Fábio Dorta, de Dourados
Foi instalada ontem, na Câmara Municipal de Dourados, a CPI da Saúde, criada para investigar denúncias de irregularidades na gestão da Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos dois anos da gestão do ex-prefeito Laerte Tetila (PT) e na administração do atual prefeito Ari Artuzi (PDT). O vereador Dirceu Longhi (PT) vai presidir a comissão e, na próxima quinta-feira, será escolhido o relator. A vaga será de Humberto Teixeira Júnior (PDT), acusado de envolvimento em esquema de corrupção, ou de Marcelo Barros (DEM).
Mas, antes mesmo de a investigação se iniciar, a CPI poderá parar na Justiça. A Mesa Diretora negou à vereadora Délia Razuk (PDT) recurso administrativo, no qual exigia ser nomeada como a quarta integrante da CPI. Ela já havia sido indicada pelo Bloco de Atuação Suprapartidária, composto por ela, Zezinho da Farmácia (PSDB) e Júlio Artuzi (PRB). Ocorre que Júlio, que é tio do atual prefeito, retirou seu nome do bloco, que foi desfeito. Délia argumenta que sua indicação foi feita antes da implosão do bloco e, portanto, teria amparo legal.
Mesmo com o repasse de mais de R$ 222 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos três anos, a saúde pública de Dourados vive o caos. Os principais problemas são hospitais superlotados, falta de médicos e medicamentos, além de denúncias de corrupção.