Cidades

VOLTA DO RECESSO

Discussões em torno Reforma da Previdência voltam a dominar Congresso

Discussões em torno Reforma da Previdência voltam a dominar Congresso

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Com a volta do recesso parlamentar na próxima semana, a Reforma da Previdência volta ao centro das discussões. O texto aprovado na Câmara dos Deputados às vésperas do recesso parlamentar de julho ainda precisa passar por mais um turno de votação na Casa.

Para garantir que o mesmo sucesso da primeira votação, quando recebeu 71 votos a mais que o mínimo de 308 votos necessários, na última semana, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), dedicou a agenda a reuniões. Maia esteve com o secretário da Previdência, Rogério Marinho, com o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a Comissão Especial sobre o assunto, com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e com o presidente Jair Bolsonaro. Esta semana ele deve reunir líderes governistas em um jantar para mapear os votos e ver se há condições para encerrar a matéria na Casa até quarta-feira (7).

Senado

Se aprovada na Câmara, a proposta irá para o Senado, onde começará a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ),  com a relatoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Na lista de polêmicas a serem defendidas em torno do texto estão a situação de categorias profissionais específicas, como professores e policiais, que foram beneficiadas na reta final da tramitação na Câmara, além da inclusão ou não de estados e municípios na reforma.

“Pessoalmente sou favorável à inclusão de estados e municípios. Acho até que é essencial. Estamos estudando com a nossa assessoria técnica qual é a saída que temos a aplicar e, a princípio, a ideia é uma PEC paralela. Aqui somos a Casa da Federação e é nossa obrigação cuidar disso. Uma das funções do Senado é manter o equilíbrio federativo”, defendeu Jereissati.

Mesmo ao admitir que uma PEC paralela pode avançar somente após as eleições municipais do ano que vem, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), reforçou a importância da medida. “Há de todos os vieses e partidos preocupação dos senadores com essa inclusão. Não aconteceu na Câmara porque a visão dos deputados foi ‘se nós promovermos a inclusão dos estados e municípios, nós vamos nos desgastar’. Uma visão extremamente preocupante sob o aspecto do equilíbrio previdenciário.”, avaliou.

Ainda segundo Major Olímpio, a votação da Reforma da Previdência deve ser mais tranquila no Senado “Podemos ter até 60 dos 81 votos pela aprovação nos dois turnos”, estimou.

Outro lado

Senadores de oposição como Jean Paul Prates (PT-RN) não estão tão otimistas e prometem aprovar a proposta apenas “quando o texto corrigir as injustiças e os problemas nela contidos”. O senador reconhece que na Câmara a proposta avançou, mas diz que continua sendo “injusta” com os mais pobres.

Governadores

Enquanto a questão dos estados e municípios não se define, na avaliação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), a partir de um entendimento do Fórum dos Governadores do Brasil, a saída será destinar novas receitas de projetos em discussão no Congresso para cobrir o déficit da Previdência e/ ou investir. Nesse sentido, os governadores contam com a aprovação de propostas como a que garante repasses federais dos recursos provenientes de cessão onerosa/bônus de assinatura, além da que trata da regulamentação da securitização da dívida, uma forma moderna de combate à sonegação.

“Na minha visão, é essa pauta federativa que faz uma profunda mudança favorável ao país. Porque teremos recursos para cobertura do déficit da Previdência, para enfrentar essa transição até que os efeitos da reforma ocorram. Acredito que, com essas receitas indo para cobertura do déficit, vamos ampliar a capacidade de investimento no país”, defendeu Dias.

Saldão

Coletivo de brechós promove Black Saturday no Horto Florestal

Evento que celebra o consumo consciente reúne diversos expositores, com opções para amantes de moda sustentável

03/10/2024 20h40

Imagem Divulgação

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O Coletivo de Brechós retorna com mais uma edição que promete variedade de peças. Ao todo, serão mais de 40 expositores durante o evento, que ocorre no sábado (5), no Horto Florestal, em Campo Grande.

Desta vez, o coletivo, que ficou conhecido por disseminar a ideia de moda sustentável e economia colaborativa, inova mais uma vez ao lançar o Black Saturday, com preços de peças para todos os bolsos.

Os amantes de brechós terão a oportunidade de conhecer os produtos de mais de 40 expositores, ou seja, haverá vestuário para todos os gostos e a chance de renovar o look no armário.

Imagem Divulgação

Doação de mudas


Durante o evento, haverá distribuição de mudas de árvores frutíferas e de ipês. Os visitantes que forem prestigiar poderão levar uma para casa. Com isso, o coletivo espera conscientizar a população sobre a preservação ambiental.

Outro ponto a destacar é a característica dos envolvidos no evento, que estabeleceram o compromisso de incentivar o consumo responsável e sustentável, alinhando moda, meio ambiente e comunidade.

