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"É um jovem de família boa que cometeu esse pecado", diz advogado de estudante que matou corredora

Acusado foi solto nesta sexta-feira e advogado afirmou que caso só ganhou repercussão por ele ser estudante de Medicina e de família com recurso

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O estudante de medicina João Fonseca Vilela, de 22 anos, foi solto na tarde desta sexta-feira (21), após ter o pedido de liberdade deferido pela Justiça. Ele dirigia embriagado quando atropelou e matou a corredora Danielle Oliveira, no dia 15 de fevereiro deste ano e estava preso desde então.

Ao sair do presídio o rapaz permaneceu em silêncio, mas o advogado do acusado, José Roberto Rodrigues da Rosa, disse que ele é um "jovem de família boa" e que o a família também está sofrendo pela prisão.

"O fato que aconteceu, especialmente levando em conta que é um menino estudioso, todas as pessoas do entorno dele, inclusive manifestações que nós recebemos no nosso escritório de professores, de outros
médicos que eram os tutores dele, todos eles foram unânimes em dizer que se trata de um rapaz com todas as as prerrogativas melhores possíveis", disse o advogado.

"Então não se trata de um jovem, alguém que era dedicado à arruaça, era um jovem dedicado que cometeu
esse pecado na vida", acrescentou José Roberto.

"Logicamente nós sentimos muito que do outro lado alguém faleceu, mas do lado de cá também tem uma família que está sofrendo com essa custódia", concluiu o advogado.

O defensor afirmou ainda que o caso só ganhou repercussão por se tratar de um estudante de Medicina.

"Infelizmente, nós estamos vivendo numa sociedade onde se pune o estudioso, onde se pune as famílias que têm maior recurso. Aqui infelizmente se deu uma conotação porque se trata de um jovem de família boa, um jovem estudante de medicina que ganhou esta conotação, mas depois disso vários acidentes aconteceram. Então infelizmente hoje no Brasil estes fatos, esta condição social infelizmente interfere de forma negativa", disse.

Vilela já teve um pedido de liberdade negado pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, mas a defesa entrou com outro pedido de revogação da prisão, que foi concedido pelo juiz Alexandre Branco Pucci, que está atuando como juiz substituto no Tribunal de Justiça.

A prisão foi substituída por medidas cautelares e Vilela terá que entregar a carteira nacional de habilitação (CNH), não pode se mudar de residência sem pedir autorização, não pode se ausentar da comarca por mais de oito dias e tem que comparecer a todos os atos do processo.

O estudante também não pode frequentar bares ou outros locais onde possa ter acesso a bebidas alcoolicas.

"Eu penso que essa é uma decisão acertada, com todas as restrições. A gente sabe que tem uma família sofrendo porque perdeu um ente querido, mas nós não podemos esquecer que foi um acidente de trânsito até que se prove o contrário", afirmou o advogado.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) denunciou o estudante por homicídio, tentativa de homicídio e embriaguez ao volante.

O crime deixou de ser considerado culposo, quando não há intenção de matar, e passou a ser tipificado como doloso, quando o autor assume o risco de causar o acidente, já que investigações apontaram que João Fonseca Vilela dirigia sob o efeito de álcool e fazia "zigue-zague" tentando forçar uma ultrapassagem no momento do acidente.

Além disso, o juiz acatou o pedido de júri popular, e marcou a primeira audiência de instrução para o dia 24 de abril. A segunda audiência deve ser realizada no dia 13 de maio.

Durante os procedimentos, além dos depoimentos das testemunhas de defesa e acusação, também será feito interrogatório do acusado.

Relembre

Danielle Oliveira, de 41 anos, foi morta no início da manhã do dia 15 de fevereiro, enquanto corria com seu grupo de corrida de rua na MS-010, na área rural de Campo Grande.

Ela foi atingida pelo Fiat Pulse prata conduzido por João Fonseca Vilela, de 22 anos, estudante de medicina que saiu do veículo visivelmente embriagado e foi preso em flagrante.

Além de Danielle, o jovem atingiu a corredora Luciana Timóteo, que sofreu escoriações leves.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Danielle encontrou na corrida um escape para lidar com a perda da filha de 4 anos, Geovanna, vítima de um câncer renal.

Além de Geovanna, Danielle criava sozinha outras duas filhas, e sustentava o lar.

