Cidades

PAUSA NAS OBRAS

Depois de quatro meses fechado, Parque das Nações será reaberto

Lago principal estava sendo dessassoriado

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Fechado para o público desde o início das obras no lago menor, em 11 de junho deste ano, o Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena, deve ser reaberto nesta quinta-feira (10), segundo o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck. Em coletiva na tarde de hoje (9), na barragem do lago maior, Verruck informou, porém, que a reabertura será temporária, já que é preciso obras nos Córregos Joaquim Português e Réveillon, para evitar o desassoreamento futuro do lago. 

“Nós vamos liberar a partir de amanhã; vamos também ligar a iluminação porque toda essa parte aqui tava sem iluminação, dificultando o acesso das pessoas, então a partir de amanhã vai ser a iluminação e a abertura dos portões. Só vamos manter fechado ainda hoje para observar o enchimento do lago”, disse o secretário na ocasião. O lago deve estar cheio em 48h, porém como amanhã o parque já estará aberto, o campo-grandense vai poder acompanhar parte deste processo. Segundo Verruck, que acompanhou o fechamento da comporta para o preenchimento do lago, a estimativa dos técnicos é que o lago não alcance sua total capacidade, por conta do baixo volume de água que desce do córrego Joaquim Português. Para encher, devem ser necessários cerca de 68 mil metros cúbicos de água.

O ato é para que a população possa usufruir do local enquanto os processos licitatórios das obras dos córregos adjacentes são lançados. “Nós vamos licitar essa obra e assim que terminar a ordem de serviço, nós vamos novamente secar o lago para poder mexer. Então nós vamos encher para dar condições de uso aqui do parque e depois vamos novamente reduzir a água para que pra fazer a obra. O processo licitatório deve demorar em torno de 60 dias. Essa obra de reforço dos gabiões é necessária para que a gente tenha uma tranquilidade futura”, explicou o secretário. 

As medidas para as obras no parque foram anunciadas depois de comoção gerada entre os mais de 2 mil frequentadores do Parque, pelo temor de que o lago desaparecesse, já que um grande banco de sedimentos se formou em um dos principais cartões postais da Capital.  O processo de desassoreamento necessitou da secagem do lago e, com isto, alguns peixes acabaram morrendo, mesmo com a transferência natural de alguns dos animais para um lago menor. Verruck garantiu que os peixes maiores, que foram retirados, só voltam quando as obras de reforço no gabião forem concluídas.

TRABALHO

Inicialmente a retirada de sentimentos do lago seria concluída apenas em outubro. Mas acabou ocorrendo no mês de agosto, na tentativa da prefeitura de entregar a intervenção como parte das ações comemorativas aos 120 anos de Campo Grande. Porém, a conclusão do serviço acabou não ocorrendo.

No total foram retirados 135 mil metros de areia, numa operação que exigiu 12.500 viagens de caminhão até o local de descarte, nos fundos do Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi), no Parque dos Poderes. Sobrou apenas o piso compactado do lago (que tem de 3 a 5 metros de profundidade), que não pode retirado porque está sobre um solo brejoso natural. Os filetes de água em toda sua extensão compõe o leito natural do Córrego Prosa.

Do lago principal, que se espalha por 5 hectares, foram retirados aproximadamente 115 mil metros de cúbicos de areia, o que exigiu 11 mil viagens de caminhão. O trabalho no lago menor, iniciado dia 11 de junho,  terminou duas semanas depois, dia 25. Foram retirados 15.474 metros cúbicos de areia, exigindo 1.500 viagens de caminhão.

A recuperação dos lagos do  Parque das Nações Indígenas exige investimento de R$ 8 milhões, recurso da prefeitura (R$ 5 milhões ) e do Governo do Estado (R$ 3 milhões).  O projeto inclui a construção de um piscinão no Córrego Réveillon, na esquina das avenidas Mato Grosso com Hiroshima; obras de controle de erosão e recomposição vegetal das margens do Córrego  Joaquim Português; e implantação de uma comporta de regulação do nível do lago, tão logo o desassoreamento esteja concluído.

Para evitar que os lagos voltem a ficar  assoreados , com o carreamento de areia junto com a enxurrada  que desce dos bairros do entorno do Parque dos Poderes, serão executados dois projetos  nos córregos Réveillon e Joaquim Português, cujas águas formam o lago.

No Réveillon, a Prefeitura implantará um piscinão, inicialmente projetado para armazenagem de 22 mil metros cúbicos de água. No Joaquim Português,  o Governo do Estado vai executar obras de controle de erosão e replantio da vegetação nas margens. Os projetos já estão sendo contratados e a licitações devem ocorrer até dezembro de 2019.

Com as intervenções programadas, segundo Rudi Fiorese, além de recuperar o cartão postal da Capital, os lagos terão um papel importante no controle de enchentes de afluentes do Córrego Prosa, que em dias de chuva mais intensa, transbordam na região do Shopping Campo Grande.  Terão capacidade para armazenar 65 mil metros cúbicos de água, o equivalente a três vezes a capacidade do piscinão que será construído nos altos da Avenida Mato Grosso.

