Cidades

Fenômeno

Como observar a ‘Lua de Sangue’
no eclipse mais longo do século

Astro deve adquirir um tom avermelhado durante o fenômeno

Veja

25/07/2018 - 11h00
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Moradores de todo o Brasil já podem se preparar para um dos espetáculos astronômicos mais impressionantes de 2018: um eclipse lunar que formará uma “Lua de Sangue” no céu desta sexta-feira, 27. Como o próprio nome sugere, o astro deve adquirir um tom avermelhado durante o fenômeno, graças à forma com a qual os raios solares incidem na atmosfera terrestre. Este será o eclipse mais longo do século, durando aproximadamente uma hora e 43 minutos, segundo o Observatório Nacional.

O que cada pessoa vai observar durante o fenômeno, porém, depende da posição geográfica. Toda a porção leste do Brasil, incluindo estados como Rio de Janeiro e Bahia, deve ver um eclipse total, com a Lua nascendo já na fase em que está 100% encoberta pela sombra da Terra. Na parte oeste do país, porém, o eclipse será apenas parcial e uma meia-lua luminosa poderá ser vista no céu.

A dica dos especialistas para aproveitar o fenômeno é sempre procurar um local em que seja possível observar o horizonte sem muitos obstáculos, como prédios e construções. “Para a Lua, não existe nenhuma restrição”, afirma o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Pode ser observada a olho nu, por se tratar de um astro imensamente brilhante, ou com binóculos e telescópios.”

O ideal, sempre que alguém deseja observar algum fenômeno astronômico, é procurar um local sem muitas luzes, indica o especialista. Quanto mais escuro, melhor.

Um bônus para os observadores é que, no mesmo dia do eclipse, Marte estará bem próximo da Lua e aparecerá no céu com brilho máximo logo no início da noite. Segundo o Observatório Nacional, outros planetas que estarão visíveis a olho nu são Vênus, a oeste; Júpiter, bem no alto do céu; e Saturno, a leste.

Eclipse

O eclipse total, para quem puder vê-lo, deve começar às 16h30 e terminar por volta das 18h13, no horário de Brasília. Durante a primeira hora, pode ser que a visualização não seja boa, uma vez que o Sol ainda vai estar no céu, mas a recomendação dos astrônomos é que as pessoas fiquem de prontidão olhando para o horizonte a leste.

Às 18h13, o astro começa a sair da sombra mais escura (conhecida como umbra) e isso marca o início do eclipse parcial, que vai até às 19h19. É nessa hora que a Lua passa a entrar na sombra mais clara projetada pela Terra (chamada penumbra), e deve permanecer assim até as 20h29.

A “Lua de Sangue”, por sua vez, nada mais é do que o nome informal que o astro recebe durante esse tipo específico de fenômeno, devido à cor avermelhada que adquire.

Quando o eclipse lunar acontece, a Terra está posicionada exatamente entre a Lua e o Sol. Isso faz com que nosso planeta projete sombras na Lua conforme os astros vão se movimentando, e a coloração vermelha que o satélite adquire é resultado da incidência dos raios solares nos gases da atmosfera terrestre.

Se nosso planeta não tivesse atmosfera (como é o caso da própria Lua, de Mercúrio e de outros planetas e satélites espaço a fora) esse espetáculo celeste não seria possível. Da mesma forma, a “Lua de Sangue” só acontece durante eclipses lunares, totais ou parciais.

Cidades

Primeiro livro sobre regulação de MS tem procuradoras como autoras

O lançamento integrou a programação do seminário "Inovação, Liberdade Econômica e Eficiência Regulatória" e contou com a presença do ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida

28/11/2024 17h30

Primeiro livro sobre regulação de MS tem procuradoras como autoras

Primeiro livro sobre regulação de MS tem procuradoras como autoras PGE/MS

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O Bioparque Pantanal, em Campo Grande, foi palco, nesta terça-feira (28), do lançamento do primeiro livro científico dedicado à regulação em Mato Grosso do Sul. A obra é fruto da colaboração entre a Agência Estadual de Regulação (AGEMS) e o Instituto de Direito Administrativo de Mato Grosso do Sul (IDAMS) e reúne artigos de 38 autores, entre especialistas acadêmicos e profissionais da área.  

Dentre as articulistas estão a procuradora-geral do Estado, Ana Carolina Ali Garcia; a corregedora-geral da PGE, Fabíola Marquetti; e a chefe da Coordenadoria Jurídica na AGEMS, Priscila de Siqueira Gomes.  

O lançamento integrou a programação do seminário "Inovação, Liberdade Econômica e Eficiência Regulatória" e contou com a presença do ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.  

