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Decreto manda bancos fecharem as portas para ajudar a conter coronavírus

Estabelecimentos foram incluídos em decreto que havia criado restrições ao comércio

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Para evitar a transmissão desenfreada do novo coronavírus, os bancos de Campo Grande deverão fechar as portas. A medida foi tomada pelo prefeito Marcos Trad Filho (PSD), que incluiu esses estabelecimentos no decreto que já havia suspendido funcionamento do comércio, casas noturnas e salões de festa.

A norma foi republicada na edição desta sexta-feira (20) do Diário Oficial e não detalha se prazos de vencimentos de boletos deverão ser prorrogados. A medida tampouco diz se caixas eletrônicos deverão ser mantidos abastecidos e em funcionamento.

CONFIRA LISTA DO QUE ABRE E O QUE FECHA

Supermercados

Supermercados e hipermercados abrem as portas normalmente. Alguns estabelecimentos estão limitando a entrada de clientes e de itens para compra.

Postos de saúde

Estão suspensas as consultas agendadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSFs). A Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) entrará em contato com os pacientes para comunicar a medida. Nos postos, nos Centros Regionais de Saúde (CRSs) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) o atendimento será focado nos pacientes com sintomas de Covid-19, dengue, febre chikungunya e zika vírus.

Feira Central

Funciona normalmente, mas com restrições. Há um serviço de entregas na Avenida Calógeras. Para pedir, o cliente pode telefonar para alguma das barracas e buscar o pedido no local.

Judiciário

No Tribunal de Justiça e no Fórum Heitor Medeiros, as sessões de julgamento estão fechadas para o público. 

Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS): atende apenas com agendamento até esta sexta (20). A partir de segunda-feira (23), o atendimento está suspenso por tempo indeterminado.

Tribunal Regional do Trabalho (TRT24): mantém o atendimento, apesar de parte dos servidores estar trabalhando de casa. Audiências, sessões, perícias e correições estão suspensas até 7 de abril.

Defensoria Pública Segue atendendo normalmente, mas colocou os funcionários do grupo de risco para trabalhar em casa.

Órgãos Públicos

Repartições públicas municipais terão expediente das 7h às 13h. Já os órgãos públicos estaduais adotaram esquemas diferentes. Confira:

Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro): o atendimento está restrito, sendo feito apenas por agendamento solicitado com 24 horas de antecedência por telefone e e-mail.

Agência Estadual de Metrologia (AEM/MS): continua normalmente, mas está restrito a apenas dois atendentes por setor.

Agência de Habitação Popular (Agehab): o atendimento para inscrição em programas habitacionais está suspenso.

Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS): as agências localizadas no Shopping Campo Grande e no Shopping Bosque dos Ipês fecham por 15 dias. O órgão recomenda que o cidadão evite ir às agências para não criar aglomeração, usando os canais digitais de serviço.

Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS (Fundect): o atendimento está suspenso, ficando restrito aos canais digitais.

Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab): funciona normalmente, mas a orientação é usar os serviços on-line para buscar uma vaga de emprego.

Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul): o atendimento ao público está suspenso, sendo restrito a telefone e e-mail.

Shoppings

Shopping Campo Grande: lojas fecham por 15 dias. O hipermercado Carrefour funciona das 8h às 23h, com acesso apenas do lado externo. Já os laboratórios, clínicas e farmácias, além da lotérica, vão funcionar em horário especial, entre 12h e 20h. A praça de alimentação atende apenas os serviços de entrega.

Shopping Norte Sul Plaza: as lojas também fecham por dias 15 dias. Serviços básicos e essenciais, como supermercados, farmácias, clínicas e atendimentos em saúde, têm operação facultativa.

Shopping Bosque dos Ipês: fecha a partir de hoje até 2 de abril.

Pátio Central Shopping: abre às 9h e fecha às 18h, enquanto a praça de alimentação encerra suas atividades às 19h.

Comércio

Não poderá abrir. Decreto publicado na noite de ontem, pelo prefeito Marcos Trad, proíbe a abertura. Só lojas de conveniência, supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina ou outros com autorização especial, podem abrir. 

Mercado Municipal (Mercadão)

Fechado.

(Camelódromo)

Fechado por dez dias.

Bares e restaurantes

Estão proibidos de funcionar, por tempo indeterminado. Decreto publicado ontem proíbe.

Eventos

Estão proibidos aqueles que reúnam mais de 20 pessoas.

Igrejas

Devem suspender suas atividades, seguindo as recomendações que visam evitar aglomerações com mais de 20 pessoas.

Escolas 

A Rede Municipal de Ensino (Reme) suspendeu as aulas até 7 de abril. As escolas privadas devem observar o mesmo prazo, conforme a recomendação da prefeitura. Já as escolas estaduais suspendem as atividades a partir de segunda-feira (23) até 6 de abril. A Secretaria de Estado de Educação está abonando faltas nesta semana.

Universidades

Desde terça-feira (17), todas as instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, estão com as aulas suspensas por 30 dias. As atividades devem ser feitas por meio de sistemas de Educação à Distância (EAD).

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

Cidades

Justiça recusou 6 pedidos de tratamento para réu que morreu na prisão, diz advogado

José Roberto de Souza, acusado de matar o empresário Antônio Caetano de Carvalho durante audiência no Procon, morreu de complicações causadas por uma pneumonia

19/04/2024 18h30

Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Defesa do ex-policial militar reformado, José Roberto de Souza, que morreu nesta manhã em decorrência de complicações causadas pela Influenza tipo A, alega que a Justiça recusou seis pedidos de atendimento médico ao réu nos últimos oito meses.

