Cidades

RESOLUÇÕES PARA 2011

Cuidados na hora de investir seu dinheiro!

Cuidados na hora de investir seu dinheiro!

INFOMONEY

14/01/2011 - 00h30
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2011 promete, em alguns aspectos, ser um ano melhor do que o que passou. Analistas enxergam condições para que os índices acionários continuem a avançar, sustentados por uma atividade ainda intensa no âmbito doméstico e retomada daquela que ainda é a principal economia global, os Estados Unidos. Mas pouco adianta que o Ibovespa chegue a patamares altos, como os 80 mil pontos vislumbrados por analistas, se o investidor reiteradamente cometer erros primários e facilmente identificáveis pelas finanças comportamentais.

Como explicou André Delben, sócio da Advis Investimentos, este é um campo relativamente novo, "que procura combinar análise do comportamento humano e teorias psicológicas com teorias econômicas convencionais para explicar melhor por que as pessoas muitas vezes tomam decisões financeiras de forma irracional", aponta.

Vera Rita de Mello Ferreira, representante no Brasil da IAREP (Associação Internacional para Pesquisa em Psicologia Econômica), tem uma explicação bastante objetiva para esse comportamento irracional na hora de lidar com dinheiro. Isso ocorre, avalia, porque temos um lado frio, que consegue examinar a situação com clareza e distância e fazer avaliações de longo prazo. O problema, afirma, é que esse lado é muito precário, e no momento efetivo de tomada de decisão quem domina é o emocional, "o lado quente", que olha apenas o curto prazo, não observa o cenário completo e faz avaliações grosseiras.

É sempre difícil proteger-se desse lado impulsivo, mas ao conhecer alguns dos erros mais cometidos por investidores, é possível reavaliar comportamentos e tomar uma decisão para este início de ano: não cometer equívocos comuns.

Rentabilidade passada não garante futuro
Aquiles Mosca, estrategista de investimentos pessoais da Santander Asset Management, aponta uma das principais armadilhas para 2011: deixar-se influenciar pelo passado recente. Nesta segunda quinzena de janeiro, lembra, os extratos com a rentabilidade acumulada pelos investimentos no último ano deverão ser enviados aos investidores, e aí ficará bastante visível que as aplicações menos rentáveis foram a bolsa de Valores e o câmbio.

"As pessoas vão olhar aquilo e pensar: 'não vou aplicar em ações, porque a Bolsa está rendendo mal'. Aí está o raciocínio errado", afirma. Mosca acredita que um dos erros mais comuns é justamente imaginar que o que aconteceu no passado irá se perpetuar no futuro. Isso pode influenciar decisões em momentos de alta contínua dos mercados, mas pode também colaborar para que oportunidades fiquem para trás.

Neste ano, por exemplo, a bolsa, apesar do pífio rendimento do ano passado, apresenta um momento adequado de entrada, porque não subiu em 2011, está barata, e deve ser sustentada por melhora do cenário externo e aumento dos lucros (e dos dividendos) das companhias brasileiras. "Não fique, portanto, de olho no retrovisor", aconselha Aquiles Mosca.

Otimismo excessivo
Em contraposição à visão positiva para a bolsa em 2011, Vera Rita alerta para os riscos do otimismo excessivo. "É comum achar que não existe risco, que tudo vai dar certo. No ano passado, as principais corretoras apontavam o Ibovespa acima dos 80 mil pontos", afirma a professora. E se a perspectiva é essa, o investidor irá tomar decisões com esse ponto de referência. "Como o prognóstico não se concretiza, haverá uma diferença entre a expectativa e a realidade", avalia a professora, e por isso o investidor deve ficar atento para não fazer o movimento errado e se decepcionar.

Uma forma de se proteger, afirma Vera Rita, é um fórmula bastante simples: não comprar quando está subindo muito e nem vender em momentos de queda abrupta. "Não adianta comprar quando já subiu tudo o que tinha para subir, porque a margem de lucro será pequena, e nem vender no fundo do poço, porque, a não ser que acabe o mundo, haverá um novo ciclo", conclui.

