Cidades

DEFICIENTES

Crianças enfrentam falta de professores em Campo Grande

Crianças enfrentam falta de professores em Campo Grande

Laís Camargo

12/03/2011 - 11h00
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Nos primeiros meses de vida da criança, a mãe amamenta, limpa e cuida. Depois de um tempo eles querem caminhar sozinhos e a escola é peça fundamental para iniciar o processo de independência e alfabetização.

Mas, e se a criança é um pouco diferente?

Limitações como a da fala, audição e visão tornam mais difícil a convivência com outras crianças sem deficiência. Porém, no dia 9 de julho de 2008 o Brasil adotou a “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”. Nela está escrito que as crianças com limitações devem desfrutar de todos os direitos das outras, inclusive dos serviços oferecidos pelo Estado, ou seja, escola pública.

Em menos de três anos, algumas coisas mudaram, mas ainda há muito por vir. “Eu fui a três escolas públicas. Sutilmente elas dizem que não estão preparadas, colocam meu filho como sendo a dificuldade”, conta Rubenita Santiago Siqueira, que tem 40 anos e é mãe de Lucas, de 2 anos. Ele enxerga apenas vultos e depois de muita procura da mãe, conseguiu ser matriculado em um colégio particular.

Na escola em que Rubenita conseguiu matricular Lucas, também não há professores qualificados especificamente para atender a crianças com deficiência visual, mas a equipe se dispôs a aprender. “Eles disseram que pegando ele agora, vão se preparar para lidar com ele no período de alfabetização. O pessoal do Ismac (Instituto Sul-matogrossense para Cegos) se prontificou a mandar um profissional na escola para ensiná-los como lidar com essas crianças”, comenta a mãe de Lucas. “Ele tem um atraso na fala e depois que ele começou a ir para a escola, volta com mais vontade de falar, com mais energia”, acrescenta.

Instituto

O Ismac não é uma escola de ensino regular, mas sim um instituto que se propõe a facilitar a adequação dos deficientes visuais na sociedade e vice-versa. “Temos muitas crianças aqui, exigimos que elas estejam matriculadas no ensino regular também. Realizamos várias atividades complementares para ensiná-las a conviverem com a cegueira e ajudar as famílias a irem atrás dos recursos disponíveis também”, explica Telma Nantes de Matos, de 44 anos, presidente do Ismac.

Dentre os trabalhos do Ismac estão a intervenção precoce, a brinquedoteca e desenvolvimento da criança e do adolescente. A maioria os ensina a ver mundo de maneira sensorial e a desenvolver a locomoção guiada por outros sentidos. Também há aulas de sistema Braile de escrita e leitura e cálculos matemáticos. “Os pais vêm aqui para conversar com terapeutas, eles orientam a não proteger demais a criança”, aponta Telma, que também representa a Organização Nacional de Cegos no Brasil. O Ismac não tem fins lucrativos.

Qualificação

Para que as escolas ofereçam estrutura para crianças com deficiência, é necessário que haja professores qualificados. O Ministério da Educação (MEC) exige que até 2015 todos os cursos superiores de licenciatura tenham a disciplina de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) na grade curricular até 2015. Para o curso de Letras, a exigência é outra – as turmas que se formam neste ano, já devem ter tido aulas de Libras durante a graduação.

Todas as universidades de Campo Grande conseguiram colocar a disciplina na grade apenas no ano passado. A coordenadora do curso de letras da UFMS, Marta Banducci Rahe, comenta que desde 2008 já tinham a autorização para incluir a disciplina, mas não havia professores.

O Ismac oferece curso de escrita e leitura em sistema Braile também para pessoas sem deficiência que queiram se qualificar.

Campo Grande

Prefeitura antecipa entrega de kits escolares

Expectativa é de que pelo menos 112 mil kits sejam distribuídos; saiba quem pode receber

11/12/2024 08h52

Kits são compostos por lápis, canetas, colas, réguas, massinha de modelar, giz de cera, apontador, borracha, tinta guache, tesoura, colas coloridas, agenda, caderno de desenho, caderno de brochura e caderno de 10 matérias

Kits são compostos por lápis, canetas, colas, réguas, massinha de modelar, giz de cera, apontador, borracha, tinta guache, tesoura, colas coloridas, agenda, caderno de desenho, caderno de brochura e caderno de 10 matérias Divulgação: Prefeitura de Campo Grande

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Desde o dia 5 de dezembro, escolas de Rede Municipal de Ensino (Reme) deram início à entrega antecipada dos kits escolares para o ano letivo de 2025.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que está prevista a distribuição de mais de 112 mil kits, para alunos da educação infantil, ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Com 80% dos materiais já em estoque, a pasta orientou as escolas a organizarem um espaço adequado para armazenar os materiais até o início do ano letivo de 2025.

Os kits são compostos por lápis, canetas, colas, réguas, massinha de modelar, giz de cera, apontador, borracha, tinta guache, tesoura, colas coloridas, agenda, caderno de desenho, caderno de brochura e caderno de 10 matérias.

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, essa é a primeira vez que a entrega dos kits acontece com tanta antecedência, no ano anterior ao início das aulas.

“Antecipar a entrega dos kits escolares é mais do que uma questão de logística; é um compromisso direto com a educação de qualidade e com o futuro das nossas crianças e jovens. Estamos garantindo que todos os alunos da nossa rede comecem o ano letivo de 2025 com as ferramentas em mãos para aprender, crescer e se desenvolver desde o primeiro dia”, afirmou a prefeita, Adriane Lopes.

