Cidades

COVID-19

A+ A-

Dourados chega a 19 mortes, prefeitura amanhece com crucifixos

Cidade é o epicentro da pandemia em Mato Grosso do Sul

Continue lendo...

A pandemia do coronavírus já matou 19 pessoas em Dourados. A cidade, maior no interior de Mato Grosso do Sul, lidera o ranking de óbitos e números de infectados entre os municípios afetados.  

Um memorial foi montado em frente ao Centro Administrativo Municipal, a prefeitura da cidade, para relembrar as vidas perdidas e homenagear profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à Covid-19.

O ato foi realizado pelo projeto Movimento pela Vida, que também fez a reforma do Hospital da Vida de forma voluntária. “Recebemos várias mensagens de familiares das vítimas, conversamos com profissionais da saúde, com a diretoria das unidades, e vemos como as pessoas estão. Para as famílias que perderam, fica um vazio muito grande. Fizemos esse memorial como solidariedade à famílias, que não conseguem nem mesmo realizar um velório digno. As pessoas só vão tomar consciência da realidade quando perderem alguém”, afirmou uma das diretoras do projeto, Helena Izidoro.  

PROTESTO

O ato também serviu como manifestação às ações desempenhadas pela administração municipal. “Queremos ser ouvidos, a sociedade civil quer ser ouvida. Nós somos parte desse processo. A população não é só números”, disse.

Helena acredita que medidas de restrição flexibilizadas poderiam ser mais efetivas. “Não sou favorável ao lockdown, mas também, na minha opinião, a diminuição do horário de atendimento no comércio só concentra ainda mais a população. O ideal seria que cada empresa atendesse de forma pré-agendada via telefone. Precisamos estudar uma forma para proteger empregos, manter o fornecimento de produtos e serviços de forma segura. Sou contrária à essas filas em bancos, aglomerações para entrada de lojas. Isso é incoerente. Por isso buscamos sensibilizar o poder público, pois queremos enfrentar esse mal juntos”, afirmou.

MAIS DUAS MORTES

Conforme dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde de sexta-feira (26), maior parte dos óbitos registrados por Covid-19 em Dourados ocorreram no mês de julho. Somente na semana passada foram OITO vidas perdidas ao vírus.

Dos 19 óbitos registrados até ontem (25), 11 eram de mulheres com idade entre 27 e 90 anos. Algumas delas possuíam comorbidades como hipertensão e diabetes, mas também há vítimas sem qualquer relato de doença agravante, especialmente as mais jovens.

Entre os homens, a Covid-19 matou oito pacientes com idade entre 56 e 82 anos. Dois deles não apresentaram nenhuma comorbidade, enquanto o restante relatam os atestados de óbito, doenças paralelas como hipertensão e diabetes.

EPICENTRO

Quando o foco é o grau de contágio, Dourados, epicentro da doença em Mato Grosso do Sul, mais uma vez assume a liderança contra outros municípios afetados. Até sexta-feira eram 2247 casos confirmados na cidade. Comparado aos dados registrados há um mês, o número é assustador: houve aumento de quase 14 vezes. Em 25 de maio a cidade havia confirmado apenas 162 exames para Covid-19.

A maior parte dos infectados está na região urbana do município, fruto de surto nos frigoríficos. Segundo um levantamento do Ministério Público do Trabalho, divulgado em 16 de junho, revelou que até aquela data, 1077 dos 1292 casos eram de trabalhadores que atuam nos dois frigoríficos da cidade, um deles com 1033 e outro apenas 44. Após a confirmação do primeiro caso em 13 de junho, todos os trabalhadores, inclusive assintomáticos, foram submetidos ao exame de RT-PCR (teste molecular para o detectar o coronavírus).

Naquele momento, a única medida proposta pela administração foi a testagem em massa e o isolamento dos profissionais infectados. O problema é que o contágio praticamente dobrou desde então.  

PRAZO

Nesta semana, a Prefeitura de Dourados decidiu adotar medidas para conter o avanço. Determinou o fechamento do comércio no período matutino, impediu a celebração de cultos religiosos e acondicionou a circulação de pessoas nas ruas com uso de máscaras.  

O porta-voz do comitê de gerenciamento da pandemia, Frederico Weissinger, afirmou à reportagem nesta manhã que as ações demonstrarão resultados a partir de 15 dias.  

Hoje a página oficial da Prefeitura de Dourados transmitiu ao vivo imagens do memorial. A assessoria diz apoiar o ato e solidarizar com as famílias das vítimas perdidas.

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

Continue Lendo...

A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

Assine o Correio do Estado

PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Continue Lendo...

O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

   Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).