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Em 11 dias, MS supera número de mortes por Covid-19 de junho

Secretário alertou que Estado pode ultrapassar marca de 200 óbitos ainda em julho

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Com oito mortes registradas nas últimas 24 horas, Mato Grosso do Sul superou o número de óbitos registrados por Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) ao longo do mês de julho. Nos últimos 11 dias de julho, foram 71 mortes - contra 70 em junho.

Até o momento, são 161 óbitos. De ontem, sábado (11), para hoje, domingo (12), foram quatro mortes em Campo Grande, uma em Jardim, uma em Naviraí, uma em São Gabriel do Oeste e uma em Ponta Porã.

Durante transmissão ao vivo do Governo do Estado na rede social Facebook, o secretário de estado de Saúde alertou que o número de óbitos deve continuar crescendo neste mês.

“Devemos passar das 200 mortes ainda em julho. Isso mostra que a doença continua avançando devido à pouca contribuição da população, que não adere ao isolamento social, não usa máscara e não adota as demais medidas de prevenção”, afirmou.

Já a secretária-adjunta, Crhistinne Maymone, recomendou que pacientes com a doença em quarentena procurem ajuda médica se houver piora.

“Se você está em isolamento por estar com a doença e sentir que está piorando, procure uma unidade de saúde. Não espere muito tempo, vá ao posto imediatamente”, disse.

Resende citou o exemplo de um paciente de Camapuã, que morreu aos 25 anos e era portador de asma, e não teria procurado atendimento médico ao apresentar os primeiros sintomas.

“O paciente saiu do trabalho e foi em estado grave para o hospital. Foi trabalhar entendendo que não era grave mas veio a falecer em poucas horas. Por isso, ao menor sinal de agravamento, procure imediatamente um hospital”, relatou.

DADOS

Hoje, Mato Grosso do Sul chegou a 13.197 casos. Entre ontem e hoje, mais 228 casos foram confirmados.  

Desses novos casos, 118 foram registrados em Campo Grande, 20 em Dourados, 15 em Naviraí, 14 em Rio Brilhante e dez em Bataguassu.

Juti e Três Lagoas confirmaram mais nove casos cada. Chapadão do Sul registrou novos sete casos, Sidrolândia mais cinco e Paraíso das Águas quatro casos. São Gabriel do Oeste e Terenos confirmaram três casos cada.  

Aquidauana, Brasilândia, Costa Rica, Jardim e Nova Andradina registraram dois novos casos cada. E Cassilândia, Corumbá, Douradina, Itaporã, Ivinhema, Ladário, Rio Verde de Mato Grosso confirmaram um novo caso cada.

Procedimento que já é comum, Maracaju excluiu três e Aral Moreira, Inocência, Paranhos e Selvíria eliminaram um caso cada da base de dados. Isso acontece quando as autoridades locais identificam que o paciente apenas recebe atendimento na cidade e reside em outro local.

Mais 349 pessoas se recuperaram da Covid-19, totalizando 8.628. 275 pacientes estão internados, sendo 150 em leitos clínicos e 135 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Portanto, em 24 horas, três pessoas receberam alta no Estado.  

Há ainda dez pacientes de outros estados sendo tratados em Mato Grosso do Sul, mas não contabilizados oficialmente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Dessas 150 pessoas em leitos clínicos, 82 estão em leitos públicos. Outras 65 estão em hospitais privados, e três paulistas ocupam uma vaga em unidade particular.

Entre os 135 internados em UTI, 82 ocupam leitos públicos e 52 pessoas estão em hospitais privados, e um paranaense está internado em uma unidade particular. Com isso, a taxa de ocupação de leitos clínicos públicos é de 21% e dos de UTI é de 50%.  

Atualmente, o Estado tem 737 leitos clínicos para adultos e 119 para crianças, além de 225 em UTIs adultas e sete para crianças disponíveis para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerando o total geral de leitos e internações por outras doenças, a macrorregião de Campo Grande está com 77% dos leitos ocupados. São 227 unidades, sendo 48% com pessoas com outras doenças, 24% contaminados pelo vírus e 5% com suspeita.