Disciplina e paciência
Isso não quer dizer que o investidor tenha que exatamente acertar o momento de entrada e saída do mercado, o que, na visão de Aquiles Mosca, é quase impossível. Mas se o investidor tiver objetivos de aplicação, isso se torna muito mais fácil, apesar de exigir autocontrole. "A chave para evitar muitos erros é ser disciplinado e paciente", define o estrategista da Asset Management do Santander.

Por isso, é necessário, antes de tudo, definir metas. O estrategista traz um caso hipotético. Imagina uma pessoa que queira aplicar um dinheiro para poder dar entrada em um imóvel daqui a cinco anos. Com isso, dois passos importantes já foram dados: mirar um horizonte e um objetivo. A próxima etapa é aferir o perfil de risco.

Para um investidor moderadamente arriscado, uma alocação adequada poderia ser de 60% na renda fixa, 30% em multimercado e 10% em ações. "Essa paciência de manter adequação ao objetivo proporciona maiores chances de evitar erros. O investidor que não faz isso compra bolsa cara e vende barato, troca o pé o tempo inteiro", afirmou. Ou seja, quando a bolsa cair, os 10% passarão a ser 5%, por exemplo, e para rebalancear o portfólio o investidor deverá comprar bolsa, que automaticamente estará barata após um período de quedas.

Do mesmo modo, se a parcela alocada em ações chegar a 15%, é um indício de que chegou a hora de vender, reequacionando as aplicações. A recomendação de Mosca é que essa revisão seja feita a cada três meses. "Com disciplina, o retorno pode ser bem interessante para a carteira", conclui.

Experiência...
Se esse sangue frio não for exatamente sua melhor característica, Vera Rita trabalha com duas possibilidades. Uma delas é entregar nas mãos de um gestor, que terá mais frieza na tomada de decisões não apenas por ser mais experiente, mas também por não se tratar de seu próprio dinheiro, o que favorece a administração mais calculista dos investimentos.

Mas, mesmo quando se entrega a responsabilidade a um gestor, é necessário conhecer bem os produtos. Com a expectativa de alta da Selic na próxima semana, explica Aquiles Mosca, muitos investidores estão saindo de fundos de renda fixa que podem alocar recursos em papéis pré-fixados, menos atrativos nesse momento, para investir o dinheiro em títulos pós-fixados, como CDB.

Nesse movimento, no entanto, o que acontece na realidade é que o investidor está apenas pagando impostos com esse movimento. "O gestor recebe uma taxa de administração justamente para fazer ajustes nos portfólios, e ele com certeza está observando essa situação", disse Mosca. De fato, até o dia 10 de janeiro de 2011, de acordo com os dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a captação líquida dos fundos de renda fixa estava negativa em pouco mais de R$ 3,2 bilhões.

...ou experimento
Vera Rita sabe, no entanto, que para muitos essa decisão de dar recursos para um consultor, por exemplo, simplesmente "não tem graça". Nesse caso, a especialista em psicologia econômica aconselha um experimento. Separar um pouco de dinheiro, "não muito, de preferência", e treinar fazendo o que ela chama de um diário de bordo, em que os preços de compra, de venda e as datas são todos anotadas em um caderno, para que a pessoa possa constatar se é ou não uma boa gestora.

Reavaliar a carteira também faz parte das sugestões de Vera Rita. Em determinados momentos, afirma, os investidores têm em carteira papéis que não voltariam a comprar no mercado, mas o apego às ações queridas torna difícil se desfazer delas. Um estudo mostrou, segundo a professora, que a rentabilidade das ações "mal-amadas" era às vezes superior a de papéis benquistos pelos investidores.

Efeito manada
Em resumo, acredita Vera Rita, para ganhar dinheiro é necessário ir contra a manada. André Delben, da Advis, define esse movimento como a tendência do indíviduo de imitar ações (sejam elas racionais ou irracionais) de um grupo maior, mesmo que individualmente a pessoa não optasse por aquele comportamento.