"Queremos mostrar que é possível consumir moda de maneira consciente, ao mesmo tempo em que incentivamos as pessoas a pensar no impacto positivo que elas podem ter no ambiente. A doação de mudas é um convite para que todos reflitam sobre o papel de cada um na construção de um futuro mais verde", destacou a coordenadora do Coletivo de Brechós, Val Reis.

Serviço:


Black Saturday do Coletivo de Brechós
Data: 05 de outubro
Horário: 8h às 16h
Local: Horto Florestal, Campo Grande
Atrações: Brechós com moda sustentável, doação de mudas de árvores frutíferas e ipês.
Entrada gratuita

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Golpe milionário

Fármácia de Campo Grande é enganada em fraude de R$ 440 mil

Homens de 29 e 41 anos foram presos em flagrante após adquirirem diversos medicamentos de uma farmácia em Campo Grande e fraudarem os pagamentos

03/10/2024 18h30

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande Fotos/ Polícia Civil-MS

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Integrantes de uma organização criminosa foram presos em flagrante nesta terça-feira (1º) por realizarem compras fraudulentas de medicamentos por meio da simulação de pagamentos, gerando um prejuízo de R$ 441.124,93 em uma farmácia na região central de Campo Grande.

Segundo as investigações, no dia 16 de setembro, um dos integrantes da organização criminosa entrou em contato com a empresa, se identificando como médico e manifestando interesse em adquirir 20 unidades do medicamento Ozempic, que custa em média R$ 1,2 mil.

Ainda de acordo com a polícia, o suposto médico realizou mais sete compras. Outros contatos com a rede de farmácias ocorreram no dia 17 de setembro, quando foram adquiridas 60 unidades do mesmo medicamento. No dia 18, outras 35 unidades foram compradas e, no dia 20 de setembro, mais 90 unidades.

Segundo as investigações, os contatos com a rede de farmácias foram contínuos. No dia 23 de setembro, foram adquiridas 20 unidades, e no dia 24, outras 20. Todas as notas fiscais foram emitidas em nome do suposto médico.

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande Fotos: Polícia Civil-MS

O setor de televendas da empresa recebeu, em seguida, o contato de um segundo indivíduo, que também se identificou como médico. Ele realizou duas compras: uma carga de 50 unidades do mesmo medicamento no dia 18 de setembro e outros 90 exemplares no dia 22 de setembro.

Os pagamentos foram realizados via link, e a administradora de crédito aprovou todas as compras com sinal positivo de liberação para a farmácia, razão pela qual a venda foi efetivada e a mercadoria retirada por uma pessoa indicada pelo adquirente. No entanto, no dia 29 de setembro, a rede de cartões entrou em contato com a empresa da vítima, informando que todos os pagamentos haviam sido contestados pelos titulares dos cartões e cancelados.

Contatos foram realizados com os médicos titulares dos cartões informados nas compras, que disseram não ter sido eles os responsáveis pelas aquisições dos medicamentos e que já haviam registrado um Boletim de Ocorrência, pois, segundo eles, seus nomes estavam sendo utilizados de forma indevida para a prática de crimes.

Diante de mais casos de estelionato, a vítima procurou a Polícia Civil e informou, no registro da ocorrência, que teve um prejuízo de R$ 500 mil.

Diante das informações, a Polícia Civil iniciou uma investigação para identificar os criminosos.

Localização dos suspeitos 

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande Divulgação/ Polícia Civil 

Após semanas de investigações e análise de dados, os policiais descobriram que os suspeitos mantinham os remédios bem refrigerados até a destinação final. Um dos integrantes, de 41 anos, foi localizado na posse do veículo utilizado para transportar os medicamentos. Ele confessou ter recebido, em três ocasiões diferentes, mercadorias acondicionadas em caixas de isopor e esclareceu que sua função era manter o conteúdo armazenado em geladeira por poucas horas, informando que seu companheiro, de 29 anos, foi quem passou o “trabalho”.

Os investigadores concluíram que o homem de 41 anos guardava as mercadorias em seu local de trabalho, onde foi localizada uma geladeira utilizada para armazenar os remédios. Ao ser questionado, ele respondeu que entregou a outra pessoa para dar a destinação, mostrando em seu aparelho celular as conversas mantidas com o companheiro. Além disso, levou os policiais até o local onde residiam para comprovar que não estava na posse da mercadoria.

No local, os policiais encontraram maconha e cocaína, além de utensílios utilizados para a comercialização das drogas.

Ambos os autores possuíam mandados de prisão em aberto. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa destinada à prática de estelionato, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, cujas penas somadas podem alcançar até 28 anos de reclusão.

A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, e as investigações prosseguiram para identificar os demais integrantes da associação, bem como para recuperar o dinheiro e/ou os medicamentos desviados da vítima, que já haviam sido vendidos pelos autores.

 

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