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DENATRAN

Denatran deve regulamentar veículos autônomos - sem motoristas - neste ano

Para o biênio 2021-2022 também está prevista regulamentação de multas para pedestres e ciclistas

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Aplicação de multas a pedestres a ciclistas e veículos autônomos (sem condutor) devem ser regulamentadas entre este ano e o próximo pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Portaria com a agenda regulatória do órgão foi publicada no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (4).

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A aplicação de multas para pedestres e ciclistas que andarem fora das áreas permitidas já é prevista no Código Brasileiro de Trânsito, mas precisa de regulamentação para começar a ser aplicada, o que deve acontecer no ano que vem.

Está prevista para este ano a regulamentação do drogômetro, aparelho similar ao bafômetro, que será utilizado para identificar se o motorista fez uso de drogas. O equipamento precisa de regulamentação para ser utilizado nas fiscalizações de trânsito.

Também para este ano está prevista a regulamentação de veículos autônomos, que são automatizados por “robôs”, sem a necessidade de um condutor humano.  

Apesar deste tipo de veículo ainda estar em desenvolvimento, vários países já alteraram a legislação para se adequarem aos carros autônomos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o veículo pode rodar nas vias desde que o motorista humano permaneça dentro do carro e possa intervir em casos de emergência.

No Brasil, as normas devem ser regulamentadas até o fim deste ano.

A agenda tem objetivo de determinar as matérias de cunho regulatório ou normativo a serem estudadas pelo Denatran em períodos pré-estabelecidos, para, em seguida, serem submetidos para apreciação e aprovação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Os temas pré-estabelecidos podem sofrer ajustes, mediante indicação do Ministério da Infraestrutura, pasta a qual o Denatran é ligado.

Para este ano, estão previstas:

  • Revisão do processo de formação de condutor;
  • Revisão do Plano Nacional de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans);
  • Incorporação de novos itens de segurança veicular;
  • Revisão e elaboração de normativos sobre a segurança de motociclistas;
  • Revisão de normativo sobre acesso aos dados dos sistemas e subsistemas informatizados do Denatran;
  • Regulamentação do drogômetro;
  • Implantação do visão zero;
  • Campanhas de educação para o trânsito;
  • Harmonização dos normativos sobre transporte de cargas pesadas e excepcionais e incorporação de novas combinações veiculares de carga;
  • Revisão do processo de formação do agente de trânsito;
  • Revisão dos procedimentos de concessão de autorização especial de trânsito;
  • Revisão da regulamentação da pesagem de veículos;
  • Revisão e elaboração de normativos sobre sinalização e infraestrutura viária;
  • Estudo sobre 4º eixo em semirreboques;
  • Estudo sobre a segurança de CVC de 11 eixos e PBTC de 91 toneladas;
  • Revisão do normativo sobre os exames de aptidão física e mental e avaliação psicológica;
  • Regulamentação dos veículos autônomos;
  • Revisão dos normativos de homologação veicular;
  • Regulamentação do Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículo (Siniav);
  • Revisão do normativo sobre placas de sinalização especial de advertência traseira em veículos de carga;
  • Revisão do normativo sobre carroceria basculantes;
  • Revisão do normativo sobre identificação veícular.

Já para 2022, os temas da agenda regulatória são:

  • Regulamentação dos padrões mínimos de segurança viária para o entorno escolas;
  • Regulamentação da inspeção técnica veicular;
  • Revisão da classificação viária para fins de regulamentação de velocidade e de projeto viário urbano;
  • Revisão do normativo sobre a placa de identificação veicular (PIV);
  • Revisão do normativo sobre o exame toxicológico;
  • Revisão do normativo sobre regulamentos de segurança de ônibus duplo piso e inclusão de eixo em ônibus;
  • Revisão do normativo sobre tacógrafo;
  • Regulamentação de vias e áreas para pedestres;
  • Revisão do normativo sobre sinalização de trânsito;
  • Revisão do normativo sobre vistoria veicular;
  • Revisão do normativo sobre requisitos para circulação de veículos inacabados e incompletos;
  • Revisão do normativo de fiscalização do sistema de controle de emissão de ruídos e poluentes de veículos;
  • Revisão dos normativos sobre segurança veicular;
  • Regulamentação de sistema de tração elétrica em implemento rodoviário;
  • Regulamentação da instalação de câmaras de monitoramento interna e externa em caminhões e ônibus para fins de investigação de acidentes;,Revisão do normativo sobre sistemas automáticos não-metrológico;
  • Inclusão de multas ambientais no RENAVAM e RENAINF;
  • Revisão de normativo sobre o transporte de veículos;
  • Regulamentação da aplicação de multa a pedestres e ciclistas;Revisão do normativo sobre placas de identificação nas laterais de reboque ou semirreboque.

