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Um verão em meio ao inverno: Corumbá marca 33,8ºC às 5 horas desta terça-feira

Corumbá teve a maior temperatura do Brasil e do ano nesta segunda-feira, aponta meteorologista

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Os termômetros marcaram 33,8ºC às 5 horas desta terça-feira (21) no município de Corumbá, cidade localizada a 416km de Campo Grande, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão. 

A temperatura máxima deve bater os 40ºC nesta terça-feira (21) em Corumbá, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia.

A temperatura alcançou os 43,9ºC na tarde desta segunda-feira (20) na Cidade Branca, com umidade relativa do ar em 9%.

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“Corumbrasa: isso é Corumbá...festejando o calor. Portanto, vocês estão copa a taça de fogo nas mãos. Aí é a porta de fogo”, expressa Abrahão.

Em recorde atrás de recorde, Corumbá teve a maior temperatura do Brasil e do ano neste domingo (19) e segunda-feira (20), com temperaturas em 40,6ºC e 43,9ºC, respectivamente, de acordo com Abrahão.

Dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 36 cidades registraram temperaturas acima de 40ºC nesta segunda, segundo Abrahão. O número sobe para 39 municípios com termômetros acima dos 37ºC.

Água Clara (43,2ºC), Três Lagoas (43,1ºC); Coxim (42,4ºC); Ribas do Rio Pardo (41,6ºC); Santa Rita do Pardo (41,6ºC); Rio Brilhante (41,6ºC), Aparecida do Taboado (41,5ºC), Bonito (41,4ºC), Jardim (41,2ºC) e Cassilândia (41,1ºC) são algumas das cidades mais quentes do Estado desta segunda.

Mato Grosso do Sul se assemelha ao clima desértico em plena estação de inverno. A umidade relativa do ar atinge níveis críticos em Mato Grosso do Sul, com índices semelhantes ao deserto. 

O ideal é de 60% ou mais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As características que comparam Mato Grosso do Sul com o clima desértico é o baixo índice pluviométrico, clima quente e baixíssima umidade relativa do ar, com índices próximos a 10%.

A umidade relativa do ar se aproximou ao clima desértico nesta segunda-feira (20) em algumas cidades de Mato Grosso do Sul, como Coxim (8%), Corumbá (9%); Água Clara (9%); Três Lagoas (10%); Cassilândia (10%); Costa Rica (10%); Campo Grande (10%) e Aparecida do Taboado (10%).

O tempo seco, estiagem, baixo índice pluviométrico, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas são características da estação de inverno.

De acordo com Abrahão, a estação de inverno contribui para a ocorrência de queimadas no Pantanal sul-mato-grossense pois o fogo favorece o espalhamento do fogo em zonas rurais. 

O inverno se despede às 15h21min desta quarta-feira (22) em Mato Grosso do Sul e dá boas-vindas à estação das flores: primavera. 

O tempo seco, escassez de chuvas e baixíssima umidade relativa do ar em Mato Grosso do Sul abre alerta para o surgimento de doenças respiratórias.

Rinite, sinusite, gripe e inflamação na garganta são exemplos de doenças respiratórias, de acordo com o enfermeiro e doutor em Infectologia, Everton Lemos.

Os sintomas das doenças citadas são muito parecidos com os da Covid-19, portanto, a população deve ficar alerta.

A melhor forma de distinguir doenças respiratórias do vírus da Covid-19 é fazendo a testagem.

Segundo orientações do Ministério da Saúde, durante calor e tempo seco o cidadão deve:

  • Beber dois litros de água por dia
  • Evitar atividades físicas das 9h às 17h
  • Umidificar o ambiente com toalha molhada ou balde de água
  • Evitar exposição solar
  • Hidratar a pele
  • Evitar ambientes fechados
  • Evitar uso de fogo
  • Usar roupas claras
  • Manter ventilação dentro de casa

Previsão do tempo

A previsão para esta semana é de temperaturas elevadas, baixa umidade relativa do ar e predomínio de sol em Mato Grosso do Sul, de acordo com prognóstico do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

As temperaturas devem variar entre 35ºC e 40ºC em grande parte de Mato Grosso do Sul durante a semana. O sol brilha forte em todo do Estado e não há previsão de chuva.

O calorão de 40ºC, tempo seco e baixa umidade relativa de ar deve perdurar até a próxima sexta-feira (24) em Mato Grosso do Sul, de acordo com o meteorologista do Inmet, Francisco de Assis.

Pancadas de chuva e trovoadas atingem o sul e nordeste do Estado na sexta-feira a noite, prolongando para as demais regiões a partir de sábado (25).

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Cidades

Comissão vai analisar pedido de anistia coletivo dos povos indígenas Guarani e Kaiowa de Caarapó

Violações praticadas pelo governo brasileiro aos indígenas no período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade

27/03/2024 17h00

Arquivo/Correio do Estado

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A Comissão de Anistia irá analisar, em sessão histórica o pedido de anistia coletivo dos povos Guarani Kaiowa, da comunidade indígena Guyraroká, protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 31 de agosto de 2015.

Esta será a primeira sessão promovida pelo órgão, criado em 2002, e atualmente vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, para analisar eventual reparação a indígenas que tiveram os direitos humanos violados durante o período da ditadura militar no Brasil, entre 1947 e 1980.

A sessão de apreciação dos pedidos ocorrerá às 8 horas (horário de MS) no próximo dia 2 de abril, no Auditório do MDHC, em Brasília (DF). O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, que subscreve o requerimento, representará o MPF.

