Cidades

CPI DO ÔNIBUS

Consórcio Guaicurus recebeu 6 mil multas neste ano, mas não pagou nenhuma

A média mensal foi de 600 infrações verificadas contra a concessionária de transporte; o atraso das linhas foi a principal causa

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O diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Paulo da Silva, foi ouvido ontem na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga o contrato do transporte coletivo de Campo Grande.

Ele admitiu que o setor de fiscalizações emitiu neste ano 6 mil multas de infração para o Consórcio Guaicurus, responsável pelo serviço, mas nenhuma foi paga pela empresa de transporte público.

A fala do responsável pela Agetran também foi reafirmada em entrevista para o Correio do Estado, explicando que, apesar do grande volume de infrações aplicadas, a empresa gestora dos ônibus procura os trâmites burocráticos para recorrer em juntas específicas e na Justiça a aplicação das multas.

“Na minha gestão, de um ano para cá, as multas aplicadas para o Consórcio ainda não foram pagas, estão em fase de recurso na Junta Administrativa de Recursos de Infrações de Transporte [Jarit] e na Junta de Análise e Julgamento de Recursos de Transporte [Jajur], e algumas também foram parar no Poder Judiciário. Todas estão no prazo para recorrer”, declarou Silva.

Desde 2012, quando o contrato de concessão do transporte público foi assinado com o Consórcio Guaicurus, já foram aplicadas pela Agetran 17 mil infrações à empresa, conforme informou o presidente da agência na CPI.

Por mês, de acordo com o diretor-presidente da Agetran, 600 multas em média são emitidas pelo setor de fiscalizações da agência contendo irregularidades nos ônibus da concessionária.

Silva também informou à reportagem quais os tipos de irregularidades que são revertidas em multas e quais são as mais aplicadas contra o Consórcio Guaicurus.

“Na fiscalização, o atraso no horário do ônibus é o que mais ganha multa. Veículos em má condição de uso tem bastante, e também há multas de manutenção, como pneu desgastado e alteração de cores das linhas”, exemplificou.

Em média, os valores das multas aplicadas pela fiscalização da Agetran ao consórcio são em torno de R$ 820. 

As juntas citadas pelo diretor-presidente da Agetran – Jarit e Jajur – são responsáveis por analisar em primeira e em segunda instâncias os recursos das multas aplicadas pela Agetran, decidindo se os recursos perante as multas serão negados ou aprovados.

Representantes do Poder Executivo, da Agetran e do Consórcio Guaicurus fazem parte dessas decisões, sendo membros de ambas as juntas.

Questionados em coletiva de imprensa sobre a alegação de Paulo da Silva, de que 6 mil infrações aplicadas ainda não resultaram em multas para o consórcio, os vereadores membros da CPI do Ônibus disseram que não está prevista a realização de como ocorrem as análises administrativas da aplicação das multas.

Porém, a comissão apresentou requerimento às juntas para obter um relatório detalhado das infrações recorridas pelo consórcio.

“Não está no escopo desta CPI investigar o trâmite da análise das multas, mas isso é um apontamento muito importante, porque isso faz parte de um dos fatos determinados do processo de fiscalização das agências. Elas [juntas] fazem a instância administrativa, e depois o consórcio recorre judicialmente. Em algum momento, vai ter que haver esse encontro de contas”, declarou o vereador Dr. Lívio (União Brasil), presidente da CPI do Ônibus.

Sobre o assunto, o vereador Maicon Nogueira (PP) também destacou a preocupação do Consórcio Guaicurus em alegar dificuldade financeira para pagamento das multas.

“Existe uma coisa muito importante na CPI: ela elucida questões que outrora viram justificativas para pedidos de isenções e aumento de subsídio, e essas informações nos dá a possibilidade de nos prepararmos para não usarem essas dívidas como barganha de gastos para pedirem aumentos de subsídio”, ponderou.

SUPERLOTAÇÃO

Os membros da CPI também questionaram uma determinada alegação do diretor-presidente da Agetran, quando informou que o órgão de fiscalização nunca emitiu multa de superlotação dos ônibus para o consórcio.

Silva acrescentou que não há amparo legal para realizar esse tipo de autuação, uma vez que essa prerrogativa não está prevista no contrato firmado em 2012.

O questionamento sobre a emissão de multas por superlotação nos ônibus coletivos foi realizado pelo vereador Júnior Coringa (MDB).

“A ouvidoria dessa CPI contabilizou inúmeras reclamações relacionadas a veículos superlotados. A Agetran fiscaliza e multa o consórcio por esse tipo de situação?”, perguntou o vereador.

O diretor-presidente da Agetran afirmou que o órgão não emitiu multas por superlotação, considerando que esse tipo de infração não está previsto no contrato que deu início à atuação do Consórcio Guaicurus em Campo Grande.

“Não há previsão legal para multar ônibus superlotado”, declarou.

