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Consumo de energia em Mato Grosso do Sul é o maior dos últimos 6 anos

Aumento de carga de energia é resultado das altas temperaturas no Estado

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A Energisa Mato Grosso do Sul informou que a empresa bateu recorde de consumo de energia elétrica na última sexta-feira (2). O valor de demanda é o maior já registrado no Estado desde o início da concessão da empresa, em 2014. 

A carga atingiu 1.170 megawatts (MW). De acordo com a Energisa, em fevereiro deste ano, a empresa também registrou carga máxima no Estado, quando atingiu 1.142 MW, aumento aproximado de 2,5%.

O Operador Nacional do Sistema (ONS) atribui a retomada do consumo de energia às altas temperaturas e ao gradual processo de retorno das atividades econômicas no País, após a pandemia da Covid-19.

O gerente de operação da concessionária de abastecimento de energia do Estado, Fernando Corradi, explica que o consumo de energia varia de acordo com as temperaturas ao longo do ano. 

O registro de maiores cargas foram durante os períodos mais quentes, em janeiro e fevereiro, quando a temperatura chegou a atingir 37ºC e em outubro que está com variação de 39ºC e 44ºC.

Os especialistas da empresa alertam que uso contínuo de equipamentos eletrônicos para amenizar o forte calor que atinge o Estado pode, também, causar problemas nos transformadores, com a possibilidade de queima, atingindo assim os eletrônicos das residências.  

Segundo alertou o gerente de operação da concessionária de abastecimento de energia do Estado, a compra dessas máquinas e a não informação a empresa pode causar os problemas na rede de abastecimento.

Corradi explica que a declaração de carga de consumo não tem vinculação com a conta de energia. A fatura da conta calcula a quantidade de horas de utilização dos equipamentos por mês. 

“A informação só corrobora para um melhor funcionamento do sistema”.  

Ainda conforme o gerente, nesses períodos de calor há sobrecarga no sistema, o que pode causar a queima do transformador ou oscilação de energia nas residências. 

“Quando não temos o sistema declarado adequadamente, pode acabar causando uma falta de energia para o consumidor”.

A declaração da carga permite que a concessionária de energia dimensione o ponto de entrega do cliente de acordo com a tensão de fornecimento dos equipamentos e melhorar a qualidade do fornecimento de energia. 

Com isso, é possível evitar as interrupções causadas por queima de transformadores da rede de distribuição.

A empresa garante que, apesar desses problemas que podem ocorrer, eles são pontuais. 

“Não há risco de ficar sem energia, estamos preparados para isso. Hoje temos um sistema robusto com um nível de geração muito grande. O problema causa problemas pontuais em transformadores que afetam a energia dos consumidores”, garante Corradi.

 

CONTA DE ENERGIA

O coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz, relata que além do aumento do consumo de energia nos períodos mais quentes, as tarifas de impostos da Prefeitura variam em cada mês. 

De acordo com Ortiz, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) é escalonado de acordo com a quantidade de energia consumida, assim como a taxa de iluminação pública.  

“Nesse calor, o ar-condicionado se esforça mais para chegar a temperatura desejada. Somado isso os impostos e a iluminação pública se converte no valor da conta ainda maior. Os valores ficam mais altos à medida que o consumo do cliente aumenta”, explica o coordenador.

A jornalista Amanda Franco explica que possui quatro equipamentos de ar-condicionado e três ventiladores em casa, que com o calor estão constantemente ligados. 

Franco relata que os ventiladores ficam ligados durante o dia e o ar-condicionado é ligado apenas durante à noite ou na hora do almoço. 

“A gente tenta ligar só à noite porque sabemos que se deixar ligado, a conta vem bem mais cara. Até porque a gente já tem quatro que só de ligar à noite já fica caro”.

Com a pandemia da Covid-19, Franco e o irmão, que também reside na casa, estão trabalhando em home office, o que resultou no uso constante dos aparelhos durante a tarde também. 

“O meu irmão está ligando bastante porque ele está trabalhando em home office e fica muito quente, então ele liga o ar, às vezes fica ligado umas duas horas à tarde”.

Com o uso constante, o aumento no valor da conta de energia é inevitável. De acordo com Franco, de setembro para outubro a fatura de energia teve aumento de 19%, em números a variação foi de R$ 130.

ORIENTAÇÕES  

De acordo com Ortiz, o consumo consciente faz com que a diferença não seja tão grande na conta de energia no final do mês. 

A Energisa orienta para que os equipamentos comprados tenham o selo do Programa Brasileiro de Etiquetagem (Procel), pois são mais eficientes energeticamente. 

É importante dar preferência para substituição de equipamentos antigos que demandam mais energia para funcionamento adequado.  

A geladeira deve ser instalada em local longe de equipamentos que emitam calor, como fornos e churrasqueiras. 

A vedação dos eletrodomésticos de refrigeração deve ser constantemente verificada, para que a temperatura interna seja conservada.

O coordenador pede para que os filtros de ar condicionado sejam higienizados a cada quinze dias. A instalação elétrica da residência deve ser mantida em condições adequadas à carga instalada. 

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Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

Em palestra, ministro também falou de aborto e união homoafetiva

22/04/2024 21h00

Reprodução: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (22) em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que no mundo democrático existem duas posturas possíveis para a questão das drogas ilícitas: uma, a da repressão, e outra, que vem ganhando corpo em todo o mundo, que é a da legalização das drogas mais leves. Segundo ele, a segunda acontece pela constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo.

