Fábio Dorta, de Dourados
Foram definidos ontem os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Único de Saúde (CPI do SUS), criada na Câmara Municipal de Dourados. O objetivo é investigar denúncias de irregularidades na aplicação de recursos da Secretaria Municipal de Saúde.
A devassa inclui os últimos dois anos da gestão do ex-prefeito Laerte Tetila (PT), além da atual administração do prefeito Ari Artuzi (PDT). Os trabalhos serão presididos pelo vereador Dirceu Longhi (PT). Ainda compõem o grupo Marcelo Barros (DEM) e Humberto Teixeira Júnior (PDT). Barros deverá ser o relator. A CPI deverá ser oficialmente instalada na próxima segunda-feira.
A comissão deveria ter um quarto integrante já que os vereadores Délia Razuk (PMDB), Zezinho da Farmácia (PSDB) e Júlio Artuzi (PRB), que formam a Comissão Permanente da Saúde na Câmara, criaram o Bloco de Atuação Partidária para ter o direito de indicar um representante. Acontece que o vereador Júlio Artuzi, que é tio do atual prefeito, retirou seu nome do bloco que, com esta manobra, foi extinto.
Um dos motivos que resultaram na criação da CPI foi a Operação Owari da Polícia Federal, que apontou desvio de recursos, contratos fraudulentos e superfaturamento. Como resultado da operação foram presas, em julho do ano passado, 42 pessoas, entre elas vários servidores e ex-servidores da Secretaria de Saúde.
Integrante da tropa de choque do prefeito Artuzi na Câmara e indicado pelo PDT como um dos membros da CPI, o vereador Humberto Júnior esteve entre as pessoas que foram presas na Operação Owari.