A macrorregião de Corumbá também está com 77% da capacidade ocupada. Dos 22 leitos, 45% tem pacientes em tratamento contra outras doenças, 27% foram diagnosticados com Covid-19 e 5% estão com suspeita.

A região de Dourados tem 111 leitos e 53% estão ocupados. E a macrorregião de Três Lagoas tem 51% de leitos ocupados, de um total de 35.

O Estado já tem 161 mortes pela doença. Foram 43 óbitos em Dourados (sendo 1 que morreu em Tocantins), 35 em Campo Grande, 13 em Corumbá, 7 em Três Lagoas, 5 em Ponta Porã, 4 em Itaporã, 3 em Itaquiraí, 3 em Fátima do Sul, 3 em Guia Lopes da Laguna, 3 em Batayporã, 3 em Paranaíba, 3 em Sidrolândia, 3 em Rio Brilhante, 3 em Naviraí, 2 de Brasilândia, 2 em Vicentina (sendo 1 ocorrido no estado de São Paulo), 2 em Amambai, 2 em Nova Andradina, 2 em Douradina,2 em Costa Rica, 2 em Cassilândia, 1 em Iguatemi, 1 em Glória de Dourados, 1 em Deodápolis, 1 em Anastácio, 1 em Sonora, 1 em Coxim, 1 em Alcinópolis, 1 em Laguna Carapã, 1 em São Gabriel do Oeste, 1 em Maracaju, 1 em Corguinho, 1 em Mundo Novo, 1 em Camapuã, 1 em Aparecida do Taboado e 1 em Jardim.

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Barroso diz que legalização de drogas leves é tendência mundial

Em palestra, ministro também falou de aborto e união homoafetiva

22/04/2024 21h00

Reprodução: Rovena Rosa/Agência Brasil

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (22) em palestra na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que no mundo democrático existem duas posturas possíveis para a questão das drogas ilícitas: uma, a da repressão, e outra, que vem ganhando corpo em todo o mundo, que é a da legalização das drogas mais leves. Segundo ele, a segunda acontece pela constatação de que a guerra contra as drogas fracassou e o modelo repressivo não conseguiu diminuir o poder do tráfico nem o consumo.

“A discussão que está no Supremo é a quantidade. A legislação brasileira não pune com prisão o usuário de drogas, o que faz muito bem, porque punir o usuário é um equívoco completo. Se ele estiver fora de controle, você vai tratar como dependente químico. Colocá-lo na cadeia é colocar mais um agente para o crime organizado. Nada, na minha visão, justificaria a prisão pelo porte pessoal para consumo. E o legislador acabou com a prisão do porte pessoal para o consumo, mas manteve a criminalização do tráfico”, disse.

Ele observou que se um jovem for pego com 40 gramas de maconha na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, é considerado um portador para consumo próprio; porém se o outro jovem, geralmente negro, for pego com a mesma quantidade na periferia do Rio de Janeiro, é preso como traficante.

“Portanto, a mesma quantidade é tratada com pesos diferentes pela polícia, e o que o Supremo está discutindo não é descriminalização, não é a não prisão, porque isso já foi decidido. O que o Supremo está decidindo é qual a quantidade que vai distinguir traficante de usuário para que essa escolha não seja feita pela polícia por critérios discriminatórios”, explicou.

Outra questão abordada na palestra é a das uniões homossexuais. Para Barroso, a homossexualidade é um fato da vida que gera consequências jurídicas. “A ordem jurídica não dispunha sobre as relações entre pessoas homossexuais, que eu prefiro chamar de relações homoafetivas, porque uma relação de projeto de vida não é puramente sexual e no projeto afetivo existem as reuniões homoafetivas”, disse.

