Brenda Machado
01/12/2020 17:12
O risco de contaminação da Covid-19 em reuniões familiares, saídas para bares e restaurantes, e festas clandestinas é o mesmo, de acordo com especialista.
A médica infectologista Mariana Croda, explicou que a taxa de transmissibilidade do vírus vai depender do cumprimento das medidas de biossegurança, mesmo que alguns lugares tenham mais pessoas, e outros menos.
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"O grande problema é o tempo de permanência. Nessas festas você fica sem o distanciamento, e nas reuniões familiares o risco é muito próximo, porque as pessoas tendem a não usar a máscara, não se distanciar também. É um momento de relaxamento, e, com tudo isso, as medidas de precaução não são obedecidas.", destacou.
A situação de risco se repete em bares e restaurantes, quando cada um precisa retirar a máscara para comer ou beber.
Seguindo às novas regras, mesas e cadeiras ficam mais distantes, alguns espaços oferecem até decks, mas dezenas de pessoas acabam compartilhando o mesmo ambiente.
O decreto municipal que cita o uso de máscaras, fala da obrigatoriedade apenas em locais fechados, no entanto, a médica reforça que a proteção é recomendada até mesmo quando se está ao ar livre.
Segundo Croda, mesmo que a distância de 2 metros seja cumprida, uma tosse ou um espirro são suficientes para eliminar o vírus sobre outras pessoas, e, caso a proteção esteja no rosto, ainda que alguma gotícula ultrapasse o tecido, a máscara evita que a carga de infecção despejada seja maior, o que levaria a casos mais graves da doença.
Quando o assunto são os pacientes assintomáticos, a especialista afirma que, de fato, nestas pessoas a carga viral tende a ser menor, porém este discurso não deve ser usado para descartar a necessidade de uso da máscara.
"A máscara é comprovada cientificamente como uma das medidas mais eficazes, ainda mais quando 95% da população utiliza, e é a essa taxa que queremos chegar.", completa.
Contrariando as recomendações sanitárias, a Operação Toque de Recolher, desencadeada por alguns órgãos do Município, vêm registrando casos preocupantes de autuações.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) encerrou, somente neste fim de semana, 46 aglomerações em residências, outras duas festas clandestinas também foram desmontadas.
O evento interditado na madrugada deste sábado (28), aconteceu numa chácara próxima ao aeroporto Teruel, e tinha 350 pessoas.
Já a festa do domingo aconteceu no bairro Dom Antônio Barbosa, e contou com cerca de 100 participantes.