LIDIANE KOBER
Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), a candidatura do ex-governador José Orcírio dos Santos (PT) ao Governo do Estado é motivada “muito mais por ódio do que pela razão”. “Ele não se conforma com a popularidade e a boa administração do governador André Puccinelli”, concluiu, depois de elencar uma série de números da gestão do PMDB. Petista rebateu a declaração e até ironizou Jerson. “Os números que ele citou devem ser da Suécia porque daqui não são”, disse o deputado Paulo Duarte (PT). “Não é possível pensar no Estado sem os recursos do governo federal”, completou.
De acordo com dados do presidente da Assembleia, o Executivo construiu, em três anos e meio de administração, aproximadamente 50 mil casas populares, contra 40 mil, nos oito anos da gestão de Orcírio. “Isso é uma falácia”, rebateu Duarte. “Menos de 10 mil casas foram entregues, parte está em construção e outras ainda nem saíram do papel”, garantiu.
O petista ainda contestou a origem dos recursos. “70% dos investimentos na área de habitação são provenientes do governo do presidente Lula”, declarou. “Não interessa a origem do dinheiro”, retrucou Jerson Domingos. “Sem contar que o Zeca (Orcírio), mesmo sendo amigo pessoal do presidente, não conseguiu recursos para o Estado, no primeiro mandato do Lula. Isso é mais um motivo para eu preferir o André”, completou.
Mas, Paulo Duarte mais uma vez discordou do peemedebista. “No primeiro mandato, o presidente estruturou o País e só, em 2007, lançou o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que garantiu recursos recordes aos estados”, explicou.
Certo de que a gestão de Puccinelli é melhor, Jerson citou mais números da gestão do PMDB. “Os quilômetros de asfaltos construidos na administração do André, superam os feitos nos oito anos do Zeca”, disse, sem dar detalhes. “Sem contar que o atual governador assumiu o Estado com um déficit de R$ 30 milhões e hoje há um superávit de R$ 40 milhões”, contou. “Além disso, aumentou as patrulhas mecanizadas e as escolas nas aldeias indígenas; o vale-renda virou lei e paga o décimo terceiro”, completou.
Paulo Duarte ironizou os dados divulgados pelo presidente da Assembleia. “Isso é qualidade de vida de países nórdicos. Só pode fazer parte do sonho dele (Jerson) transformar Mato Grosso do Sul em uma Suécia”, alfinetou.