Pesquisa divulgada hoje (26), no Rio de Janeiro, pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), confirma a expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, já sinalizada em sondagem feita no final do ano passado. O percentual esperado, entretanto, é menor que a faixa entre 3% a 3,5%, projetada em dezembro de 2011. A pesquisa constatou que quase 63% das companhias consultadas apostam que o aumento do PIB em 2012 será maior que 2,3%. Essa era a previsão feita pelo Banco Central em junho passado, quando o levantamento foi feito. Já no último boletim Focus, divulgado esta semana, os analistas do mercado diminuíram para 1,9% a estimativa de crescimento do PIB no ano.
A pesquisa mostra um otimismo moderado, “em um cenário pior do que 3%”, destacou o presidente da Abrasca, Antonio Castro, e leva em conta que o primeiro semestre foi fraco. Observou, por outro lado, que essa é a visão de uma “elite de empresas”, que têm grande peso na economia. Entre elas, estão a Petrobras, Vale, Gerdau, Souza Cruz e os principais bancos brasileiros. Atualmente, 191 empresas são associadas à Abrasca. Elas representam 85% do valor de mercado das empresas listadas na Bolsa de Valores (Bovespa), o que equivale a US$ 1,1 trilhão. Responderam à pesquisa 53 que concentram 50% do valor de mercado das ações negociadas na Bovespa.
A boa notícia apontada pela pesquisa é que 46,3% das companhias entrevistadas acreditam em aumentam dos investimentos próprios no segundo semestre. Na pesquisa anterior, esse índice era 36%. Isso se deve, disse Castro, a uma visão de longo prazo. “Mostra que a empresa está confiante com relação ao futuro. Ela espera que nos próximos anos os negócios vão caminhar bem. E sabe que, se não investir, perde fatia do mercado”.