Internacional

Menores de 16 anos ficam proibidos de acessar redes sociais na Austrália

A lei, considerada uma das mais rigorosas do mundo, precisa ser rompida dentro de 12 meses. Apesar da aprovação, ainda não está claro como as plataformas irão se adequar à medida

28/11/2024 18h00

Criança brincando com o celular

Criança brincando com o celular Foto: Reprodução/EPTV

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Em um mundo cada vez mais digital, onde as informações e jogos onlines estão ao alcance das mãos dos consumidores, o Senado australiano aprovou, na tarde desta quinta-feira (28), uma lei histórica que proíbe o acesso de crianças e adolescentes menores de 16 anos a plataformas como Facebook, Instagram e X. A lei entra em vigor em 12 meses e exige que as plataformas se adaptem, sob pena de multas de até R$ 190 milhões caso não cumpram a medida.

O projeto de lei foi aprovado por 34 votos a 19 pelos representantes da Casa Legislativa australiana.

Com a decisão, plataformas como TikTok, Facebook, Snapchat, Reddit, X e Instagram serão responsáveis por multas de até 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente R$ 194 milhões) por falhas sistêmicas para impedir que crianças menores de 16 anos tenham acesso às redes sociais.

O primeiro-ministro de centro-esquerda, Anthony Albanese, escreveu em suas redes sociais que as plataformas digitais geram problemas de ansiedade para os usuários e também são os principais canais para golpistas e outros crimes.

"Quero ver as crianças longe dos seus dispositivos e em campos de futebol, piscinas e quadras de tênis", disse Albanese em entrevista em setembro.

De acordo com as plataformas digitais, a autorização é uma das mais rigorosas do mundo, mas até o momento não deixou claro como fará para aplicar a lei no país em até 12 meses. 

Ainda segundo o portal G1, a Câmara precisa aceitar as emendas da oposição para que o projeto entre em vigor, mas isso não deve ser um obstáculo, pois o governo australiano é favorável com as normas aprovadas.

Nas próximas semanas, WhatsApp e YouTube provavelmente receberão isenções. 

 

No Brasil o debate é acesso das redes sociais nas escolas 

Enquanto isso no Brasil, o debate é sobre o acesso dos aparelhos celulares nas mãos dos adolescentes dentro das salas de aulas. 

No mês passado, o estado de São Paulo proibiu o acesso de celulares nas mãos dos adolescentes dentro das escolas públicas e privadas. 

Conforme informações do portal G1, o texto tem como objetivo restringir o uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico com acesso à internet por estudantes durante o período de aulas, incluindo os intervalos. O texto, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede), recebeu aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Alesp em outubro.

Em Mato Grosso do Sul, o projeto de lei segue em análise na Assembleia Legislativa 

De acordo com o documento apresentado pelo deputado Pedro Pedrossian, o uso de dispositivos eletrônicos será permitido nas escolas apenas em situações específicas: quando houver necessidade pedagógica para utilização de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais, e para alunos com deficiência que dependem de auxílios tecnológicos para participar efetivamente das atividades escolares.


Preocupados com o ensino brasileiro e a saúde mental dos adolescentes, o Governo Federal vem debatendo a meses o uso de celulares entre os adolescentes nas escolas do país. 

Ao ser questionado no mês passado, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou ao portal G1 que é necessário impor limites ao uso de aparelhos celulares por crianças e adolescentes nas escolas.

Ao ser questionado se o MEC apresentava alguma proposta, o ministro disse que, no momento, desistiu de apresentar uma proposta própria de alcance nacional para implementar essas restrições e optou por ‘aproveitar’ os projetos de lei que já tramitavam na Casa.

Ainda de acordo com o ministro, o projeto de lei 104/2015, que trata do tema, foi aprovado pelos deputados na Comissão de Educação e agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em seguida, será debatido no plenário e, posteriormente, no Senado.
 