"Errar em companhia da maioria é menos estressante. Já conviver com as consequências de um erro em virtude de um posicionamento oposto ao do grupo é um constragimento que a maioria evita", alerta o gestor.

Difícil é a desigualdade
Aquiles Mosca vê a necessidade de agir em conformidade com o grupo e o conforto de errar em conjunto como dois dos quatro elementos que costumam constituir um "efeito manada" sobre algum ativo. O terceiro é imaginar que se todo mundo está indo para a bolsa, por exemplo, deve haver alguma boa razão fundamentando essa decisão.

O último é justamente o fato de que o maior receio não é perder dinheiro, mas ver os outros ganhando. "O que incomoda não é a pobreza, é a desigualdade", concluiu o estrategista da Santander Asset Management. Vale ressaltar que Mosca não observa, nesse momento, a ocorrência de movimentos semelhantes ao de manada em nenhum ativo.

Justiça

Tribunal do Júri retoma julgamentos na próxima terça-feira (21)

Primeiro julgamento será de um homem de 30 anos, acusado de esfaquear

17/01/2025 12h18

Divulgação: TJMS

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O Tribunal do Júri da comarca de Campo Grande inicia as sessões de julgamentos de 2025 no dia 21 de janeiro, na 1ª Vara. Já a 2ª Vara do Júri iniciará os trabalhos no plenário do Fórum no dia 5 de fevereiro.

Na 1ª Vara, serão quatro julgados em janeiro, pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, mais precisamente nos dias 21, 23, 28 e 30. Para fevereiro, estão previstos oito julgamentos.

O primeiro julgamento deste ano envolve um acusado de 30 anos que, após uma discussão em frente à própria casa, desferiu diversas facadas contra a vítima, levando-a a óbito.

Já no dia 23 de fevereiro, será o julgamento do técnico de saneamento que tentou matar sua companheira com golpes de facas após ela se negar a entregar as chaves do carro na saída de um bar, localizado no Jardim Centro Oeste, no dia 9 de setembro de 2023. Um amigo do casal, que também estava no bar tentou defendê-la, entrando em luta corporal com o agressor e sendo atingido por vários golpes. Ambas as vítimas sobreviveram. O homem de 35 anos responde por da tentativa de feminicídio, qualificada pelo motivo fútil e no âmbito de violência doméstica, contra a primeira vítima, além de tentativa de homicídio do segundo agredido.

Na 2ª Vara, as sessões de julgamento começam somente em fevereiro, com oito casos previstos ao longo do mês, dentre eles, uma tentativa de feminicídio e um feminicídio.

No dia 7 de fevereiro, o júri popular analisará o caso em que um homem de 34 anos (à época dos fatos) tentou matar sua ex-companheira por não aceitar o rompimento do relacionamento amoroso. Ele teria invadido a residência da vítima, no local conhecido como Favela do Mandela, no dia 1º de fevereiro de 2020, jogado-a na cama e iniciando o ataque com uma faca. Embora ferida, a vítima conseguiu fugir e pedir ajuda.

No dia 12 de fevereiro, por sua vez, será julgado o feminicídio no qual a vítima foi morta por dois homens, com quem mantinha relacionamento afetivo. Segundo consta nos autos, após a vítima ameaçar um dos acusados, dizendo que revelaria detalhes do relacionamento que viveram para sua atual namorada, os dois homens juntaram-se para praticar lesões e ameças contra a vítima, que acionou a polícia. Por vingança, eles se apoderaram de uma arma de fogo e mataram a ex-namorada a tiros no bairro Jardim Botânico no dia 10 de novembro de 2023.

As sessões são abertas ao público e ocorrem no plenário do Tribunal do Júri do Fórum da capital, a partir das 8 horas, com entrada pela Rua da Paz, esquina com a 25 de Dezembro.