“A discussão que está no Supremo é a quantidade. A legislação brasileira não pune com prisão o usuário de drogas, o que faz muito bem, porque punir o usuário é um equívoco completo. Se ele estiver fora de controle, você vai tratar como dependente químico. Colocá-lo na cadeia é colocar mais um agente para o crime organizado. Nada, na minha visão, justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo. E o legislador acabou com a prisão do porte pessoal para o consumo, mas manteve a criminalização do tráfico”, disse.

Ele observou que se um jovem for pego com 40 gramas de maconha na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, é considerado um portador para consumo próprio; porém se o outro jovem, geralmente negro, for pego com a mesma quantidade na periferia do Rio de Janeiro, é preso como traficante.

“Portanto, a mesma quantidade é tratada com pesos diferentes pela polícia, e o que o Supremo está discutindo não é descriminalização, não é a não prisão, porque isso já foi decidido. O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia por critérios discriminatórios”, explicou.

Outra questão abordada na palestra é a das uniões homossexuais. Para Barroso, a homossexualidade é um fato da vida que gera consequências jurídicas. “A ordem jurídica não dispunha sobre as relações entre pessoas homossexuais, que eu prefiro chamar de relações homoafetivas, porque uma relação de projeto de vida não é puramente sexual e no projeto afetivo existem as reuniões homoafetivas”, disse.

Nesse caso, segundo Barroso, era necessário definir quem tem o direito de herdar o que é construído ao longo de uma relação, se é a família de sangue ou é o companheiro ou companheira com quem a pessoa viveu por anos. “Alguém tinha que decidir isso, e o Supremo decidiu, na minha opinião, com acerto, que deve tratar como você trata as uniões estáveis convencionais. São os mesmos direitos sucessórios, previdenciários. Eu tenho o maior respeito pelo sentimento religioso das pessoas e a Bíblia expressa condenação ao homossexualismo, porém no mundo laico eu preciso ter uma solução jurídica para isso”.

De acordo com Barroso, caso contrário essas pessoas ficariam em um limbo jurídico, sem saber exatamente o que fazer. “E aí vem o casamento. Nós não achamos que o casamento é uma coisa boa, que diminui a promiscuidade, estreita as relações afetivas? Por que nós vamos excluir essas pessoas da prosperidade de terem um casamento? Essa é a minha posição, mas eu tenho o maior respeito pelas posições contra apostas”, ressaltou.

Com relação ao aborto,o ministro classificou a questão como a mais difícil do mundo, e uma coisa ruim, lembrando que o papel do Estado é evitar que aconteça, proporcionando educação sexual, distribuindo contraceptivos e amparando a mulher que queira ter o filho e esteja em condições adversas. “É perfeitamente legítimo a alguém ser contra, pregar contra e não fazer. Porém, tudo isso é diferente de achar que a mulher que viva o infortúnio de ter que fazer vá para a prisão. Nenhum país democrático e desenvolvido do mundo criminaliza, nem os mais católicos".

O ministro Barroso reforçou que prender a mulher que resolve interromper a gravidez não é uma boa política pública, e que a criminalização impede que as mulheres pobres tenham acesso aos serviços públicos de saúde que podem ser prestados. Ele reconheceu ser difícil para a sociedade chegar a um consenso sobre o tema, que é eticamente divisível, já que o momento do nascimento, do surgimento da vida, é uma questão de fé e de convicção.

“Tem gente que acha que desde o momento inicial da concepção com duas células já há vida. Tem gente que acha que é quando se forma o sistema nervoso, tem gente que acha que quando começa a formação da consciência. Existem muitas visões de mundo quando você trata de matéria em desacordo moral. É razoável que pessoas esclarecidas e bem intencionadas pensem de maneira diferente. O papel do Estado não é escolher um lado, e sim permitir que cada um viva a sua crença, a sua convicção", ponderou.

Questionado sobre os rumos que a inteligência artificial está tomando, Barroso respondeu que está preocupado e ao mesmo tempo animado, já que ela tem imensas potencialidades para fazer o mundo melhor e de tomar decisões melhor do que os seres humanos em alguns casos.

"A inteligência artificial é a transferência de capacidades humanas para computadores, feitas por softwares. Essas capacidades envolvem tarefas cognitivas e tomada de decisões. Como a inteligência artificial é capaz de armazenar uma quantidade de informações muito maior do que o cérebro humano e processadas em muito maior velocidade e muitas áreas, ela vai ser mais eficiente do que a capacidade humana", avaliou.

Ele citou como exemplo a medicina, campo no qual a IA já vem sendo usada em cirurgias e diagnósticos, e com melhor qualidade. Segundo ele, o uso dessa tecnologia automatizará tarefas que levam pessoas a neuroses causadas por tarefas repetitivas. Além disso, poderá evitar a exposição dos humanos a atividades de alto risco, como desarmar uma mina ou passar um cabo no fundo do oceano, por exemplo.

"Eu acho que tem muita coisa boa com a inteligência artificial, mas tem muitos riscos, como a discriminação, a privacidade, e o maior é a singularidade, que a IA adquira consciência. Porque se ela adquirir consciência de si própria e passar a ter vontade própria são as máquinas que vão dominar a condição humana e não vice versa porque elas têm muita muito maior capacidade de processamento de informação com muito mais velocidade", afirmou.

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Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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