O pequeno Enzo, de cinco anos, está sob a guarda provisória de sua irmã de sangue e técnica em enfermagem, Thayná Coimbra Fanti e o fisioterapeuta, Fagner Hiroshi Sato, ambos profissionais do Hospital Unimed.
O menino foi adotado pelo casal após a mãe falecer de Covid-19 em julho de 2020, época em que Enzo tinha apenas dois anos e ainda estava em amamentação.
O fisioterapeuta enfatiza que após a morte da mãe de Enzo e Thayná, a relação com o garoto se tornou ainda mais forte e próxima.
"Foi algo natural, pra ele sou o Tio Fagner, porque foi um carinho que só foi crescendo a cada dia até nos tornarmos inseparáveis", contou.
“Naquele período ele era bem novinho, ainda mamava. Com a morte da minha sogra, a relação dele comigo começou a ser bem maior”, reiterou.
Thayná e Fagner são casados há dois anos. Os dois se conheceram durante um plantão, no início da pandemia de Covid-19, em junho de 2020 e sempre conversavam sobre ter um filho adotivo e outro biológico.
Portanto, a adoção de Enzo foi algo natural, tendo em vista que o menino é irmãozinho de sua esposa e próximo à família.
“Eu brinco que nossa relação sempre foi muito intensa. Em pouco tempo já estávamos morando juntos e, nesse período, já conversávamos sobre o futuro da nossa relação. Ao falar de filhos, a vontade de ter um filho adotivo e depois um biológico era em comum”, revela.
Fagner acompanhou Enzo durante o desfralde do garoto, que consiste em fazer com que o bebê deixe de usar fraldas e aprenda a usar o vaso sanitário para fazer as necessidades fisiológicas.
O fisioterapeuta acordava às 22h, 2h e 4h para que Enzo conseguisse fazer xixi sem precisar dormir de fralda.
“De todas as lembranças, a primeira vez na cachoeira, a primeira vez no mar, com certeza a mais forte foi o desfralde dele. Minha esposa trabalhava à noite e fazia faculdade de dia, e como durante o dia ele já ficava sem fralda, combinei com ele de acordar várias vezes durante a noite para que ele conseguisse fazer o xixi sem precisar dormir de fralda", disse.
"Foi um processo tão rápido, com empenho dos dois lados, que em apenas uma semana ele já não usava mais a fralda”, finalizou.
O Dia dos Pais é celebrado neste domingo (14) e Fagner diz que a sensação de ser pai é algo difícil de explicar, mas que sabe o sentido de tudo isso.
“Ser pai é uma resposta difícil de dar, porque no dia a dia você vai tocando, tentando fazer seu melhor", contou.
"Ao parar para pensar, para mim é sentir um pedaço do seu coração batendo fora do peito, porque você tenta dar o melhor para aquele ser humaninho, para que a vida dele seja mais fácil do que a minha foi e, ao mesmo tempo, você quer entregar para a sociedade uma pessoa melhor, e eu quero que o Enzo seja alguém melhor do que eu sou. É um desafio diário, de tentar ser o melhor todos os dias”, complementou.