Cidades

Sanga Puitã

Dupla mata idoso com vários disparos de 9mm em bar

Dupla mata idoso com vários disparos de 9mm em bar

Gabriel Maymone

08/12/2011 - 09h55
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Severino Servim, de 63 anos, foi morto a tiros por volta das 20h10min de ontem (7) no Bar LDO – Chan, na Rua Dourados, no Distrito de Sanga Puitã, em Ponta Porã (MS).

Segundo boletim de ocorrência, a vítima estava no estabelecimento, quando dois homens chegaram em uma moto e chamaram pelo nome de Severino.

O garupa desceu da moto, anunciou que estava lá para matá-lo e efetuou vários disparos com uma pistola 9mm contra a vítima, que morreu na hora.

DISPARO MILIONÁRIO

Dívida de R$ 11,5 mi é motivo para execução de pecuarista no interior

Crime aconteceu em plena luz do dia e matou Valdereis Rodrigues de França, de 61 anos, com diversos disparos enquanto transitava com sua caminhonete pelo Centro da cidade; suspeito está foragido

12/11/2024 11h35

Momento da execução ocorrida no Centro de Sete Quedas

Momento da execução ocorrida no Centro de Sete Quedas Foto: Reprodução

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O pecuarista Valdereis Rodrigues de França, de 61 anos, foi executado com diversos disparos enquanto transitava pelo Centro de Sete Quedas, em plena luz do dia. A motivação do crime teria sido uma dívida de US$ 2 milhões (R$ 11,52 milhões na cotação atual), do qual a casa de um dos suspeitos foi averiguada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (11).

O caso em si aconteceu no dia 5 de novembro, há uma semana, às 9h15 da manhã, quando Valdereis estava dentro de sua Toyota Hilux na Rua 4 de abril e foi atingido por balas de arma de fogo calibre 9mm. No trabalho de perícia, foram encontrados 8 estojos de munição calibre 9mm e 5 projéteis, evidenciando que o crime foi cometido de forma premeditada.

Ao constatar isso, a equipe da Seção de Investigações Gerais de Dourados (SIG) foi definida como responsável pelo caso, pelo fato de suspeita do envolvimento de uma quadrilha de pistoleiros na ação criminosa. Os militares conseguiram identificar o mandante, Orlando Vendramini Neto, de 64 anos, do qual tem cidadania paraguaia e reside no Brasil.

A moto utilizada para como veículo de fuga no crime (veja no vídeo abaixo) também foi encontrada, mas estava carbonizada, a fim de apagar uma das provas do crime.

 


Na manhã desta segunda-feira, policiais se deslocaram até a fazenda do suspeito, localizada entre o município de Paranhos e Sete Quedas, e sua residência em Adamantina (SP). Através de mandado de busca no local, os militares encontraram 10 armas de fogo e cerca de 1.000 munições, além de acessórios como drones, binóculos e outros petrechos que podem ter sido utilizados no momento do crime. 

O suspeito não foi achado em nenhum dos locais e segue foragido, sob desconfiança policial de ter ido ao Paraguai. Em razão disso, a polícia paraguaia foi acionada e, assim, auxiliar na captura do mandante. Também ajudaram no caso SIG de Três Lagoas e equipes da Polícia Civil de São Paulo

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jogatina

Principal bicheiro do RJ é transferido ao presídio federal de MS

Rogério de Andrade é apontado como responsável pelo assassinato de outro contraventor, que era da sua família

12/11/2024 10h20

Sob forte esquema de segurança montado pela Polícia Federal, Rogério de Andrade deixou o RJ no começo da manhã

Sob forte esquema de segurança montado pela Polícia Federal, Rogério de Andrade deixou o RJ no começo da manhã

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Preso desde o dia 29 de outubro no Rio de Janeiro, Rogério de Andrade, o  maior bicheiro carioca, ficará no presídio federal de Campo Grande a partir desta terça-feira (12). Sobrinho de Castor de Andrade e patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Rogério Andrade foi preso sob a acusação de  ter encomendado a morte do também contraventor Fernando Iggnácio, ocorrida em novembro de 2020.

Na época ele chegou a ser detido, mas em fevereiro de 2022, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria de votos, trancar a ação penal contra o contraventor, que passou a usar tornozeleira eletrônica. 

O relator do processo, o ministro Nunes Marques, aceitou o pedido da defesa, por entender que a denúncia não descreveu de que modo Rogério teria participado, na condição de mandante do crime — apesar de Márcio Araújo de Souza, apontado pelo MP como chefe de segurança do bicheiro, ter sido preso, à época da denúncia, pela suspeita de ter arregimentado os autores da morte de Iggnácio.

Agora, a estratégia usada pelo Ministério Público para reabrir o caso foi instaurar um novo Procedimento Investigatório Criminal (PIC), a partir de novas provas recolhidas em dois anos de investigação da participação de Rogério como mandante no homicídio de Fernando Iggnácio.