Ela corria provas de longa distância desde 2018, e se preparava para a Maratona de Campo Grande, que acontece em julho deste ano.

Declaração

Netanyahu perde apoio de partidos ultrarreligiosos e terá governo de minoria em Israel

O líder da oposição, Yair Lapid, pediu ao primeiro-ministro para convocar eleições antecipadas, apesar da guerra na Faixa de Gaza

16/07/2025 21h00

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, sofreu um grande golpe político nesta quarta-feira, 16, quando mais um importante partido anunciou que estava saindo de sua coalizão, deixando-o com um governo de minoria no Parlamento enquanto o país enfrenta uma série de crises.

O partido ultraortodoxo Shas anunciou que deixará o governo após não conseguir avançar uma lei que buscava consolidar as amplas isenções no recrutamento militar para judeus ortodoxos. Este foi o segundo partido governista ultrarreligioso a sair da coalizão esta semana depois do Judaísmo Unido da Torá.

"Nesta situação atual, é impossível sentar com o governo e ser um parceiro dele", disse o ministro do gabinete do Shas, Michael Malkieli, ao anunciar a decisão do partido.

Mas o Shas disse que não iria minar a coalizão de Netanyahu e ainda poderia votar com ela em alguns projetos de lei, o que na prática, impede a queda do governo e a antecipação de eleições. Formalmente, no entanto, Netanyahu terá 50 assentos no Parlamento de 120 cadeiras. O rompimento entra em vigor na sexta-feira.

O líder da oposição, Yair Lapid, pediu ao primeiro-ministro para convocar eleições antecipadas, apesar da guerra na Faixa de Gaza "Um governo minoritário não pode enviar soldados para o front", declarou Lapid em um vídeo. "É hora de organizar eleições", insistiu.

O partido governista Likud não comentou imediatamente sobre a saída do Shas. Este governo, formado em 2022, se mantém graças a uma aliança entre o Likud, de direita, formações de extrema direita e partidos judeus ultraortodoxos.

O anúncio do partido também ocorre pouco antes dos legisladores entrarem em recesso de verão, dando a Netanyahu vários meses de pouca ou nenhuma atividade legislativa.

A instabilidade política ocorre em um momento crucial para Israel, que está negociando com o Hamas os termos de uma proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA para a Faixa de Gaza. A decisão do Shas não deve descarrilar as negociações.

Mas com uma coalizão fragmentada, Netanyahu sentirá mais pressão para controlar seus aliados, especialmente a influente ala de extrema direita que se opõe ao término da guerra sem um fim completo do Hamas. Eles ameaçaram deixar o governo se isso acontecer.

Apesar de perder dois importantes parceiros políticos, Netanyahu ainda poderá seguir adiante com um acordo de cessar-fogo, uma vez que seja alcançado. A administração Trump tem pressionado Israel a encerrar a guerra.

Netanyahu, que enfrenta um julgamento por suposta corrupção, tem críticos que dizem que ele quer se manter no poder para poder usar seu cargo como um púlpito para mobilizar apoiadores e atacar promotores e juízes. Isso o torna ainda mais vulnerável aos caprichos dos aliados da coalizão.

Raízes da ruptura

O serviço militar é compulsório para a maioria dos israelenses judeus, e a questão das isenções há muito divide o país. Essas divisões se aprofundaram desde o início da guerra em Gaza, à medida que a demanda por mão de obra militar cresceu e centenas de soldados foram mortos.

Um acordo de décadas atrás, feito pelo primeiro-ministro de Israel David Ben-Gurion, concedeu a centenas de homens ultraortodoxos isenções do serviço israelense compulsório. Ao longo dos anos, essas isenções se transformaram em milhares.

Os ultraortodoxos dizem que seus homens estão servindo ao país ao estudar textos sagrados judaicos e preservar uma tradição histórica. Eles temem que o alistamento obrigatório dilua a conexão dos adeptos com a fé.

Mas a maioria dos israelenses judeus vê a isenção como injusta, assim como as generosas bolsas de governo concedidas a muitos homens ultraortodoxos que estudam em vez de trabalhar durante a vida adulta.

