são contra, mas acho difícil alguém continuar sendo contra depois de assistir a live do Alexandre Garcia.

CORREIO DO ESTADO: Na sua opinião, esse protocolo deveria ser amplamente adotado?

SANDRO BENITES: Sem dúvida alguma, isso é um problema de saúde pública. Aonde foi adotado demonstrou resultados positivos em relação à mortalidade e super ocupação de hospitais. Por isso que nós temos que conversar com nossos gestores. Se o gestor tiver esse mesmo entendimento, e acho que vai ter, para implementar isso em nossa Capital. 

Greve Geral

Assembleia Geral define se professores da UFMS irão aderir à greve

Com 60% de docentes favoráveis, nesta terça-feira (21) Assembleia Geral irá decidir por meio de votação acerca da paralisação

22/04/2024 17h15

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Assembleia Geral convocada pelo sindicado dos professores (ADUFMS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), definirá na manhã desta terça-feira (23), os caminhos com relação à greve dos profissionais da categoria.

A seção convidou docentes filiados e não filiados ao sindicato, técnicos e estudantes para participar do evento que ocorre a partir das 8h, nas quatro unidades da UFMS. Cada uma delas terá sua assembleia, levando em consideração pontos específicos conforme a demanda de cada campi. 

Conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 9 de abril, ficou definido pela manutenção do Estado de Greve, isto é, a paralisação dos profissionais da educação pode ocorrer a qualquer momento.

Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que iniciou a paralisação no dia 15 de abril,  52 universidades, 79 institutos federais (IFs) aderiram ao movimento em todo país.

A presidente da ADUFMS,  a professora  Mariuza Aparecida Camillo Guimarães, explicou que os educadores estão pleiteando pelo reajuste salarial de 22% dividido em três parcelas (2024, 2025 e 2026). 

São cerca de 1.500 docentes na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fora os aposentados.

"Temos uma carreira que não tem um percentual específico entre uma e outra, mas quando se trata do início de carreira do docente, ou um piso na educação superior isto representaria em torno de R$4.900,00, para um doutor em dedicação exclusiva, ou seja, não pode trabalhar em outro lugar", explicou Mariuza Aparecida.

Servidores técnicos-administrativos

O Ministério da Gestão e da Inovação esteve reunido com lideranças sindicais, na sexta-feira (19), e propôs o reajuste de 9% para os servidores técnicos-administrativos. Em Mato Grosso do Sul são 1.700 integrantes da categoria que estão em greve desde o dia 14 de março. 

A proposta de reajuste indicada foi de 9% para 2025 e 3,5 para 2026, deixando o ano de 2024 fora da rodada de negociações.

Algumas das demandas relacionadas ao plano de reestruturação de carreira foram acolhidas pelos representantes da pasta.

Além disso, ofereceram aumento nos benefícios que incluem:

  • Auxílio Alimentação;
  • Auxílio-creche
  • Auxílio-saúde

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sista-MS), está pleiteando o reajuste de 10,5% referente a 2024, e o mesmo valor referente aos dois anos seguintes. 

IFMS 


Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e os servidores técnicos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) aderiram à greve. 

 

Os campi da IFMS paralisados pela greve dos professores e servidores técnicos são:

  • Campo Grande
  • Corumbá
  • Coxim
  • Dourados
  • Jardim
  • Naviraí
  • Nova Andradina
  • Ponta Porã
  • Três Lagoas

"Continuamos com os campus paralisados, ainda mais que o governo deu uma resposta insatisfatória na sexta. Na próxima quinta-feira nós vamos organizar a nossa assembleia. A expectativa, a grande expectativa, é que a contraproposta do governo seja rejeitada. Porque afinal de contas praticamente não atendeu em nada. Principalmente as reivindicações dos técnicos administrativos", explicou presidente do SINASEFE-MS e técnico administrativo Tiago Thomaz de Assis.

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Cidades

Prefeitura autoriza início da instalação de padrões de energia elétrica para comunidade Mandela

Moradoras do Mandela relembram transtornos causados pela falta de energia no local

22/04/2024 16h24

Divulgação: Prefeitura de Campo Grande

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A Prefeitura de Campo Grande autorizou o início da instalação dos primeiros padrões de energia elétrica para os moradores da comunidade Mandela, na área situada no Jardim Talismã. A ação, concretizada com o apoio da concessionária Energisa, proporciona acesso à eletricidade regular para os moradores e também os insere na Tarifa Social, medida que visa aliviar o ônus financeiro das famílias de baixa renda.

“Agora vou ter energia sem medo de queimar minhas coisas. Lá na comunidade os aparelhos queimavam direto devido à instabilidade. Já perdi a conta de quantas TVs dessas de tubo tive que jogar fora, e nem me animava de comprar uma nova com medo de perder também. Chuveiro quente e secador a gente não podia nem pensar em ter porque podia pegar fogo”, disse a auxiliar de serviços gerais, Marlene Salazar de Lima, de 50 anos, que não vê a hora de se mudar para o local.

“Moro sozinha, tenho problemas de saúde e quando preciso meu filho fica comigo. Ter essa casa vai me dar segurança de ter um lar para descansar, é a minha garantia. Antes daqui eu sempre morei de aluguel, sempre tentei conseguir uma casinha. Agora quero reconstruir tudo o que perdi no incêndio”, contou emocionada.

A camareira, Andréia Rolon Argilar, de 46 anos, compartilha uma experiência semelhante. Ela relatou os desafios enfrentados devido à falta de energia, uma ocorrência frequente na comunidade por conta do grande número de pessoas compartilhando da mesma conexão elétrica, o que diariamente resultava na queda de energia.

“Quando começou a me dar muito problema, eu me endividei para comprar fio e fiz uma ligação sozinha para o meu barraco. Às vezes a gente dormia sem luz e era bem ruim sem ventilador por conta dos pernilongos, mas agora com a luz regular em casa será ótimo. Prefiro pagar e ter meus direitos, quando faltar, ter para quem ligar e reclamar, é uma garantia, uma vitória para todo mundo”, disse Andréia.

Andamento das obras

Na área do Jardim Talismã, o processo de fundação já foi concluído, abrangendo escavações, posicionamento de armações de aço e nivelamento das estruturas residenciais.

Até o momento, dez unidades foram totalmente cobertas, enquanto outras 20 encontram-se em estágio avançado de alvenaria, com esquadrias e rebocos já finalizados; as restantes estão em fase de construção do baldrame e contrapiso. Além disso, as portas e janelas já instaladas estão sendo pintadas.

“Estamos muito satisfeitos em ver que as obras seguem a todo vapor, dentro do cronograma estabelecido. Nosso compromisso é garantir que as famílias sejam atendidas dignamente e que tenham a oportunidade de realizar o sonho de todo brasileiro: ter um CEP, uma casa para chamar de sua. Estamos trabalhando incansavelmente para que isso se torne realidade, assegurando que cada família tenha seus direitos reservados e desfrute de um lar seguro e confortável”, afirmou o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), Claudio Marques.

Relembre

No dia 16 de novembro, um incêndio de grandes proporções destruiu cerca de 80 barracos na Favela do Mandela, fazendo com que 187 famílias perdessem seus lares e itens básicos nas chamas.

Poucos dias após o ocorrido, a Prefeitura garantiu que as famílias seriam realocadas para outras áreas da Capital, são elas:

  • José Tavares - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi I - 38 lotes
  • Loteamento Iguatemi II - 30 lotes
  • Talismã - 32 lotes

Os moradores não poderiam reconstruir as moradias no mesmo local onde é a Comunidade do Mandela por se tratar de uma Área de Proteção Ambiental (APP).

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