O ex-pm está preso desde o dia 16 de fevereiro de 2023, três dias após o crime que resultou na morte do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, no Procon/MS.

A defesa foi informada da morte por volta das 11 horas da manhã desta sexta-feira (19). O último pedido para tratamento médico havia sido feito pouco antes da morte de José, às 8h.

"Este caso deixa tanto a mim quanto a minha equipe, em uma situação extremamente triste, até com uma sensação de impotência. Porque eu e o doutor Jackson, que foi quem manuseou grande parte dos pedidos desde que aconteceu aquele fatídico problema no Procon, temos informado ao juiz da segunda vara do tribunal do júri as complicações físicas da doença que o nosso cliente possuía", declarou o advogado de defesa, José Roberto da Rosa.

Segundo o advogado, além de problemas psiquiátricos, o réu possuía doença renal crônica e diabetes, além de complicações cardíacas. O primeiro pedido para atendimento médico de José foi feito em setembro do ano passado, mas recusado, já que o Ministério Público teria alegado que a defesa não teria conseguido provar que o cliente estava doente.

"Chegou em um ponto que nós interpusemos um habeas corpus junto ao tribunal, não obtivemos a prestação jurisdicional, e antes da saída para o final do ano [2023], nós ingressamos com outro habeas corpus, mais precisamente no dia 22 de dezembro, onde havíamos dito que o nosso cliente estava doente e precisava de tratamento", acrescentou Rosa.

A única medida tomada pela Justiça, segundo o advogado, foi retirar o réu do presídio militar, onde ele não estava recebendo os tratamentos adequados - por falta de escolta e por falta de médicos -, para transferí-lo a outra unidade penal "comum", onde ele poderia receber atendimento médico especializado.

"Ao invés de determinar que ele fosse tratado, o Tribunal de Justiça tirou a condição dele de policial militar e o direito de estar no presídio militar, e o mandou para um presídio comum. Aí ele ficou no Centro de Triagem, com o atendimento dos médicos", explicou o advogado. 

Na última semana, os advogados foram visitar José, que pediu por socorro. Ele teria pedido "doutor, eu preciso de atendimento médico".

"E todos os pedidos rechaçados pelo juiz da segunda vara do tribunal do júri. O habeas corpus, que nós entramos em dezembro do ano passado, até hoje não foi posto em mesa para julgamento. Então, é uma decepção enquanto advogado", afirmou Rosa.

Segundo o advogado, a morte de José pode ser colocada na conta do Poder Judiciário.

"A  conta sobre a morte desse homem é exclusivamente debitada ao Poder Judiciário. Talvez agora, com a certidão de óbito, a gente consiga provar que o nosso cliente estava doente, porque foram oito meses de peticionamento em que promotor disse que nós não conseguimos provar que o nosso cliente estava doente, onde todos os pedidos que foram encaminhados, o juiz de direito, que oficia perante a segunda vaga do Tribunal do Júri, disse que não ia liberar ele para tratamento. Então agora eu vou juntar a certidão de óbito para mostrar que nós tínhamos razão", disse o advogado.

O advogado quer que a família da vítima entre com um processo para culpabilizar o Estado.

"Infelizmente, agora não adianta mais autorizar o tratamento. Ele morreu hoje em decorrência do quadro agravado pelo problema renal crônico. Ele foi contaminado com influenza dentro do presídio, porque o sistema imunológico dele estava muito comprometido, o tratamento que ele precisava receber, ele não recebeu, e infelizmente hoje ele não aguentou", finalizou.

O Crime

No dia 13 de fevereiro deste ano, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar reformado, José Roberto de Souza, durante audiência de conciliação realizada no Procon.

A vítima era proprietária da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4, que havia realizado a troca do motor de uma SW4 para José Roberto.

Durante a primeira audiência de conciliação, realizada na sexta-feira anterior, dia 10 de fevereiro, José Roberto pediu que Caetano entregasse as notas fiscais referentes aos serviços prestados pela empresa para a troca do motor de seu veículo blindado, trabalho avaliado em quase R$ 30 mil.

Aproveitando as tratativas, Caetano cobrou do cliente R$ 630 reais devidos, referentes a uma troca de óleo realizada no ano anterior. Na segunda audiência, então, Caetano levaria as notas fiscais e José Roberto o dinheiro que devia.

No entanto, após uma desavença logo no início da audiência de conciliação, José Roberto efetuou três disparos contra Caetano, dois na cabeça e um na nuca. A vítima morreu no local.

Três dias após o crime, José Roberto de Souza se apresentou à polícia.

primeira audiência que investiga o caso foi realizada no dia 3 de julho do ano passado, e ouviu testemunhas de acusação e defesa. Oito pessoas prestaram depoimento, sendo duas delas funcionárias do Procon, uma advogada que presenciou o crime, um funcionário da vítima, o investigador da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, responsável pelo caso, o filho da vítima e dois conhecidos de longa data do acusado.

Valéria Christina, a conciliadora que trabalhava com o caso, não compareceu para prestar depoimento. Segundo informado durante a audiência, a servidora foi transferida para outro órgão após o ocorrido, e segue afastada desde então por questões de saúde.

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