Cidades

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Contrato pode incriminar deputado

Contrato pode incriminar deputado

Redação

10/07/2010 - 20h53
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DA REDAÇÃO

Um ano depois de deflagrada a Operação Owari pela Polícia Federal, o Ministério Público Estadual (MPE) recebeu novos documentos que podem incriminar o deputado federal Geraldo Resende (PMDB) e mais 33 sócios. Eles são apontados entre os beneficiados de contrato com indícios fraudulentos da locação do Hospital e Maternidade Santa Rosa para a Prefeitura de Dourados. A locação, segundo as investigações, foi realizada sem licitação para a implantação do Hospital da Mulher, em 17 de setembro de 2007, pelo valor mensal de R$ 100.528,00.
Nesse montante está inclusa a “locação de estrutura física de móveis e equipamentos” (R$ 55.528,00) e a locação do prédio (R$ 45 mil), com prazo de vigência de 60 meses a contar de 1º de outubro de 2007 e término no dia 30 de setembro de 2012.
Os contratos de números 669 e 670/2007 estão assinados pelos secretários municipais da época, João Paulo Esteves (Saúde), como locatário, e Dirceu Longhi (Gestão Pública), que hoje é vereador pelo PT em Dourados, como interveniente. Como locatário aparece o sócio e diretor-financeiro da instituição, Eduardo Takashi Uemura, o Dudu, filho de Sizuo Uemura, apontado como chefe da organização criminosa. Os dois foram presos em 7 de julho de 2009, mediante mandado de prisão temporária. Eles conseguiram habeas-corpus e foram soltos seis dias depois.
Nos documentos encaminhados somente agora para o Ministério Público constam que o médico e deputado federal Geraldo Resende Pereira se tornou sócio do Hospital e Maternidade Santa Rosa, no dia 23 de outubro de 1992. Nesse período o médico estava praticamente com um ano de mandato de vereador, eleito na época pelo PSDB. Naquela data, o hoje deputado federal teria recebido em transferência de outro profissional da medicina, 28.727 quotas de capital da instituição.
O atual parlamentar, pelo que consta na “décima segunda alteração contratual da sociedade empresarial Hospital e Maternidade Santa Rosa Ltda”, só deixou a instituição no dia 1º de junho de 2009, junto com outros 33 sócios, a maioria médicos. Todos negociaram as cotas com o empresário Sizuo Uemura. A alteração de contrato aconteceu exatamente um mês e sete dias da data em que a Operação Owari foi deflagrada e o registro na Junta Comercial de Mato Grosso do Sul foi feito no dia 10 de julho, três dias após a operação.
Pelo ofício encaminhado com os documentos ao MPE, direcionado ao promotor de Justiça Paulo Cézar Zeni, assinado pelo Procurador Geral do Município Alziro Arnal Moreno e pelo assessor especial da prefeitura de Dourados, Fernando Baraúna, o deputado federal Geraldo Resende era sócio da instituição durante a celebração dos contratos de locação.
O deputado, por conta da sociedade e, como cita o ofício, “considerando compor a retirada mensal a título de pró-labore pelos sócios, dentre outros faturamentos”, seria um dos beneficiados pelo contrato com a prefeitura.

Conluio
No relatório da PF, depois das investigações, incluindo escutas telefônicas, é citado que “foram interceptadas ligações da família Uemura (...) que sinalizaram para a efetiva existência de um conluio”.
Pela conclusão da PF, essas ligações “demonstram claramente que a família Uemura, utilizando-se da sua influência, estava articulando de forma ilícita, com ajuda de autoridades locais, o arrendamento do Hospital e Maternidade Santa Rosa, de Dourados-MS, pertencente à família Uemura, para o SUS, sem qualquer meio licitatório”.
A Operação Owari, que desarticulou uma organização criminosa em Dourados, resultou na prisão de 42 pessoas, entre políticos e empresários. Ao final das investigações, 73 foram indiciados.

Ribas e Campo Grande

Ex-militar suspeito de furtar computadores de megafábrica de celulose seguirá na prisão

Preso na véspera de Natal sob suspeita de furtar computadores da Suzano, meses depois de furtar o TRE-MS, ex-sargento e técnico de T.I. teve habeas corpus negado

14/01/2025 18h27

Computadores, como o da imagem no detalhe, foram furtados de megafábrica de celulose

Computadores, como o da imagem no detalhe, foram furtados de megafábrica de celulose Fotomontagem

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O ex-sargento do Exército Brasileiro, ex-técnico de informática terceirizado do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) e ex-funcionário da Suzano, Higor Prates de Amarilha, 34 anos, vai continuar na cadeia, se depender do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Higor foi preso em flagrante no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, por suspeita de furtar pelo menos 14 computadores portáteis (notebooks) da megafábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, onde trabalhava.

Os equipamentos, que custam em torno de R$ 5 mil a unidade em lojas oficiais, estavam sendo vendidos a R$ 1,3 mil no mercado paralelo, conforme investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras).

Amarilha vai continuar preso porque o desembargador da 3ª Câmara Criminal do TJMS, Fernando Paes de Campos, ratificou na semana passada, no retorno do recesso, a decisão do colega plantonista Dorival Pavan, que negou habeas corpus ao ex-técnico de TI da megafábrica de celulose da Suzano S.A.