Além da comunidade indígena Guyraroká, localizada no município de Caarapó (MS), a cerca de 275 quilômetros de Campo Grande, também serão analisados durante a sessão os pedidos de anistia relacionados aos povos Krenak, de Minas Gerais.

Como o primeiro pedido foi protocolado há quase uma década, o MPF promoveu recentes reuniões com lideranças da aldeia Guyraroká, no intuito de debater e atualizar o documento contendo os requerimentos coletivos, cujo teor será apresentado durante o ato no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Retirada do território

Políticas federais de povoamento do país, implementadas durante o período da ditadura militar e pós-guerra do Paraguai, levaram agentes estatais a promover traslados compulsórios dos indígenas de Guyraroká, provocando mortes e profunda desintegração dos modos de vida destes povos tradicionais.

O propósito era retirar os indígenas das vastas áreas por eles ocupadas segundo os seus modos tradicionais e confiná-los em espaços exíguos definidos unilateralmente pelo poder público. As terras ocupadas anteriormente por eles foram liberadas à ocupação de terceiros, que tiveram a posse dos terrenos legitimada por títulos de propriedade.

Estas violações praticadas à época pelo governo brasileiro aos indígenas de Mato Grosso do Sul foram reconhecidas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que esteve em Dourados e ouviu integrantes da comunidade Guyraroká sobre o processo de confinamento territorial que sofreram. Estima-se que mais de 8.300 indígenas foram mortos no período em decorrência da ação estatal ou da omissão do governo brasileiro.

Repercussões das violações

Após anos longe do território, aos poucos, os indígenas buscaram ocupar Guyraroká, num processo que começou em 2004, iniciando pela ocupação da faixa de domínio da rodovia estadual que ladeia a terra indígena (MS-156) e posteriormente ocupando uma parcela do perímetro declarado – 65 de um total de 11 mil hectares.

O MPF destaca, no pedido de anistia, que a principal atividade econômica desenvolvida pelos indígenas Kaiowa é a agricultura e, quando retirados do seu território forçadamente pelo governo brasileiro, ficaram completamente desprovidos do exercício de todas as suas atividades econômicas, merecendo a reparação.

Além disso, a desintegração do grupo e a ausência de acesso ao território tradicional, somada à extrema miséria, provocaram um número significativo de mortes por suicídio na comunidade. Em um grupo de 82 pessoas, registrou-se um caso de suicídio por ano entre 2004 e 2010.

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Prefeita prevê conclusão das obras de saneamento básico na Homex em 60 dias

Segundo a Águas Guariroba, as obras iniciaram há 10 dias e até o momento foram instalados 3,5 km de rede de esgoto.

27/03/2024 16h45

Fotos: Gerson Oliveira

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Após anos de luta, cerca de 1,5 mil famílias que residem na comunidade Homex, localizada no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, terão acesso ao sistema de saneamento básico de água e esgoto. A prefeita Adriane Lopes (PP) e o presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, realizaram uma visita técnica para inspecionar o andamento das obras iniciadas há dez dias. Segundo o cronograma, a previsão de conclusão é de 60 dias. 

Até o momento, foram instalados 3,5 km de rede de esgoto na Comunidade do Homex. O investimento, proveniente de uma parceria público-privada com a concessionária Águas Guariroba, é de aproximadamente R$8 milhões

De acordo com o diretor executivo das Águas Guariroba, Gabriel Brum, foram instalados 8,7 quilômetros de rede de água e outros 12 km de rede de esgoto na comunidade. 

"Esta é uma obra bem complexa por causa de diversas instalações que acabamos encontrando debaixo das casas. Infelizmente agora é uma dor de cabeça aos moradores, mas em breve será de muita alegria, porque o nosso objetivo é terminar em 60 dias",  relatou ao Correio do Estado.  

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A prefeita Adriane Lopes destacou que o saneamento básico é fundamental para a qualidade de vida das pessoas. Ela ainda ressaltou que a disponibilidade de água tratada nas torneiras irá reduzir as filas nas unidades de saúde e, consequentemente, promover o bem-estar dos moradores

"Estamos avançando nessa obra de grande importância para a comunidade. São mais de 1,5 mil famílias, e cerca de 5 mil pessoas que terão saneamento que é vida", afirmou. 

Durante a apresentação do mapa das obras para a imprensa, o diretor-presidente da Águas Guariroba, Themis de Oliveira, anunciou que, no primeiro mês após a instalação, não será cobrada tarifa de água e esgoto dos moradores.

"Além de não pagarem água e esgoto no primeiro mês, as famílias serão cadastradas na tarifa social. Vamos passar pela comunidade ensinando as famílias a consumir a água", explica Themis Oliveira.


Qualidade de vida 

Observando de longe o trabalho dos funcionários da Águas Guariroba, Clair Lopes, de anos, é residente da Comunidade do Homex há 8 anos, tentava entender o que estava acontecendo. Após a imprensa relatar que seria instalada uma rede de esgoto e água, ela ficou extremamente animada com a expectativa de ter água limpa na torneira. Junto com ela, moram quatro pessoas: seu marido, seu filho e uma filha que está grávida. 

"Nossa, que alegria ouvir isso. Será uma benção, é tudo que a gente queria, ter água limpa em casa. Meus netos todos já tiveram diarreia e agora vamos ter uma água boa para nós consumir", relatou.

Clair ainda expressou sua ansiedade por poder tomar um banho demorado, já que a família atualmente precisa se banhar com baldes.

"Não vejo a hora de poder tomar banho de verdade, ninguém merece ter que usar baldinho", relatou Clair.

 

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