A coletânea traz análises críticas, estudos de caso e propostas inovadoras sobre regulação da atividade econômica e dos serviços públicos concedidos no estado. Para Priscila de Siqueira, a publicação destaca a importância de Mato Grosso do Sul no debate sobre políticas públicas e regulação.  

“A publicação de uma obra científica e prática sobre este tema demonstra que o Estado está atento à evolução das políticas públicas e à necessidade de discutir questões pertinentes à regulação”, afirmou.  

A procuradora-geral Ana Carolina Ali Garcia destacou a relevância da obra para o avanço acadêmico e profissional. “Em nosso artigo, abordamos os contratos administrativos de longo prazo no contexto da reforma tributária. É uma coletânea que contribui para o aprendizado e o compartilhamento de boas práticas.”  

Para Fabíola Marquetti, a obra representa um marco histórico para a regulação em Mato Grosso do Sul. “É um exemplo de integração entre instituições, trazendo olhares diversos sobre a regulação dos serviços públicos”, concluiu.

Mato Grosso do Sul

Famosa pela pistolagem, fronteira tem alta incidência de feminicídio

Na última quarta-feira, Vanderli Gonçalves dos Santos tornou-se a 31ª vítima deste tipo de crime em 2024

28/11/2024 17h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Conhecida pela “pistolagem” e por ser rota comum ao tráfico de drogas, a faixa de fronteira sul-mato-grossense também é marcada pelo alto índice de violência doméstica. Em 2024, quatro em cada 10 feminicídios ocorreram nesta área do Estado.

Nesta quarta-feira (27), Vanderli Gonçalves dos Santos, de 48 anos, foi morta com um tiro na cabeça, na Aldeia Jaguapiru, território indígena de Dourados, tornando-se a 31ª vítima deste tipo de crime desde janeiro último, 5ª morte apenas neste mês. A principal suspeita é seu próprio marido, Jonemar de Ramos Machado, de 47 anos, preso.

De acordo com um levantamento realizado pelo Correio do Estado com base nos dados disponibilizados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), este é o segundo feminicídio do ano na cidade douradense, 13º em municípios situados na fronteira. Outros dois feminicídios foram registrados em Ponta Porã, além de mortes confirmadas em Amambai, Antônio João, Fátima do Sul, Iguatemi, Itaporã, Naviraí, Nioaque, Sidrolândia e Tacuru.


Ao longo do ano, também foram registrados crimes de feminicídio em Batayporã, Coxim, Ivinhema, São Gabriel do Oeste (2), Três Lagoas (4) e Campo Grande (9), município que lidera as estatísticas.

A morte de Vanderli Gonçalves dos Santos eleva o índice deste tipo de crime em comparação a 2023, ano com 30 mortes. Entre as características que cercaram as 31 mortes deste ano, (11) foram marcadas por golpes de faca, (10) que envolveram ataque pessoal direto (4 por asfixia, 3 por agressões, 2 por espancamentos, e 1 por estrangulamento), (9) provocadas por arma de fogo, além de uma morte por atropelamento.

Segundo a Sejusp, 19 vítimas foram mulheres adultas, com idade entre 30 e 59 anos; oito mortes foram de mulheres jovens, com idade entre 18 e 29 anos; três vítimas com idade acima de 60 anos, além de uma adolescente.

Psicóloga com atuação em área de análise comportamental, Pietra Garcia Oliveira (28), disse ao Correio do Estado que a ocorrência deste tipo de violência contra a mulher é muito sintomática também em Mato Grosso do Sul, visto que o Estado foi o primeiro do país a instituir a Casa da Mulher Brasileira.

“Fomos o primeiro estado do país a instituir a Casa da Mulher Brasileira, e temos de nos atentar a alguns pontos. Existem casos onde o homem não agride fisicamente, entretanto, há agressões psicológicas, e com isso, temos de lidar com os fatos antes que escalem até o feminicídio em si”, argumentou a psicopedagoga.
De acordo com Pietra Garcia, é importante que o Estado pense políticas públicas que protejam as mulheres e também articulem modos de lidar com os homens envolvidos em casos como esses.

“De algum modo, o homem que realiza esse tipo de crime se sente invalidado pela mulher, e nesse sentido, se sente confortável para praticar o feminicídio. Precisamos pensar nesse fenômeno social, assim como precisamos pensar no modo como eles repercutem, inclusive na própria mídia”, complementou. 
Desde 2015, a Lei 13.104/2015 categoriza o crime de feminicídio. De lá para cá, 336 mulheres foram vitimadas em todo o Estado. 

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