“Observa-se que a prisão preventiva está justificada na gravidade concreta da conduta, haja vista que o paciente foi acusado pelo furto de ao menos 14 (quatorze) notebooks da empresa em que trabalha, Suzano S.A., que somaram aproximadamente R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), ao longo de 2 (dois) meses, além de outros objetos apreendidos em posse do suspeito que guardam fortes suspeitas de serem provenientes de furto da empresa vítima”, asseverou Dorival Pavan ao negar habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública.

Amarilha e a Defensoria Pública só recorreram ao tribunal porque antes tiveram o mesmo habeas corpus negado pelo juiz de plantão.

Na investigação, os policiais do Garras, ao consultar outros técnicos de informática da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, revelaram que Higor havia feito a exclusão dos notebooks furtados do sistema que controla o acervo patrimonial da empresa.

Os policiais do Garras chegaram a Higor Amarilha na véspera de Natal, depois de localizar um dos notebooks que pertenceu à Suzano com um rapaz identificado como Carlos Henrique.

Ao ser abordado pelos policiais, o rapaz estava com um dos computadores, do modelo Dell Latitude 3440, que depois comprovou-se ter sido subtraído da Suzano.

Carlos, que revende computadores, disse aos policiais ter comprado de outro rapaz, cujo nome é Ian de Souza Mendes. Ian foi abordado, e, na abordagem, os investigadores do Garras descobriram Higor.
Higor havia revendido a Ian pelo menos 10 dos 14 notebooks furtados por R$ 1,3 mil cada um. Ian e Carlos acabaram enquadrados por receptação culposa.

Posteriormente, na casa de Higor, outro notebook igual aos furtados da Suzano foi encontrado. Ele foi preso e passou o Natal longe da família.

Outro furto

Apesar de ser ex-sargento do Exército Brasileiro e réu primário, como alega a Defensoria Pública, Higor havia sido preso meses antes, no dia 25 de julho, desta vez pela Polícia Federal.

É porque ele responde juntamente com Patrick Olavo Lang por prática parecida de furto de computadores, só que no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS). No caso específico, Higor desviava os computadores do TRE-MS, e Patrick revendia.

Na época, o juiz federal Luiz Augusto Imassaki Fiorentini relaxou o flagrante de Higor, sob a condição de que ele se recolhesse em casa todas as noites, a partir das 20h, e de que não deixasse a comarca por mais de sete dias sem autorização judicial.

Exército

No Comando Militar do Oeste, Higor foi 3º Sargento. Seu nome até aparece em reportagem sobre a conclusão de um curso de Planejamento, Instalação, Manutenção e Configuração de Circuito Fechado de Televisão, realizado no 6º Centro de Telemática de Área (6º CTA).

Na época, Higor falou da competência de seus colegas:

“Essa foi uma excelente oportunidade de aprendizado. Além do professor, houve uma equipe que nos ajudou de todas as formas para que conseguíssemos colocar na prática tudo o que aqui foi ensinado. Saímos daqui capacitados para instalação do sistema, tanto aqui no CMO quanto nas demais organizações militares”, finalizou.

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Cidades

Cadela Laika encontra corpo de idoso que desapareceu em Campo Grande

O idoso Joaquim Gonzales, que sofria de Alzheimer, foi localizado sem vida na tarde desta terça-feira (14), no Jardim Itamaracá

14/01/2025 18h00

Reprodução Redes Sociais

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O idoso Joaquim Gonzales, de 78 anos, natural da Espanha, que desapareceu no último domingo (12), foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (14), nas proximidades do pontilhão do Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

A vítima, que sofria de Alzheimer, estava desaparecida desde domingo, segundo relatos de familiares. De acordo com eles, Joaquim deixou a residência de madrugada. O corpo foi encontrado com o auxílio da cachorra Laika, do Corpo de Bombeiros.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram a orientar as buscas. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Joaquim foi identificado nas gravações, e a partir disso, os militares delimitaram um perímetro de buscas.

Na região, que possui mata, foram localizados próximos a uma estrada de terra o chinelo, o boné e até um cinto que pertenciam ao idoso.

O trabalho da cachorra Laika foi fundamental para encontrar o local onde o corpo de Joaquim estava. Após a localização, os militares confirmaram que se tratava do desaparecido.

Equipamentos como drones com sensor de calor também foram utilizados durante as buscas. Durante todo o processo, familiares permaneceram mobilizados, espalhando cartazes pela cidade em busca de Joaquim.

Cadela que auxiliou nos resgates

A cadela de busca Laika do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMS), que atua ao lado do sargento Thiago Kalunga, levou poucos minutos para localizar o corpo da vítima. Em outubro de 2023 recebeu a Certificação Nacional de Cães de Busca e Resgate.

Laika, que é da raça pastor holandês, foi aprovada na prova de ‘busca urbana’ realizada nos dias 4 a 6 de outubro durante a 21ª edição do Seminário Nacional de Bombeiros (Senabom), em Gramado no Rio Grande do Sul. 

Além de estar apta para atender todos os municípios de Mato Grosso do Sul, após a certificação nacional, a cadela também está autorizada a atuar em ocorrências em todo o Brasil.

Posteriormente, no dia 13 de maio de 2024, Laika fez parte da  1º equipe especializada em busca e resgate juntamente com outros cães e militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul para auxiliar no resgate das vítimas na tragédia que assolou o Rio Grande do Sul. A equipe do Estado atuou no município de Encantado.

 A equipe formada pelo sargento Thiago Kalunga e os soldados Jéssica Lopes e Humberto permaneceu em torno de  10 dias atuando nos locais com as estruturas colapsadas pela enchente e inundação.

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