Criança de um ano e nove meses foi picada no dedo da mão direita por um escorpião. O menino precisou colocar um acesso, por ser uma região complexa e fez o procedimento no centro cirúrgico. De acordo com assessoria da Santa Casa, a criança está estável.
O acidente aconteceu no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, na manhã deste domingo (29).
Em 2019 mais de duas mil pessoas foram picadas por escorpião em Mato Grosso do Sul. Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Apesar de o verão ter ido embora, neste fim de semana, as chuvas voltaram com força, o que colabora a incidência do aparecimento de animais peçonhentos, tendo a maior preocupação com as crianças e com os idosos.
Na Capital, em 2019 foram registrados 1,2 casos por dia de picadas de escorpiões.
O período mais crítico da disseminação são de dezembro a março, momento em que eles estão em estágio de acasalamento. Faltando dois dias para acabar o mês, escorpiões ainda fazem vítimas no Estado.
Por serem venenosos, as picadas podem ser fatais em crianças e idosos. Em dezembro do ano passado uma criança de seis anos ficou em coma após ter sido picada. A situação se agravou tanto que o coração da paciente funcionava apenas 30%. Depois de semanas internada, ela se recuperou e teve alta.
Informações do Sinan apontam que as picadas dos escorpiões aumentaram em 46% nos últimos quatro anos.
CUIDADOS
O médico responsável pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), Sandro Benites informou que a melhor maneira de se prevenir é a limpeza dos locais, como evitar entulhos e armazenar lixo adequadamente.
O Civitox é um dos centros na área da toxicologia clínica, no Brasil. O Centro faz parte da Secretaria Estadual de Saúde (SES), e atua com foco em orientar, informar, e sugerir conduta para os casos de envenenamentos em humanos e animais, além de promover palestras, e ações de vigilância, assessoria, notificação e investigação toxicológica.
Todo acidente por animal peçonhento deve ter atendimento realizado em uma unidade de saúde, para assistência médica emergencial e avaliação clínica do envenenamento. Ligue para o Civitox para suporte técnico-científico, orientação, conduta, em toxicologia clínica, e notificação, pelos telefones 0800 722 6001, (67) 3386-8655 ou 150.