Também foi denunciado um homem que teria monitorado os passos de Fernando para a sua execução. A denúncia traz ainda dados de quebra do sigilo telemático e telefônico de ambos.

Prisão com RDD

Na decisão judicial que determinou a prisão de Rogério de Andrade constam os motivos pelos quais o bicheiro deve ser transferido para um presídio federal de segurança máxima com Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Neste regime, ele fica praticamente isolado inclusive dos outros internos. 

Ele é apontado como o chefe de um grupo criminoso "voltado para a prática de diversos crimes" — entre eles homicídio, corrupção, contravenção e lavagem de dinheiro. O texto destaca que a quadrilha tem contatos com órgãos de segurança estaduais.

Em Campo Grande, ele ficará na mesma unidade que já abriga uma série de “famosos”. No presídio federal, inaugurado em 2006, estão, entre outros, o deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco, o chefe da maior milícia do Rio, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, e o traficante Marcinho VP, uma das lideranças do Comando Vermelho.

O deputado Chiquinho Brazão, apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL), foi transferido para Campo Grande a pedido da sua defesa. Ele e o irmão Domingos Brazão foram apontados em delação do ex-PM Ronnie Lessa como os mandantes do assassinato da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.

Desde março deste ano, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, aguarda julgamento na penitenciária de Campo Grande. Ele foi preso no dia 24 de dezembro de 2023, quando se apresentou à Polícia Federal. 

A prisão ocorreu depois de intensas negociações entre seus advogados, a Secretaria de Segurança Pública e a PF. Zinho é apontado como responsável por comandar os ataques à zona oeste no final do ano passado. Naquele momento, havia, pelo menos, 12 mandados de prisão contra o miliciano expedidos pela Justiça.

O traficante Marcinho VP, de 54 anos, um dos chefes do Comando Vermelho, foi transferido para a mesma unidade em janeiro, após a fuga de presos do presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte.  Ele é condenado a 37 anos de prisão por associação criminosa, tráfico de drogas e homicídio.

HISTÓRICO

Sobrinho de um dos nomes mais conhecidos da contravenção carioca, Rogério de Andrade assumiu os negócios da família após a morte de Castor de Andrade, em 1997. O bicheiro teve um ataque cardíaco enquanto jogava cartas com um amigo.

Desde então, o sobrinho ficaria o responsável pela exploração do jogo do bicho, de máquinas de caça-níqueis, bingos e cassinos, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Braço direito do tio, Rogério dividiu a herança de Castor com o filho do bicheiro, Paulo Roberto de Andrade, que morreu um ano após o pai, e com o ex-cunhado, Fernando Iggnácio, assassinado a tiros em um heliponto na zona oeste do Rio de Janeiro, em 2020. Rogério foi investigado como mandante dos dois crimes.

A contravenção é forte no estado do Rio de Janeiro e as disputas pela exploração do jogo não acontecem apenas internamente na família de Castor.

Desde a década de 1970, foi criada uma espécie de divisão de territórios para apaziguar os conflitos entre os bicheiros da chamada “velha cúpula”. Deu certo por um tempo. No entanto, as novas gerações passaram a entrar em conflitos novamente os pontos e principalmente o controle das máquinas caça-níqueis.

Há alguns anos, Rogério de Andrade vive uma guerra declarada contra Bernardo Bello,  por quem é descrito como uma pessoa violenta.

Além disso, essa nova cúpula do bicho tem outros nomes, como Adilson Coutinho Oliveira Filho, o Adilsinho, herdeiro de uma família de bicheiros da Baixada Fluminense, e Vinicius Drumond, filho de Luizinho Drumond, morto em 2020, que controlava pontos de jogo na zona da Leopoldina.

Na disputa violenta por pontos de jogo, Rogério de Andrade foi um dos alvos. Em um atentado, em 2010, explosivos foram colocados dentro do carro em que o bicheiro estava. O filho do contraventor, Diogo de Andrade, que dirigia o veículo, não sobreviveu. Rogério teve ferimentos no rosto.

Carnaval

Assim como outros importantes líderes do jogo do bicho no Rio de Janeiro, Castor de Andrade tinha uma ligação intensa com o Carnaval do Rio. Ele foi um dos criadores da Liga Independente das Escolas de Samba, a Liesa.

A paixão do bicheiro, no entanto, era pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Desde os anos 1970, era grande investidor da escola. Rogério seguiu o tio também no samba. Atualmente o contraventor é patrono da agremiação.

A ausência na Sapucaí no último desfile foi porque não conseguiu autorização judicial. Ele cumpria prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, desde dezembro de 2022 e não podia sair de casa entre 20h e 06h.

O benefício foi concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) apenas quatro meses após a prisão, durante um a ação da Polícia Federal. Na ocasião foi apreendida numa casa do bicheiro, num condomínio em Petrópolis, uma lista de pagamento de propinas a policiais.

 

 

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