O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul (Sinprofar/MS) se posicionou contra projeto que trata da fixação do piso salarial dos farmacêuticos no Estado em R$ 3.748,00. Para a entidade, a medida deve provocar desemprego e fechamento de farmácias. O texto tramita na Assembleia Legislativa.
De acordo com o presidente do Sinprofar/MS, Roberto Martins Rosa, caso o projeto se transforme em lei, “haverá prejuízos, como desemprego e fechamento de farmácias. No interior será pior ainda”, prevê. O mandatário alega ainda a crise econômica derrubou as vendas em até 30% e o salário dos funcionários compromete aproximadamente 10% do faturamento das empresas. “Isso sem contar os encargos”, completa.
O Sinprofar/MS encaminhou ofícios ao governo do Estado, Ministério Público do Trabalho (MPT) e aos deputados que participaram de audiência pública sobre o tema este ano. A entidade defende que o Executivo não pode interferir nas relações de trabalho fixando o piso de uma categoria, exceto quando não existam sindicatos para formalizar as convenções coletivas. O piso atual é de R$ 2.720,00, estabelecido por meio de acordo com os trabalhadores.
A proposta de lei é de autoria do deputados Dr. Paulo Siufi (PMDB), George Takimoto (PDT), Mara Caseiro (PSDB) e Professor Rinaldo (PSDB).
OUTRO LADO
O Sindicato dos Farmacêuticos de Mato Grosso do Sul (Sinfarms) considera mediano o piso salarial no Estado, quando comparado ao dos farmacêuticos de todo o Brasil. A categoria afirma que Distrito Federal tem piso de R$ 5 mil e Amapá de R$ 1,8 mil.
O pedido dos farmacêuticos se refere a jornada de oito horas de trabalho por dia e 40 horas semanais.