Silvia Tada
Prefeitura de Campo Grande planeja construir mil casas na região da saída para Aquidauana, próximas de fábricas. As moradias, previstas para começar em 2011, devem ser voltadas para os trabalhadores que atuam nessas indústrias. O projeto foi um dos discutidos em reunião realizada ontem entre o secretário de Governo e Relações Institucionais, Rodrigo Aquino, o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação (Emha), Paulo Matos de Oliveira, e representantes da Caixa Econômica Federal.
“A reunião foi para tratar das obras em andamento na Capital, ver o cronograma e acertar pendências. Tivemos detalhamento, também, do funcionamento do programa do Governo federal Minha Casa Minha Vida 2 e vamos começar a elaborar os projetos”, afirmou Paulo Matos.
Conforme explicou, há intenção de expandir o número de residências naquela região, além de existir a demanda dos trabalhadores. “O que temos que ver, neste projeto, é a questão da infraestrutura, como levar redes de energia, de água, esgoto, drenagem. Não podemos mais pensar apenas nas casas. Há muitos detalhes que têm de ser definidos antes da execução do projeto. As moradias necessitam de obras de apoio”.
Uma das áreas em estudo é a devolvida pela Kepler Weber, em função do não cumprimento de acordos. Porém, segundo o diretor da Emha, as áreas para o novo conjunto habitacional ainda estão em estudo.
Projetos
Um grande projeto que está em execução em Campo Grande fica na região do Bairro Santa Emília, na saída para Sidrolândia. São 860 casas para famílias de baixa renda, com recursos dos governos federal e estadual e do município. Mais 292 casas serão construídas na região, disse Paulo Matos.
A segunda etapa do Minha Casa Minha Vida deve beneficiar, principalmente, famílias de zero a três salários mínimos. “Cerca de 60% dos recursos serão para esta faixa da população, que é justamente a maior demanda da Emha”.
Na primeira fase, o programa beneficiou cerca de 1.700 famílias de zero a três salários — com expectativa de chegar a 2,4 mil até o fim deste ano — e mais de três mil casas para pessoas de três a seis salários mínimos. Nesta faixa de renda, os contratos são com empresas particulares.
Em até quinze dias, os representantes da Caixa e da prefeitura voltam a se reunir e ajustar detalhes dos novos projetos. “Vamos estimular os investidores para criar novos empreendimentos. A Prefeitura já dá incentivos, com isenção de taxas sobre a construção, entre outros benefícios. Vamos atrair mais recursos e viabilizar o aumento do número de moradias até 2012”.