Crise?

Igreja da "Cura Gay" deve fechar 20 unidades em MS e MT

Comunidade Cristã Aliançados, conhecida por cultos high tech e polêmica com 'Cura Gay', enfrenta possível crise

28/11/2024 17h58

Comunidade Cristã Aliançados, em Campo Grande

Comunidade Cristã Aliançados, em Campo Grande Marcelo Victor/Arquivo

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A Comunidade Cristã Aliançados, igreja evangélica neopetencostal que surgiu em Campo Grande e ficou famosa na década passada depois de ofertar um curso de “Cura Gay” para seus fiéis e familiares, está encolhendo de tamanho em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. 

Documento desta quinta-feira (28) assinado pelo líder da comunidade evangélica, o Pastor Denílson Cordeiro da Fonseca, traz o fechamento de nada menos que 20 igrejas da comunidade cristã: 12 no interior do Estado e oito na capital. 

Em assembleia agendada para o próximo dia 9 de dezembro, a Comunidade Cristã Aliançados vai tratar do fechamento das seguintes igrejas:

  • - Terenos (MS)
  • - Corumbá (MS)
  • - Dourados (MS)
  • - Água Clara (MS)
  • - Dourados (MS)
  • - Água Clara (MS)
  • - Anastácio (MS)
  • - Rondonópolis (MT)
  • - Jardim (MS)
  • - Sidrolândia (MS)
  • - Aquidauana (MS)
  • - São Gabriel do Oeste (MS)
  • - Coxim (MS)
  • - Fátima do Sul (MS)
  • - Comunidade Cristã Aliançados Young Church, voltada ao público jovem, e com sede em Campo Grande
  • - Santo Amaro, Campo Grande (MS)
  • - Moreninhas, Campo Grande (MS)
  • - Vida Nova, Campo Grande (MS)
  • - Jardim Imá, Campo Grande (MS)
  • - Los Angeles, Campo Grande (MS)

A matriz e carro-chefe da Igreja, a Aliançados Arena, continua aberta. O local, antiga casa de shows Diamond Hall, construída na década passada para ser a mais moderna casa de shows de Campo Grande, tendo recebido shows como Cabaré, Baile da Favorita (show de funk, com Ludmilla), Lulu Santos, entre outros, converteu-se em templo religioso. 

O local é conhecido pelos cultos high-tech. Pudera, a igreja fez altos investimentos em som e telão de led de alta definição. 

A Aliançados também ficou conhecida no início deste ano pela alavancagem financeira. Teve de devolver um terreno vizinho à Aliançados Arena, de onde pagava na época aluguel de aproximadamente R$ 180 mil, devido à dificuldade em honrar o contrato de compra da área por R$ 13,5 milhões.

A igreja foi à Justiça pedindo a rescisão do contrato de compra e venda, depois de sucessivas cobranças da empresa telefônica Tim, da qual havia comprado a área. Ela queria a devolução dos R$ 4 milhões já pagos além da rescisão contratual sem qualquer ônus. 

Na época da propositura da ação, a igreja ainda devia à empresa telefônica duas parcelas de R$ 1 milhão e um pagamento de R$ 6,5 milhões.

No processo, o pastor Denilson Cordeiro da Fonseca, representante da igreja, alegou que não conseguiu obter financiamento bancário para honrar o contrato porque o imóvel não estava livre e desembaraçado, algo que, segundo consta no processo, que não havia sido informado pela proprietária.

Havia edificações no local, o que dificultou a liberação do crédito.

A Cura Gay

O episódio da cura gay envolvendo a igreja Aliançados ganhou notoriedade em 2019, quando um denunciante procurou o Ministério Público para informar sobre a ação suupostamente enganosa do pastor, acusando-o de “usar discriminação contra LGBT, pregando a ‘cura gay’ mediante pagamento, contrariando preceitos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, bem como o Código de Ética da Psicologia, que proíbe esses profissionais de induzir convicções de orientação sexual nos pacientes”, conforme a denúncia à época.

A “cura gay” era um curso chamado “Escola de Cura”, que promovia uma internação de três dias e garantia que os participantes alcançariam o objetivo desejado.

O curso era dividido em três módulos e custava R$ 970 por participante. A investigação no Ministério Público de MS acabou sendo arquivada.
 

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