*Colaborou Natalia Yahn

SEGURANÇA

Derrubada da Lei Seca não resultou em casos de embriaguez nos locais de votação

Mesmo com a venda e consumo de bebidas alcoólicas permitidas no dia de votação, nenhum eleitor foi flagrado alcoolizado em Mato Grosso do Sul

06/10/2024 18h50

Eleições do 1º turno em Mato Grosso do Sul terminaram sem ocorrência envolvendo consumo de bebida alcoólica em zonas eleitorais

Eleições do 1º turno em Mato Grosso do Sul terminaram sem ocorrência envolvendo consumo de bebida alcoólica em zonas eleitorais Foto: Marcelo Camargo/ABr

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A derrubada da Lei Seca feita em decisão do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), Desembargador Carlos Eduardo Contar, não resultou em casos de alcoolismos em locais de votação nas eleições, em Mato Grosso do Sul.

Segundo informações do secretário-executivo da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e Coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), coronel Wagner Ferreira, apesar da liberação de venda e consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição, as forças de segurança não tiveram registros de ocorrências envolvendo embriaguez nos locias de votação.

"Nos não tivemos nenhum registro. Porque o crime que pode ser cometido neste sentido, é o eleitor comparecer a sua zona eleitoral embriagado, poque isso pode trazer um transtorno no andamento da eleição", declarou Wagner.

O secretário também informou que foram registrados dois casos de desordem durante as eleições em Mato Grosso do Sul, porém nenhum destes casos informados se tratava de consumo de alcool nas zonas eleitorais.

"A gente percebeu não tivemos nenhuma ocorrência que demonstre que a revogação da Lei Seca possa ter comprometido no resultado das eleições", acrescentou.

DECISÃO

Neste sábado(5), horas depois da 35ª Zona Eleitoral de Campo Grande, e outras cidades anunciarem que a Lei Seca seria adotada nestas eleições, o presidente do TRE-MS, Desembargador Carlos Eduardo Contar, derrubou a Lei Seca, do qual previa a regulamentação de venda e consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais no dia das eleições municipais.

Segundo consta no documento publicado, dentre os motivos para a retirada da determinação foi que “a venda ou consumo de bebida alcóolica no dia das eleições não são condutas definidas como crime”, além de “não cabe ao agente político de qualquer uma das esferas de Poder, a qualquer tempo, decidir fora das normas constitucionais e legais”.

Após apresentar outras justificativas a favor da queda da Lei Seca, o Desembargador presidente tornou "sem efeito todas as Portarias e demais atos administrativos expedidos pelos Juízos Eleitorais do Estado de Mato Grosso do Sul nas eleições 2024, que versem sobre comércio e/ou consumo de bebidas alcóolicas".

ELEIÇÕES 2024

Operação das eleições prende 6 candidatos e 10 eleitores em Mato Grosso do Sul

No combate ao crime eleitoral R$ 7.954 foi apreendidos com flagrantes de crimes de compra de votos e boca de urna

06/10/2024 18h00

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido.

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido. Foto: Divulgação / Sejusp

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Durante o andamento das eleições municipais em todo o Estado a operação da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) prendeu seis candidatos e dez eleitores em Mato Grosso do Sul. 

De acordo com o levantamento de ocorrências da Operação das eleições, as prisões de candidatos ocorreram nos municípios de Paranaíba, Itaquiraí, Sete Quedas, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Rio Verde de Mato Grosso.

Os casos de prisão dos eleitores aconteceram nas cidades de: Itaporã (1), Paranaíba (2), Caracol (2), Água Clara (2) e Santa Rita do Pardo (3).

O município de Sete Quedas, segundo a Sejusp, foi a cidade onde ocorreu mais ocorrências envolvendo crimes eleitorais, com três flagrantes de compra de votos e um caso de desordem.

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido.

Em entrevista coletiva, o secretário-executivo da Sejusp e Coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), coronel Wagner Ferreira, falou sobre o balanço geral das ocorrências em Mato Grosso do Sul.

"Foram pouquissimas ocorrencias por municipio, em um período no qual muitas pessoas estão nas ruas para irem aos locais de votação, que geram aglomerações ao longo do dia. Então realmente são registros muito baixo para um dia tão importante para nós", declarou Wagner.

Na capital Campo Grande, foi registrado apenas um caso de propaganda eleitoral irregular. Além de um atendimento de um idoso, de 60 anos, que sofreu uma crise convulsiva em uma escola na Vila Santa Luzia, sendo prontamente atendido pelo Corpo de Bombeiros.

No total foram registrados 26 crimes eleitorais em Mato Grosso do Sul.

COMANDO E CONTROLE

Segundo a sejusp os crimes eleitorais monitorados nestas eleições incluem: derrame de material de propaganda (conhecido como "chuva de santinhos"), corrupção eleitoral, boca de urna, transporte irregular de eleitores, concentração de eleitores, desordem, obstrução ao exercício do voto, desobediência, dano e destruição de urnas eletrônicas, crimes contra a honra, perturbação da propaganda eleitoral, fraude na identificação do eleitor, denunciação caluniosa eleitoral, entre outros.

A operação da Sejusp envolveu um efetivo de 3.694 efetivos empregados pelas forças de segurança, com uso de 286 viaturas, 4 aeronaves e 7 drones.

Desde o início da operação, equipes das Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Guarda Civil Metropolitana, Coordenadoria-Geral de Perícias, Detran e Tribunal Regional Eleitoral, concentraram-se no CICC, recebendo e monitorando todas as ocorrências de crimes eleitorais tanto na capital quanto no interior do estado.

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