Eleição para escolher nova diretoria da Federação dos Trabalhadores do Comércio está acontecendo na manhã desta sexta-feira (2) após muita disputa, em que até a Justiça teve que mediar, duas chapas estão inscritas e uma delas tem como integrante o diretor da federação Idemar Mota, que está na direção há quase 40 anos. Mota é da chapa um, ele tentou impugnar mais de sete sindicatos para que não tivesse concorrentes e continuasse no poder. O conflito foi intenso e viatura da Polícia Militar esteve no local.
A discussão na sede do sindicato está acontecendo desde às 8h e só às 11h a situação foi resolvida.
Advogado que atua na área de leis trabalhistas Ricardo Froz foi nomeado pelo atual presidente da federação Pedro Lima para mediar a eleição. Depois de muita discussão entre integrantes das duas chapas inscritas, ele decidiu atender o pedido de liminar do juiz do Trabalho Mario Luiz Bezerra Salgueiro em que o magistrado determina que todos podem se candidatar, bem como participar da votação para a escolha da nova diretoria.
A discussão era porque a chapa um, que é composta pela atual diretoria, não queria abrir para que outros sindicatos se candidatassem, alegando que estavam com ausência de prestação de contas e que, por estarem impugnados, deveriam obedecer o estatuto da federação, porém, integrantes da chapa dois articularam apoio e judicializaram a questão.
A eleição etá acontecendo na sede da federação que fica na rua Fernando Augusto Corrêa da Costa, 58, Jardim América e após todos votarem, o advogado que está mediando a eleição declarou que a urna será lacrada e levada para juiz apurar os votos e decidir se derruba liminar para cancelar eleição com o objetivo de fazer valer o estatuto da federação.
CONFLITO
Alguns integrantes de outros sindicatos como a Federação dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Mato Grosso do Sul – FTIA/MS estavam do lado de fora da federação reclamando que policiais apaisanas não deixaram eles participarem das negociações e que se sentiram oprimidos pela atual diretoria.
Policiais chegaram a serem acionados e viatura da Polícia Militar estava em frente ao sindicato. O pedido foi feito pelo jurídico da federação Rodolfo Calsone. “Ficamos com receio de acontecer alguma briga e para proteger o patrimônio público, chamamos reforço”, afirmou ele.
*Matéria editada às 08h38 do dia 04/08/2019 para correção de informação