Cidades

Tragédia no Rio

De 140 estudantes, 82 voltam à escola de Realengo

De 140 estudantes, 82 voltam à escola de Realengo

g1

19/04/2011 - 04h40
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Alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, iniciaram hoje a semana de volta às aulas, onze dias após o massacre de 12 colegas executados pelo ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, na manhã do dia 7 deste mês. Dos 140 estudantes esperados, de quatro turmas do 9º ano do turno da tarde, 82 voltaram ao colégio para atividades de arte e terapia monitoradas por psicólogos.

Dos mil alunos matriculados, 21 pediram transferência para outras escolas depois da tragédia. Amanhã, as turmas do turno da manhã, que estavam na escola no momento da chacina, também voltam às aulas. A escola passará a contar com um psicólogo e um enfermeiro em tempo integral. "A minha filha não aguenta sequer olhar para os livros. Sei que aqui não será possível ela voltar a estudar", disse Renata dos Reis Rocha, mãe das gêmeas Bianca e Brenda.

A primeira morreu baleada pelo atirador e a segunda foi ferida, sobreviveu e teve alta hospitalar, mas continua traumatizada. A secretária municipal de Educação, Claudia Costin, acompanhou hoje o primeiro dia de aula e afirmou que todas as reivindicações dos pais foram atendidas. "Eles requisitaram um psicólogo em tempo integral na escola, mais dois inspetores nos corredores e uma guarnição da Guarda Municipal no portão durante o funcionamento da escola. Tudo foi providenciado", revelou a secretária.

Os alunos ainda estavam apreensivos na entrada da escola e com a movimentação da imprensa. "Se eles sentirem segurança dentro e fora do colégio, eu acho que a volta às aulas pode funcionar. Ele ficou abalado porque a sala dele foi uma das invadidas (pelo atirador), só que ele estuda à tarde", disse Cintia de Moraes, mãe de um aluno de 14 anos que chegou chorando na escola.

Cotidiano

BlueSky agora permite vídeos de até 60 segundos em sua rede social

Medida era prioridade para agradar ao público brasileiro, disse cofundadora da rede à Folha

11/09/2024 22h00

Bluesky é uma das redes substitutas do X

Bluesky é uma das redes substitutas do X Divulgação

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O Bluesky permite, a partir desta quarta-feira (11), a publicação de vídeos de até 60 segundos. O recurso passará por aprimoramentos "ao longo dos próximos dias", de acordo com publicação do perfil oficial da empresa na própria rede social.

Cada post poderá conter um vídeo. Os materiais terão início de exibição automático -usuários poderão desativar a opção, caso queiram.

Para receber a atualização, é preciso baixar a versão 1.91 do BlueSky na loja de aplicativos -App Store, para iPhones, e Play Store para celulares Android.

O suporte para vídeos era uma das prioridades da empresa para agradar aos brasileiros que chegaram à plataforma após o bloqueio do X (ex-Twitter), de acordo com a cofundadora do BlueSky Rose Wang. A empresa, disse ela, teve de reforçar o trabalho para manter o site de pé em razão do tráfego nacional.

A empresa ainda prepara "trending topics" e perfis privados. "Falamos de semanas, não meses", disse Wang à Folha.

O foco da rede no Brasil fica evidente nas publicações recentes da empresa, em que o inglês nativo das fundadoras divide espaço com o português. Até o último dia 31, a rede tinha recebido 2,6 milhões de usuários do Brasil.

Enquanto as novidades não chegam, desenvolvedores de diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil, aproveitam o fato de a plataforma ter código aberto para criar as próprias soluções. Um exemplo disso foi o desenvolvimento, por um usuário, de uma extensão que permite ter acesso aos trending topics do site diretamente pelo navegador.