Nesse caso, segundo Barroso, era necessário definir quem tem o direito de herdar o que é construído ao longo de uma relação, se é a família de sangue ou é o companheiro ou companheira com quem a pessoa viveu por anos. “Alguém tinha que decidir isso, e o Supremo decidiu, na minha opinião, com acerto, que deve tratar como você trata as uniões estáveis convencionais. São os mesmos direitos sucessórios, previdenciários. Eu tenho o maior respeito pelo sentimento religioso das pessoas e a Bíblia expressa condenação ao homossexualismo, porém no mundo laico eu preciso ter uma solução jurídica para isso”.

De acordo com Barroso, caso contrário essas pessoas ficariam em um limbo jurídico, sem saber exatamente o que fazer. “E aí vem o casamento. Nós não achamos que o casamento é uma coisa boa, que diminui a promiscuidade, estreita as relações afetivas? Por que nós vamos excluir essas pessoas da prosperidade de terem um casamento? Essa é a minha posição, mas eu tenho o maior respeito pelas posições contra apostas”, ressaltou.

Com relação ao aborto,o ministro classificou a questão como a mais difícil do mundo, e uma coisa ruim, lembrando que o papel do Estado é evitar que aconteça, proporcionando educação sexual, distribuindo contraceptivos e amparando a mulher que queira ter o filho e esteja em condições adversas. “É perfeitamente legítimo a alguém ser contra, pregar contra e não fazer. Porém, tudo isso é diferente de achar que a mulher que viva o infortúnio de ter que fazer vá para a prisão. Nenhum país democrático e desenvolvido do mundo criminaliza, nem os mais católicos".

O ministro Barroso reforçou que prender a mulher que resolve interromper a gravidez não é uma boa política pública, e que a criminalização impede que as mulheres pobres tenham acesso aos serviços públicos de saúde que podem ser prestados. Ele reconheceu ser difícil para a sociedade chegar a um consenso sobre o tema, que é eticamente divisível, já que o momento do nascimento, do surgimento da vida, é uma questão de fé e de convicção.

“Tem gente que acha que desde o momento inicial da concepção com duas células já há vida. Tem gente que acha que é quando se forma o sistema nervoso, tem gente que acha que quando começa a formação da consciência. Existem muitas visões de mundo quando você trata de matéria em desacordo moral. É razoável que pessoas esclarecidas e bem intencionadas pensem de maneira diferente. O papel do Estado não é escolher um lado, e sim permitir que cada um viva a sua crença, a sua convicção", ponderou.

Questionado sobre os rumos que a inteligência artificial está tomando, Barroso respondeu que está preocupado e ao mesmo tempo animado, já que ela tem imensas potencialidades para fazer o mundo melhor e de tomar decisões melhor do que os seres humanos em alguns casos.

"A inteligência artificial é a transferência de capacidades humanas para computadores, feitas por softwares. Essas capacidades envolvem tarefas cognitivas e tomada de decisões. Como a inteligência artificial é capaz de armazenar uma quantidade de informações muito maior do que o cérebro humano e processadas em muito maior velocidade e muitas áreas, ela vai ser mais eficiente do que a capacidade humana", avaliou.

Ele citou como exemplo a medicina, campo no qual a IA já vem sendo usada em cirurgias e diagnósticos, e com melhor qualidade. Segundo ele, o uso dessa tecnologia automatizará tarefas que levam pessoas a neuroses causadas por tarefas repetitivas. Além disso, poderá evitar a exposição dos humanos a atividades de alto risco, como desarmar uma mina ou passar um cabo no fundo do oceano, por exemplo.

"Eu acho que tem muita coisa boa com a inteligência artificial, mas tem muitos riscos, como a discriminação, a privacidade, e o maior é a singularidade, que a IA adquira consciência. Porque se ela adquirir consciência de si própria e passar a ter vontade própria são as máquinas que vão dominar a condição humana e não vice versa porque elas têm muita muito maior capacidade de processamento de informação com muito mais velocidade", afirmou.

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Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

Solicitações devem ser feitas pela Página do Participante

22/04/2024 20h00

Reprodução: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

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