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Departamento de Operações de Fronteira apreende US$ 3 milhões em aparelhos eletrônicos neste ano

De acordo com o DOF, aumento de 79% em relação ao ano passado é resultado da demanda da população por produtos tecnológicos durante a pandemia

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As apreensões realizadas neste ano pelo Departamento de Operações de Fronteira (DOF) entre o Paraguai e o Brasil totalizaram US$ 3.207.100, ou seja, R$ 17.959.760 em produtos eletrônicos, um aumento de 79% em comparação com o mesmo período de 2019.  

Segundo o diretor do DOF, Wagner Ferreira da Silva, a pandemia causou um aumento na demanda por tecnologias. 

“As pessoas estão precisando mais de tecnologia e dos eletrônicos, porque as coisas foram para o mundo virtual. Então o aumento do consumo do celular e a diferença de preço praticada no Brasil e no Paraguai estão sempre relacionados com o aumento da prática desse crime”, detalha Silva.

Em 2019, foram apreendidos até outubro US$ 674.890 (R$ 3.779.384), ou seja, em números, o aumento foi de US$ 2.532.210 (R$ 14.180.376).  

Silva explica que o aumento de descaminhos, ou seja, produtos como eletrônicos e brinquedos ilegais, está sempre relacionado à demanda e ao desequilíbrio do preço praticado pelo Paraguai e pelo Brasil.

Segundo o diretor, outra questão que resultou no aumento das apreensões foram as ações policiais planejadas para esse momento. “A polícia se posicionou com as estratégias de inteligência e de policiamento ostensivo, que propiciou o aumento nas apreensões desse tipo de produto”.

ÚLTIMAS APREENSÕES

Na última semana, a ação de fiscalização de policiais do DOF apreendeu sete veículos com carregamento de produtos sem documentação regular. No dia 13 de outubro, o DOF apreendeu caminhonete com produtos avaliados em R$ 473.350. 

Os equipamentos eram 112 celulares da marca Xiaomi, 12 cartões SSD, 39 unidades de HD, 35 receptores de TV e 400 fones de ouvido, também da Xiaomi.

O condutor do veículo explicou aos policiais que a mercadoria foi pega no Paraguai e estava sendo transportada para o interior de São Paulo. O caso foi registrado e entregue na Receita Federal de Mundo Novo.

Outra ocorrência foi registrada no sábado (17), quando seis veículos carregados com produtos sem regularidade foram apreendidos. Os equipamentos foram avaliados em R$ 235.000, entre eletrônicos e cigarros.

Nos veículos havia 2.548 produtos, sendo 2.300 pacotes de cigarro, 232 relógios de pulso e 16 celulares da marca Xiaomi. Todos de origem estrangeira e sem a devida documentação de regularidade fiscal.  

Segundo DOF, a ocorrência foi registrada e entregue à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), para depois ser repassada à Receita Federal de Ponta Porã.

As ações foram realizadas durante bloqueio policial para fiscalização das rodovias MS-295, em Iguatemi, e MS-164, em Ponta Porã. As apreensões foram feitas por policiais da Operação Hórus, que foi criada em parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.  

OPERAÇÃO HÓRUS

A Operação Hórus foi instituída em Mato Grosso do Sul em setembro de 2019, com o objetivo de impedir a entrada de drogas, cigarros, armas e munições pela fronteira do País.  

O projeto é coordenado pela Secretaria de Operações Integradas, com participação do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom) da Polícia Federal, do Batalhão de Proteção de Fronteiras (BPFron) da Polícia Militar do Estado do Paraná, da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército Brasileiro, na região de Guaíra (PR).

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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