VEJA COMO DESATIVAR A REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA DE VÍDEOS
- Acesse as configurações, no ícone de engrenagem na barra no canto esquerdo da tela 
- Selecione a guia "Ajustes de acessibilidade" 
- Depois clique no interruptor "Desativar autoplay em vídeos" 

 

*Informações da Folhapress 
 

Política

Decisão deve ser mantida, diz Gonet, ao defender rejeição da ação para desbloqueio do X

PGR pede que Kassio negue pedidos contra decisão de Moraes que suspendeu plataforma de Elon Musk

11/09/2024 21h00

O procurador-geral da República, Paulo Gonet

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Divulgação/ Agência Senado

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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou nesta quarta-feira (11) pela rejeição, sem análise do mérito (da questão de fundo), dos pedidos contrários à decisão do ministro Alexandre de Moraes que derrubou o funcionamento do X (antigo Twitter) no Brasil.

A decisão de Moraes foi validada pela Primeira Turma do Supremo, com cinco integrantes, e não foi levada ao plenário, composta pelos 11 ministros. A medida desagradou uma ala da corte.

Gonet, porém, afirma que a decisão da Primeira Turma "corresponde a decisão do Supremo Tribunal sobre o assunto". "Quando o Supremo Tribunal Federal se manifesta por meio de qualquer dos seus órgãos, essa decisão se assume como deliberação do próprio tribunal", diz o PGR.

"Não é, portanto, pelo fato de uma decisão de ordem jurisdicional não ter provindo do plenário, mas ter sido proferida por turma ou por ministro isoladamente, que se deixa de ter aí uma deliberação do Supremo Tribunal Federal em si."

Duas ações contra a decisão sobre esse tema foram enviadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ficaram sob a responsabilidade do ministro Kassio Nunes Marques --ele pediu que a PGR e a AGU (Advocacia-Geral da União) se manifestassem sobre o tema.

Uma das ações foi apresentada pelo partido Novo e afirmava que, ao suspender a plataforma de Elon Musk, Moraes vai contra a liberdade de expressão e o devido processo legal.

A outra, apresentada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), questionava a aplicação de multa diária de R$ 50 mil a quem usar subterfúgios tecnológicos para a continuidade das comunicações pelo X, como o VPN.

As ações são ADPFs (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), tipo de processo que questiona se houve desrespeito à Constituição.

Gonet afirmou que esse tipo de ação não cabe contra decisão colegiada de uma das turmas da corte, e que deveriam ser apresentados recursos no próprio processo em que houve a determinação.

"Meios de controle de constitucionalidade não podem ser exercidos contra ato da própria corte incumbida de dizer o que é constitucional e de aplicar a Lei Maior [a Constituição]", afirmou o PGR.
Kassio ainda não tomou decisão a respeito das duas ações.

No pedido protocolado no último dia 3, o Novo critica a proibição da plataforma durante o período de eleição municipal por impactar no debate entre candidatos.
No entendimento do Novo, Moraes ao suspender a plataforma vai contra a liberdade de expressão e o devido processo legal.

"Não nos parece crível e consentâneo com as normas constitucionais admitir que um Ministro da Suprema Corte brasileira promova a suspensão de determinada mídia social para expurgar narrativas que impactarão o resultado eleitoral de 2024, inclusive, aliás, em favor de um grupo político específico que vem ganhando tração nos últimos anos", diz a ação apresentada pelo Novo, assinada por Renan Galdeano François e outros advogados.

"Agir dessa forma é vilipendiar a lisura das eleições e, mais do que isso, é atingir frontalmente o princípio democrático em sua maior expoência que ocorre com a realização de pleitos eleitorais de tempos em tempos para configurar o Brasil como um sistema político democrático."

A Primeira Turma do STF manteve de forma unânime a suspensão ao X no Brasil. Apesar dos votos favoráveis de Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, a decisão de Moraes foi vista com ressalvas por parte do tribunal.

Ao enviar seu voto para ser validado pela Primeira Turma, Moraes buscou um ambiente no qual ele tinha segurança de garantir apoio unânime dos pares à sua ordem.

 

*Informações da Folhapress 
 

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