Em novembro de 2014 foram realizados os últimos partos no Hospital Naval de Ladário, distante a 423 km de Campo Grande. Isso porque não há mais obstetra e anestesista na quadro de profissionais. Desde então, não nasce mais nenhum ladarense legítimo e todos os nascimentos acontecem na cidade vizinha, Corumbá.
Segundo o site Correio do Corumbá, em 2008 o hospital passou a realizar apenas cesarianas, mas no fim do ano passado os partos foram suspensos no hospital que atendia grande parte da população do município, dependente de militares.
Em Ladário não há maternidade e o Hospital Naval dispunha apenas de um puerpério, onde ficavam os bebês saudáveis. Quando havia alguma emergência, os bebês já eram automaticamente transferidos para Corumbá.
A falta de maternidade no município motivou até promessa de campanha do agora governador Reinaldo Azambuja (PSDB), quando em outubro do ano passado ele disse que "era inconcebível Ladário não ter sua maternidade. Tem que nascer ladarense. Se não, daqui a algum tempo não teremos o cidadão ou a cidadã de Ladário".
A população de Ladário é estimada em 21.860 pessoas, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em janeiro deste ano, o secretário municipal de saúde de Ladário, Cleber Colleone, explicou à reportagem do Correio do Corumbá que nascem em torno de 340 ladarenses anualmente, número considerado baixo e que inviabilizaria construção de uma maternidade no local.
Segundo ele, os registros de nascimentos dos ladarenses são feitos no local de residência da mãe.