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Drones auxiliam agentes de saúde e Corpo de Bombeiros a identificarem focos do mosquito da Dengue, Chikungunya e Zika

Equipamento serve para encontrar criadouros do mosquito em lugares inacessíveis aos agentes

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Na capital, o Corpo de Bombeiros Militar disponibiliza drones que identificarão focos do mosquito em quintais, telhados e caixas d'água. Além disso, duas viaturas e por volta de 20 militares acompanharam a campanha do “Dia D” de combate à Dengue, Chikungunya e Zika.

O evento ocorreu na manhã deste sábado (21), na Escola Estadual Dr. Arthur de Vasconcellos Dias, bairro Estrela do Sul, em Campo Grande.

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O intuito é prosseguir no combate ao mosquito Aedes aegypti. O esforço contou com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Corpo de Bombeiros Militar. 

“O Corpo de Bombeiros nesse processo vem auxiliar, trazendo nossas viaturas, caminhões que possuem escadas, plataformas de acesso a locais de acúmulos de água como telhados, calhas, caixas d’água, locais que muitas vezes o agente teria dificuldade de acessar”, disse Geísa Maria Rodrigues Ferreira Romero, Tenente-Coronel do Corpo de Bombeiros.

“E o auxílio dos drones, que são uma tecnologia que possibilita uma visualização ainda maior, exigindo menos esforço do agente e contribuindo para que ele não venha a enfrentar o risco de acessar um local muitas vezes difícil”, acrescenta Geísa. 

Campanha

Larissa Domingues Castilho de Arruda, Diretora Geral de Vigilância em Saúde, informou que o bairro Estrela do Sul foi escolhido para sediar o evento, pois foi avaliado que essa região é uma das que estão mais comprometidas com focos do mosquito, segundo a avaliação do município. 

Além da Capital, a ação também ocorre em outras 23 cidades do interior de Mato Grosso do Sul. A campanha “Aproveite a Quarentena e Limpe o seu Quintal” é promovida pelo governo do Estado.

Geraldo Resende, secretário estadual de Saúde ressalta que o norte dessa campanha é “Na quarentena, limpe o seu quintal” porque essa, como outras doenças, precisam da contribuição da população.

O secretário municipal de Saúde, José Mauro, também ressalta a importância da colaboração populacional nesse desafio. “É uma situação que haverá necessidade de empenho de todos, todos os funcionários e principalmente a população”. 

“Estamos comemorando o Dia D, que é um dia alusivo à população, a chamar atenção para o combate a dengue”, acrescenta José.

Geraldo conta que houve investimentos para enfrentamento da doença. “Nós conseguimos comprar mais de R$2 milhões em equipamentos. [Foram] cerca de 420 equipamentos: 200 bombas intercostais e mais 200 bombas de pressão, além de 28 bombas grandes que estarão nos veículos e o “fumace”.

Alerta

Combater o mosquito-da-dengue é contribuir para que vidas sejam preservadas. Por isso, a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) alerta para que se retire tudo o que possa acumular água parada para que se evite o criadouro do mosquito Aedes aegypti.

Além disso, é importante usar repelente; não deixar reservatórios, garrafas e pneu destampados; colocar telas de proteção em janelas e virar “bocas” de garrafas para baixo.

“Com as chuvas, devemos redobrar nossos cuidados. Nós, nesses dez meses, já tivemos 42 óbitos em Mato Grosso do Sul, mais de 70 mil notificações e a nossa capital participa com um número expressivo”, afirma Geraldo.

Os agentes de saúde também estão cooperando com essa causa nobre. Eles estão entregando folhetos, conversando com moradores, e adentrando nas casas para verificar se há algum foco.

Osney Brito da Silva, provedor de internet, conta que nessa quarentena está cuidando mais de seu quintal. “Já que meu quintal é todo calçado, não deixo nada de boca para cima. É tudo virado. As plantas [coloco] debaixo da varanda para não pegar umidade e chuva”, declara.