Entretanto, Silva foi corrigido pelo presidente da CPI, que citou, inclusive, o trecho que garante esse direito.

Saiba

O diretor-presidente da Agetran, Paulo Silva, detalhou em oitiva da CPI que a frota de ônibus do Consórcio Guaicurus opera na Capital com 460 veículos durante a semana, 225 aos sábados, 108 aos domingos e 378 em datas específicas com alta demanda de usuários.

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Cidades

Dupla armada atira 11 vezes contra homem e queima veículo usado na fuga

Ataque ocorreu próximo de avenida famosa em Campo Grande; vítima foi socorrida e veículo suspeito foi localizado em chamas minutos depois

22/06/2025 08h00

Caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Cepol)

Caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Cepol) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Um homem foi alvo de uma tentativa de homicídio na noite deste sábado (21), em Campo Grande. A vítima foi atingida por quatro dos onze disparos que foram feitos de arma de fogo, sendo três na região torácica e um na perna, e foi socorrida por conhecidos até a UPA Vila Almeida. O crime ocorreu nas proximidades da Avenida Júlio de Castilho, no bairro Jardim Aeroporto.

De acordo com o boletim de ocorrência, equipes da Força Tática foram acionadas para averiguar denúncia de pessoa ferida por disparos, com suspeita de que os autores ainda estivessem nas imediações. No local, foram encontradas marcas de sangue e diversas cápsulas de munição de pistola calibre 9mm espalhadas pelo chão. O local foi isolado e preservado até a chegada da perícia.

Durante os trabalhos da Polícia Científica, foram recolhidas 11 cápsulas deflagradas, uma munição intacta e um projétil. A vítima, que permanece internada, teve um dos projéteis retirado do corpo pela equipe médica e entregue às autoridades para análise.

Uma testemunha que trabalha em um comércio próximo relatou que viu o momento em que a vítima subia a rua e foi surpreendida por um veículo VW Fox de cor preta, ocupado por dois homens. Neste momento, um dos suspeitos desceu do carro e iniciou os disparos. Em seguida, o motorista também desembarcou e efetuou novos disparos. Após o ataque, ambos retornaram ao veículo e fugiram.

Pouco tempo depois, outro chamado levou uma equipe da PM até a Rua Jatobeiro, no bairro Caiobá, onde um carro em chamas havia sido encontrado. O Corpo de Bombeiros já havia controlado o incêndio quando os policiais chegaram. O veículo, que apresentava as mesmas características do usado na tentativa de homicídio, foi identificado como um VW Fox, com placas registradas em nome de uma empresa. 

A Polícia Civil esteve no local com o delegado de plantão e determinou a apreensão do veículo e do material balístico. As investigações seguem para identificar os autores e esclarecer a motivação do crime.

O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac/Cepol) como homicídio qualificado pela traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, na forma tentada.

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Cantora brasileira morre após cirurgia estética na Turquia

O procedimento foi antecipado para o domingo anterior (15) mesmo o casal tendo saído com o médico na noite anterior

21/06/2025 23h00

Reprodução Instagram

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A cantora Ana Bárbara Buhr Buldrini, de 31 anos, morreu após complicações em uma cirurgia estética realizada em uma clínica na Turquia. Mineira de Belo Horizonte, que vivia em Maputo, Moçambique, ela viajou ao país acompanhada do marido, o também cantor Elgar Miles, com quem havia se casado há pouco mais de um mês, para realizar procedimentos de lipoaspiração, mamoplastia e rinoplastia.

Segundo relato do marido nas redes sociais e ao site g1, a cirurgia, inicialmente marcada para o dia 18, foi antecipada para o domingo anterior, 15, a pedido do médico responsável, com quem o casal havia saído na noite anterior.

Elgar conta que chegou a questionar a mudança na data, já que todos haviam virado a noite, mas foi tranquilizado pelo profissional, que garantiu não haver riscos.

O procedimento, feito por meio de permuta, ocorreu por volta das 23h daquele domingo. Horas depois, Ana Bárbara sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O marido afirmou que a equipe médica demorou a dar informações claras sobre o estado da paciente e que, após notar a movimentação estranha dos funcionários, procurou por respostas.

"Falaram para eu ir para o quarto, os assistentes estavam agindo de forma estranha. Fiquei 1h15 esperando recebê-la", relatou. "Desci para o térreo e um médico falou que o coração dela estava batendo de forma lenta, outro já disse que ela já estava morta "

A polícia turca foi acionada e os médicos chegaram a ser detidos para prestar depoimento. Em comunicado divulgado por meio do X (antigo Twitter), o diretor Provincial de Saúde de Istambul, Abdullah Emre Güner, afirmou que o caso será investigado e que inspeções já foram feitas no hospital, na clínica cirúrgica e no consultório médico do responsável.

O corpo de Ana Bárbara será cremado neste sábado, 21, em Maputo. As cinzas devem ser enviadas posteriormente para Belo Horizonte, onde vive sua família.

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