Matrículas

As matrículas para alunos novos da Reme começam a partir de 8 de janeiro. A primeira lista de designação de crianças para as Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) foi publicada no dia 3 de dezembro e a efetivação da matrícula será até 16 de dezembro, sendo feita na própria secretaria a qual o aluno (a) foi designado.

A segunda listagem de designação será publicada no dia 16 de janeiro. Quem não efetivar a matrícula, volta para o fim da lista e perde a vaga.

Já a rematrícula (aluno da Rede que vai permanecer na mesma escola) também deve ser feita até 16 de dezembro.

Calendário

O calendário escolar referente ao ano letivo de 2025 foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) do dia 28 de outubro de 2024.

As aulas começam no dia 10 de fevereiro, e terminam no dia 12 de dezembro de 2025.

Serão 200 dias letivos distribuídos em quatro bimestres.

  • início do 1º bimestre em 10 de fevereiro de 2025 e término em 30 de abril de 2025;
  • início do 2º bimestre em 2 de maio 2025 e término em 16 de julho de 2025;
  • início do 3º bimestre em 1º de agosto de 2025 e término em 30 de setembro de2025;
  • início do 4º bimestre em 1º de outubro de 2025 e término em 12 de dezembro de 2025, nas escolas que oferecem ensino fundamental e 16 de dezembro de 2025, nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs).

Confira as datas:

DATA

FATO

2 de janeiro de 2025

Início do ano escolar

2 a 31 de janeiro de 2025

Período destinado ao atendimento ao público, matrícula e organização das turmas

3 a 7 de fevereiro de 2025

Apresentação de professores e jornada pedagógica

2 a 31 de janeiro de 2025 / 17 a 31 de julho de 2025

Férias de alunos e professores

10 de fevereiro de 2025

Início do ano letivo

12 de dezembro de 2025

Término do ano letivo nas escolas que oferecem ensino fundamental

16 de dezembro de 2025

término do ano letivo nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs)

19 de dezembro de 2025

Encerramento do ano escolar

Atualmente, a Rede Municipal de Ensino (Reme) tem aproximadamente 109 mil alunos matriculados em 206 unidades de ensino, 7,5 mil professores e 12 mil servidores (administrativos, limpeza, merenda, monitor de aluno, entre outros).

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Cidades

Apreensão de drogas em Mato Grosso do Sul tem aumento de 30% em 2024

Diretor do DOF avalia que ações integradas e investimento em tecnologia foram essenciais para os bons resultados de combate ao tráfico

11/12/2024 08h18

Divulgação DOF

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Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que as apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul registraram aumento de 30% em 2024.

Entre janeiro e novembro deste ano, o volume total de entorpecentes interceptados chegou a 525.163,6 quilos, contra 403.540,8 quilos no mesmo período de 2023.

A Superintendência de Inteligência de Segurança Pública e a Coordenadoria de Fiscalização e Controle, setores vinculados à Sejusp, apontam que o maior volume foi registrado no interior do Estado, com 471.060,6 quilos, enquanto a Capital somou 54.103,0 quilos.

O grande destaque deste ano foi a apreensão de maconha em Mato Grosso do Sul, que totalizou 499.755,4 quilos. A cocaína foi a segunda droga com maior volume de interceptações no Estado, com 11.623,1 quilos apreendidos, seguida de outras substâncias ilícitas em menor escala conforme mostra o quadro abaixo:

O levantamento também revela variação de 6% nas ocorrências relacionadas ao tráfico, levando em consideração o mesmo comparativo. Em 2024 foram registradas 3.759, contra 3.558 ocorrências registradas em 2023.

O Diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), tenente-coronel Wilmar Fernandes, atribui os bons resultados da instituição às estratégias de integração com outras entidades de segurança pública em todo o país. Entre essas parcerias, destaca-se a colaboração com as unidades federativas que compõem a SULMASP — bloco que reúne os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, por meio de suas respectivas Secretarias de Segurança Pública.

“Neste ano implementamos o curso de operações de fronteira e trouxemos polícias militares da SULMASP, fortalecendo ainda mais a integração entre as forças policiais”, destacou o diretor. O diretor do DOF também enfatizou a colaboração estreita com órgãos de inteligência como a Polícia Federal, a Receita Federal, o Exército Brasileiro, além de parcerias com o estado de Goiás.

Outro ponto relevante, segundo o diretor, são os investimentos em tecnologia e equipamentos realizados pelo Governo do Estado, que têm contribuído para melhorar significativamente as condições de trabalho das equipes do DOF.

Já o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa, titular da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), destacou as três frentes de atuação da instituição: prevenção, repressão e incineração de entorpecentes apreendidos. O delegado ressaltou que o uso de serviços de inteligência aliado ao trabalho de campo tem gerado resultados expressivos, como o fechamento de bocas de fumo em diversos bairros de Campo Grande.

“Quando fechamos uma boca de fumo na cidade, evitamos vários tipos de sofrimento para a população, principalmente crimes contra o patrimônio e contra a vida. Isso leva um pouco de sossego aos moradores da capital”, afirmou o delegado.

A soma de esforços entre as diferentes instituições e o compromisso com a melhoria constante são, segundo os dirigentes, os principais fatores que sustentam os avanços alcançados tanto no combate ao crime quanto na segurança da população.

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