"GUERRA CIVIL"

Maior ameaça à democracia no mundo é a polarização, diz o ator Wagner Moura

Ator diz que filme"Guerra Civil" soa um importante alarme sobre esses riscos

19/04/2024 11h00

Wagner Moura em "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana Foto: Divulgação

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Para Wagner Moura, "Guerra Civil", filme que chega aos cinemas brasileiros nesta semana, soa um importante alarme sobre os riscos da polarização que assombra países como Estados Unidos e Brasil nos últimos anos.

"Este é um filme que mostra que a polarização é a maior ameaça à democracia no mundo moderno", diz ele sobre o longa dirigido por Alex Garland, um blockbuster americano que acena também para a realidade política brasileira, em sua opinião.

"Guerra Civil" conta a história de um grupo de jornalistas, do qual Moura faz parte, que tenta chegar a Washington para entrevistar o presidente dos Estados Unidos, um líder do qual não sabemos muito, mas que pelas dicas do roteiro é claramente fascista, nas palavras do ator baiano.

"Mas eu acho, sinceramente, que ligar esse personagem a figuras reais é um desserviço ao filme. Não há na trama uma agenda ideológica. E você sabe que eu sou uma pessoa que não tem medo de falar as coisas", diz Moura ao ser questionado sobre a proximidade do personagem com líderes que acirraram a era de polarização em que vivemos, como Donald Trump e Jair Bolsonaro.

O filme é uma distopia política cheia de imagens do que poderia ser os Estados Unidos caso o racha entre democratas e republicanos, ou liberais e conservadores, se acentue. Na trama, forças favoráveis e contrárias ao presidente vivido por Nick Offerman se enfrentam e destroem a nação. São várias as imagens de pontos icônicos do nacionalismo americano bombardeados, como a Casa Branca.

"A gente sabe muito bem o que é a polarização. O mundo todo sabe. E para os americanos o filme gera uma dissonância cognitiva, porque eles estão acostumados a ver essas cenas em filmes sobre guerras no Oriente Médio. Agora estão vendo em Washington", diz ainda Moura.

GUERRA CIVIL

- Quando Estreia nesta quinta (18), nos cinemas
- Classificação 18 anos
- Elenco Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny
- Produção EUA, Reino Unido, 2024
- Direção Alex Garland

MEIO AMBIENTE

MS avalia condições de pagamento antes de regularizar Fundo Pantanal

Até o momento, Governo não conseguiu recursos externos para financiar o Fundo, e conta com os R$ 40 milhões de investimento próprio; Expedições estão sendo feitas ao Pantanal para regulamentação

19/04/2024 09h30

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, fala sobre a criação de fundo biomas em Campo Grande Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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Quatro meses após a sanção da Lei do Pantanal, o Governo do Estado ainda está avaliando as condições de pagamento aos produtores para regulamentar o Fundo Clima Pantanal.

No final de março, uma expedição percorreu os pantanais da Nhecolândia, do Paiaguás e do Abobral, pra reunir informações e elaborar o texto de regulamentação do fundo. 

Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a regulamentação do Fundo Clima Pantanal deve sair até o final desse semestre, e uma nova expedição, agora com o setor de Organizações Não Governamentais (ONGs) e ambientalistas como o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o SOS Pantanal, será realizada no dia 22 de maio. 

“Nós temos que ver o que nós vamos pagar do Programa de Serviços Ambientais (PSA) e por isso fizemos aquelas expedições, e vai ter uma agora, com as ONGs, para a gente ver o que realmente vai ser remunerado aos produtores”, comentou Verruck. 

Ainda de acordo com o secretário, o Fundo Pantanal possui atualmente apenas o investimento realizado pelo próprio governo do Estado, de R$ 40 milhões, e a Semadesc tem trabalhado na divulgação, tanto do fundo, quanto da Lei do Pantanal, para tentar angariar recursos para a iniciativa, no entanto, Jaime Verruck aponta que ainda não houve nenhuma sinalização clara de aceitação. 

“Nós estamos apresentando em todos os fóruns para tentar conseguir recurso internacional. Nesse momento o que nós temos é os R$ 40 milhões do Governo do Estado.

