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Nem todos os profissionais de saúde terão prioridade na distribuição da vacina, entenda

Devido à quantidade limitada de doses, nem todos os profissionais de saúde devem receber primeira remessa da imunização

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Após a liberação de uso emergencial da vacina CoronaVac, realizada ontem (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde divulgou um informe técnico com a distribuição das primeiras doses da vacinação contra a Covid-19 e os grupos prioritários.

Como ainda não há doses disponíveis para toda a população, a primeira imunização em todo o país acontecerá com as 6 milhões de doses da CoronaVac que foram importadas. 

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Para isso, mesmo que os profissionais de saúde façam parte da primeira fase do Plano Nacional de Vacinação, o Governo selecionou quais deles devem ser imunizados neste momento, deixando outros profissionais do grupo para uma segunda distribuição de doses.

Ao todo, a secretaria estadual de Saúde (SES), em primeira remessa, recebeu 158.760 doses da vacina, que serão capazes de imunizar 79.380 sul-mato-grossenses, já que são necessárias duas doses, com um intervalo de 18 a 27 dias entre elas.

Devido à quantidade limitada de doses, o Governo propôs a seguinte priorização para os profissionais de saúde, que poderá ser adaptada por cada estado e município:

  • Profissionais envolvidos nas equipes de vacinação dos grupos elencados para as 6 milhões de doses;
  • Trabalhadores das instituições de longa permanência de idosos e de residências inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência);
  • Profissionais que trabalham nos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados de Covid-19;
  • Por fim, se ainda houver doses disponíveis, demais trabalhadores de saúde.

De acordo com SES, a prioridade serão os profissionais de saúde da linha de frente, eles terão 44% das doses destinadas, e cabe aos municípios determinar como será feita essa divisão. 

Assim sendo, apesar da fase 1 incluir os profissionais de saúde, neste momento inicial, será priorizado aqueles que estão mais expostos aos riscos, além das outras populações que fazem parte desta etapa. 

Conforme a SES, os demais profissionais de saúde também serão vacinados, mas é preciso aguardar o envio de novas doses aos estados.

Para acelerar o processo de identificação das pessoas pertencentes aos grupos prioritários para imunização contra o coronavírus, a Prefeitura Municipal de Campo Grande, lançou nesta segunda-feira (18), um sistema de identificação online. Neste primeiro momento somente, pessoas acima de 75 anos e profissionais de saúde podem fazer sua identificação.

Fases do Plano Nacional de Vacinação:

Fase 1: Trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas (asilos e instituições psiquiátricas), população indígena e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas.

Fase 2 - Vacinação entre o segundo e terceiro mês após início da vacinação: Pessoas de 60 a 74 anos que não vivem em instituições de longa permanência, como asilos e instituições psiquiátricas.

Fase 3 - Quarto mês após início da vacinação: Pessoas com comorbidades: diabetes mellitus, hipertensão arterial grave, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer ou obesidade grave.

Grupo prioritário: Vacinação durante os 12 meses seguintes após fase 3: Professores (nível básico ao superior, setor público ou privado), forças de segurança (polícias federal, militar ou civil e Forças Armadas) e salvamento (como bombeiros), funcionários do sistema prisional, presos, quilombolas, moradores de rua, portadores de deficiência, dentre outros.

Não prioritário (Vacinação após o grupo prioritário, nos 12 meses seguintes após fase 3): Menores de 60, que não estão em condição de vulnerabilidade, não atuam em profissões essenciais e não têm comorbidades. 

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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