Depois do encontro a portas fechadas e da primeira ida de Alcides Bernal (PP), prefeito reconduzido ao cargo por liminar, na Câmara Municipal, o consenso entre os vereadores foi de que Bernal “está diferente”, mas que ainda é preciso muito para que a coalizão proposta pelo prefeito saia do discurso e seja colocado em prática.
Dos 29 vereadores, 27 participaram da reunião, que começou por volta das 10 horas desta quinta-feira (27). As exceções foram Mario Cesar (PMDB), afastado do cargo, e Edil Albuquerque (PMDB), líder do ex-prefeito Gilmar Olarte (PP).
Depois do encontro, o atual presidente da Câmara, Flávio César (PT do B), mudou o discurso anterior sobre recorrer da decisão que reconduziu Bernal ao cargo. Antes, recorrer era consenso entre os vereadores, agora a declaração é diferente.
“A procuradoria-jurídica da Câmara está estudando, vamos estar reunindo com colegiado par tomar as decisões”, disse o presidente.
Para a vereadora Carla Stephanini (PMDB), a ida de Bernal até a Casa de Leis representa “começar do zero”. Delei Pinheiro (PSD) foi econômico nas palavras para definir o encontro com Bernal. “Ele está diferente, acho que pra bem”.
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Entre os vereadores, para que a coalizão entre os poderes Executivo e Legislativo seja colocada em prática, é necessário que um dos vereadores seja lembrado por Bernal quando da composição do secretariado.
Nos bastidores, já se ventila a possibilidade de Paulo Pedra (PDT), ferrenho defensor de Bernal, ser nomeado como o novo secretário de Governo do prefeito. Tudo ainda depende de definições oficiais que só ocorrerão depois da posse do prefeito, marcada para o fim da manhã de hoje.