Das 21 horas de ontem (6) até às 4 horas da madrugada desta segunda-feira (7), quatro pessoas morreram em postos de saúde de Campo Grande. Em pelo menos um dos casos, a família relatou à Polícia Civil que o paciente foi atendido, liberado pelo posto e morreu depois de voltar a passar mal.
O primeiro caso é exatamente esse. Hélio Aparecido dos Santos, de 55 anos, passou mal por volta do meio-dia de ontem. Segundo a família, o homem tinha diabetes e hipertensão, mas tomava medicamentos para controlar as doenças.
Com mal estar, ele foi levado pelos parentes para o Centro Regional de Saúde (CRS) 24 horas do bairro Guanandi. Atendido pela equipe médica do posto, o homem foi liberado. No entanto, por volta das 20 horas, voltou a passar mal e morreu em casa. A morte foi constata por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), às 21 horas.
O segundo caso da noite aconteceu pouco depois, por volta das 21h30, no mesmo posto. De acordo com o registro policial, Geny Gonzales, de 57 anos, e que sofria de obesidade mórbida começou a passar mal por volta das 18 horas. Ela também sofria de problemas de saúde.
A mulher foi socorrida por equipe do Samu até o posto de saúde e apesar do atendimento, morreu pouco tempo depois de dar entrada na unidade.
No penúltimo caso em um intervalo de 7 horas, Gregório Mendes Fonseca, de 88 anos, passou mal por durante a manhã, ficou internado no posto de saúde até às 3h30 de hoje e teve uma parada cardíaca. A morte foi constatada por volta das 4 horas.
No último caso, registrado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida, Aldenora Maria Souza Silva, de 65 anos, reclamou de dores no tórax por volta das 4 horas de hoje e foi levada para a UPA, mas morreu por volta das 4h30. A causa da morte ainda não foi esclarecida.
Nos quatro casos, as famílias procuraram a Polícia Civil para registrar as ocorrências e todas foram registradas como morte natural quando, habitualmente, não há investigação policial e o registro é feito para trâmites burocráticos.