Levantamento

No ano passado, foram feitas 122 sessões para julgar crimes dolosos contra a vida, sendo 66 concluídos na 1ª Vara do Júri e 56 na 2ª Vara.

Um dos julgamentos que marcaram o ano foi o do Caso Sophia. Stephanie de Jesus da Silva, 26 anos, e Christian Campoçano Leitheim, 27, mãe e padrasto da menina, que foi morta em janeiro de 2023 após sofrer uma série de violências e abusos. Após dois dias de sessão, o padrasto foi condenado a um total de 32 anos, enquanto a mãe recebeu a pena de 20 anos de prisão.

Outro júri de destaque foi o de Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Everaldo Monteiro de Assis e Rafael Antunes Vieira, acusados de executar Marcel Hernandes Colombo, conhecido como o Playboy da Mansão, no dia 18 de outubro de 2018.

A sessão terminou durante a madrugada, com a sentença de 15 anos de prisão para Jamilzinho, considerado o mandante do crime. Rios foi condenado a 15 anos de prisão, enquanto o policial federal Everaldo pegou 8 anos e 4 meses de detenção. O quarto julgado, o ex-guarda municipal Rafael Antunes Vieira, foi condenado a 2 anos, 6 meses e 30 dias em regime aberto. Com isso, ele também não será preso.

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GRUTA DO LAGO AZUL

Asfalto em rodovia de Bonito vai custar quase o dobro do previsto

Trecho de 15 quilômetros na região da gruta do Lago Azul foi licitado por R$ 32 milhões, mas com os reajustes, custará pelo menos R$ 55,1 milhões

17/01/2025 12h00

Trecho de 15 quilômetros de asfalto interliga a região da Gruta do Lago Azul à região conhecida como Baia das Garças

Trecho de 15 quilômetros de asfalto interliga a região da Gruta do Lago Azul à região conhecida como Baia das Garças

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A pavimentação de um trecho de 15 quilômetros de rodovia próximo à famosa gruta do Lago Azul, em Bonito, vai custar pelo menos 71,8% a mais que o previsto inicialmente pela Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos, a Agesul. 

Publicação do diário oficial do Governo do Estado desta sexta-feira (17) oficializou um acréscimo de mais R$ 18.292.302,46 ao contrato inicial para asfaltar um trecho da MS-382, formalizado em abril de 2022 por R$ 32.099.413,00. 

Com mais este reajuste, a obra vai custar pelo menos R$ 55.161.146,79, o que representa alta de quase 72% em relação ao valor inicial. E, como a obra ainda estão longe de acabar, existe a possibilidade de sofrer novos aumentos. 

O trecho entre a área urbana de Bonito até a gruta, de cerca de sete quilômetros, já estava asfaltado desde 2020. Dois anos depois, foi lançada a obra de pavimentação ampliando o asfaltamento até o entroncamento com a MS-339, na região conhecida como Baia das Garças.

Com o acréscimo no valor anunciado nesta sexta-feira, o custo médio do quilômetro asfaltado saltou de R$ 2,1 milhões para a casa dos R$ 3,6 milhões. 

E, além de aumentar o valor, a Agesul também ampliou mais uma vez o prazo para conclusão dos trabalhos, desta vez por mais quatro meses. Agora, a empreiteira Via Magna tem até meados de junho de deste ano para concluir os trabalhos. Em 2022, quando da assinatura do contrato, a prazo então definido era de 300 dias a partir da assinatura da ordem de serviço. 

Na época do lançamento da obra, o Governo do Estado explicou que, além beneficiar o escoamento da produção agrícola local, a pavimentação desse trecho da MS-382 facilitaria o acesso à região pantaneira, já que a própria rodovia, em seu prolongamento, e a MS-339 levam ao Pantanal, em direção a Porto Murtinho. 

A reportagem do Correio do Estado procurou a Agesul em busca das razões que provocaram a dilação de prazo para conclusão da obra e as razões que provocaram o aumento do valor do contrato. Porém, até a publicação da reportagem, não havia obtido explicações. 

 

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