Como a própria ministra destacou, hoje todo mundo está avançando na estrutura de seus fundos, então nós estamos apresentando, mas até agora não temos nenhuma sinalização clara de alocação de algum recurso”, esclareceu o secretário. 

A iniciativa de criação de fundos para conseguir recursos para a preservação de biomas, como Mato Grosso do Sul fez em relação ao Pantanal, é algo que vem sendo pensado para outros ecossistemas, como o Cerrado e a Caatinga, e que já foi posto em prática na Amazônia Legal, através do Fundo Amazônia. 

Em dezembro, no evento de sanção da Lei do Pantanal, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MAMC), Marina Silva, afirmou que tinha sugerido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a criação de um fundo nacional para os biomas brasileiros, similar ao Fundo Amazônia. 

A ideia era de que com o fundo todos os biomas do país fossem contemplados e pudessem angariar recursos que seriam direcionados principalmente para a sua preservação, podendo inclusive, fazer parcerias com fundos estaduais já criados, como o Fundo Pantanal. 

A ministra relata que o debate que está sendo feito com os governos estaduais atualmente, está sendo direcionado para os planos de combate ao desmatamento em todos os biomas, e que nesse diálogo, surgiu o interesse de criação de fundo para esses ecossistemas. 

“A Amazônia tem um apelo muito grande e ela já tem um fundo, mas os demais biomas, se a gente fizesse uma composição, talvez a gente tivesse mais eficácia. Mas eu compreendo, porque cada bioma quer ter o seu fundo, quer ter seu espaço, e essa é uma discussão que a gente está fazendo com os consórcios de cada região”, informou a ministra. 

A deputada federal Camila Jara (PT), acrescentou ainda que existe uma legislação tramitando para a criação de um fundo que abrange todos os biomas brasileiros, e que está na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, sendo o parlamentar Pedro Campos (PSB-PE), o principal nome para ser o relator. 

“Eu acho que o melhor seria se a gente criasse um fundo biomas, e aí sim, em vez de ter uma ‘moqueca de dinheiro’ em cada fundo, a gente pudesse ter um fundo que pudesse receber, inclusive, recursos das emendas parlamentares, das emendas de bancada, para que a gente possa mudar a história do enfrentamento do desmatamento, do ataque ao Pantanal, que a gente possa virar essa página”, comentou Marina Silva, em seu discurso durante visita à Campo Grande, nessa quinta-feira.

O Fundo Amazônia, principal modelo de iniciativa voltada para captar doações para investimentos em ações de prevenção, combate e monitoramento do desmatamento e promoção da conservação, criado em 2008, recebeu até o fim de 2022 R$ 3,396 bilhões em recursos da Noruega, Alemanha e Petrobrás.

SERVIÇOS AMBIENTAIS 

Além da iniciativa do Fundo Clima Pantanal, o governo de MS também possui, desde dezembro de 2021, o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que “visa a conservação das florestas e demais formas de vegetação natural privadas existentes, restauração ecológica das florestas e demais formas de vegetação natural privadas, conversão de pastagens e terras degradadas para usos alternativos da terra”, expõe o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). 

Em junho do ano passado, o programa foi estendido para esforços de restauração e proteção da biodiversidade, clima e estoques de carbono no âmbito das bacias hidrográficas. O PSA abrange um total de 571.800 hectares de áreas que se comprometeram com a conservação ambiental.

Já de acordo com a Lei do Pantanal, a prioridade é a preservação dos corredores de biodiversidade, delimitados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os produtores devem receber pela preservação da fauna e flora pantaneira, pela recuperação de pastagens degradadas, recuperação de vegetação nativa, entre outros. 

Não há mais informações sobre os critérios que serão adotados para a participação dos produtores no fundo.

SAIBA

De acordo com a lei, o Fundo Clima Pantanal poderá ter outras fontes de financiamento, como multas ambientais aplicadas pelo Imasul, emendas parlamentares, transferências de saldos de outros fundos e recursos de venda de crédito de carbono.

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