(Com agências internacionais)

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CAMPO GRANDE

Influencer Pobre Loco é denunciado por atuar ilegalmente em academia de Campo Grande

Conselho de Educação Física foi ao local após denúncia de exercício irregular da profissão de educador físico; Influencer diz que estava apenas treinando com amigo

16/07/2025 18h44

Influencer tem 1,7 milhão de seguidores no Instagram

Influencer tem 1,7 milhão de seguidores no Instagram Foto: Reprodução / Instagram

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O influenciador Renato Lopes, conhecido como influencer marombeiro Pobre Loco, que soma 1,7 milhão de seguidores nas redes sociais, foi alvo de uma fiscalização do Conselho Regional de Educação Física (CREF11/MS), com apoio da Polícia Militar (PM), após denúncia por suposto exercício ilegal da profissão. O caso aconteceu em uma academia de Campo Grande, na noite dessa terça-feira (15).

Segundo vídeo publicado pelo influenciador, ele alega que estava treinando com um amigo, quando fiscais chegaram na academia. Ele se recusou a assinar a autuação, negou que estaria passando treinos, e acionou o advogado.

Segundo o CREF11/MS, no caso específico, houve uma denúncia anônima informando que uma pessoa estaria praticando o exercício ilegal de profissional de Educação Física, passando instruções para alunos da academia, o que é proibido por ser atividade exclusiva de profissionais formados na área.

A denúncia também aponta que o influencer estaria treinando com outra para tentar burlar a fiscalização.

A ação foi para averiguação dessa denúncia e, em nota, o conselho afirma que os fiscais encontraram o influencer no local e toda a ação foi padrão nestes tipos de caso, incluindo o apoio policial e também de responsáveis pela academia.

“A fiscalização ocorrida nessa terça-feira (15) em uma academia da Capital contou com apoio da Polícia Militar, pois frequentemente é acionada nestes tipos de ação. A denúncia contra a pessoa abordada na academia está sendo encaminhado ao Ministério Público para providências cabíveis”, diz a nota.

“O CREF11/MS entende que muitas pessoas treinam umas com as outras no sentido de motivação, mas também tem conhecimento que algumas pessoas utilizam disso para forjar o exercício ilegal, que é quando uma pessoa não habilitada passa as instruções que deveriam ser repassadas por um profissional”, acrescenta.

O Conselho ressalta ainda que a ação foi para apurar a denúncia e que apenas uma investigação pelos órgãos responsáveis irá atestar se de fato houve a irregularidade por parte de Renato Lopes.

A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPMS) para as providências cabíveis.

Influencer dá sua versão

Influencer tem 1,7 milhão de seguidores no InstagramInfluencer se recusou a assinar autuação 

Em vídeo, Pobre Loco disse que chegou ao local com um amigo e que estavam treinando juntos, inclusive produzindo conteúdos, quando foi abordado.

“Disseram que estou exercendo ilegalmente a profissão, agora não pode mais treinar com amigo?”, questionou.

Ele afirma ainda que se recusou a assinar a autuação e acionou o advogado, Maikol Mansur.

Em pronunciamento, o advogado disse que, ao chegar na academia, foi informado sobre a denúncia de exercício irregular da profissão de educador físico, mas reforçou a alegação do influenciador, de que ele estaria apenas treinando com um amigo.

“Ele só estava com os colegas que ele grava diariamente, ajudando eles, o que todo mundo faz, e simplesmente quiserem autuar ele, mas a gente se recusou a assinar e agora vai tomar as medidas cabíveis contra toda essa exposição de imagem que estão fazendo”, disse Mansour.

“O fiscal do Conselho disse que autuou o Pobre Loco por supostamente estar exercendo ilegalmente a profissão, eu questionei com base em que e ele disse que quando chegou ele estava dando aula, então vai ter que prender o Brasil inteiro, porque todas as pessoas, inclusive eu, treina com colegas, isso é a coisa mais normal do mundo”, acrescentou.

O advogado afirma ainda que há uma perseguição contra o influenciador e cita que já, nos últimos três anos, a conta dele já foi hackeada no Instagram e que há muita inveja.

“Tem câmeras [na academia], tem toda a rotina dele chegando junto [com o amigo], vídeo deles, o Conselho faz horas que está perseguindo o Renato e a gente não vai aceitar mais. O fiscal estava imputando um crime ao Renato e isso, na minha concepção, é denunciação caluniosa e vamos tomar as medidas cabíveis”.

Por fim, o advogado afirma que a denúncia não se sustenta e que reforça que tomará medidas.

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