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COVID-19

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Em junho, contágio foi 10 vezes maior do que no mês anterior

Em 31 de maio, Campo Grande e Dourados tinham menos de 300 casos; ontem, passaram de dois mil

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Cidades com os maiores números da pandemia em Mato Grosso do Sul, Campo Grande e Dourados tiveram um aumento de quase 10 vezes no total de casos em junho, em relação ao que registravam no dia 31 de maio. Conforme o boletim epidemiológico, as cidades passaram de 279 e 293 casos para 2.028 e 2.487, respectivamente, em um mês.

Em meio ao aumento de casos, autoridades pedem para que os cuidados sejam redobrados. O mês de junho foi um divisor de águas em relação à pandemia no Estado. Enquanto nos três meses anteriores a população local viu de longe o problema, nestes últimos 30 dias a população viu um aumento expressivo de casos, levando a doença a atingir quase todos os municípios sul-mato-grossenses.

Nesta segunda-feira (29), o Estado contabilizava 7.676 casos confirmados da Covid-19 e 75 mortes, enquanto no fim de maio eram 1.489 episódios e 20 óbitos. Entre os casos, 32,4% são de Dourados, com 2.487 episódios; outros 26,4% são da Capital (2.028). Juntas, as cidades são responsáveis por quase 60% dos casos de todo o Estado.

Nesse período, Campo Grande teve um crescimento de 626,8% em relação ao período anterior, já a cidade do interior apresentou taxa ainda maior, 748,8%. Para especialistas, esses dados devem ser ainda maiores em julho, período em que a pandemia deverá atingir seu ápice no Estado.

“Julho vai ser pior do que junho, porque as cidades não tomaram medidas de distanciamento. Os casos estão seguindo um padrão onde essas medidas não são colocadas, e, em vez de endurecer, há várias medidas de flexibilização, principalmente em Campo Grande, que resultam no aumento de casos. A maioria dos municípios apresenta um crescimento constante, então a tendência é de que esse cenário piore”, declarou o médico infectologista Júlio Croda.

ALERTA

Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Croda avalia que em julho deverá começar a faltar vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Estado, o que poderá “obrigar” alguns municípios, principalmente os maiores, a decretar lockdown.

“Goiás já está sugerindo lockdown de 15 dias, Mato Grosso está indo pelo mesmo caminho, assim como o Distrito Federal. E Mato Grosso do Sul será forçado a instituir medidas por falta de leitos de UTI e isso deve ocorrer já no mês de julho. Estamos em curva exponencial, e a tendência é de ter mais óbitos, mais casos e mais utilização de leitos, e se manter essa velocidade não vai ter mais leitos para a população”, avalia o pesquisador.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, também acredita em um mês ainda mais complicado. Para ele, o pico de casos deverá ser atingido em 15 dias. “Os próximos dias serão cruciais e a população deve manter o isolamento e redobrar os cuidados com a higiene. Devemos chegar ao cume aqui e torcemos para que o número de casos não leve à necessidade de leitos, para que não haja o colapso da rede de saúde”.

“Torço para isso não acontecer, mas, se continuar tendo esses ‘ingredientes’, de isolamento social baixo, pessoas sem máscara e uma certa debilidade de alguns municípios na imposição da quarentena, isso [colapso] pode acontecer”, completou Resende.

O secretário afirmou ainda que, como a partir de hoje os municípios poderão contar com uma nova ferramenta para definir seus passos – se fecham ainda mais ou se flexibilizar, o chamado Prosseguir –, ele espera que seja mais fácil a adoção de medidas.

“Há municípios que nós entendemos que já passaram da hora de tomar decisões mais duras. Rio Brilhante e Rochedo entendemos que tomaram as medidas mais adequadas para preservar a vida de seus moradores, assim como foi feito em Brasilândia e Guia Lopes”, afirmou.

SITUAÇÃO CRÍTICA

Conforme o pesquisador, Dourados já deveria estar em lockdown e o próximo município a adotar esse sistema deveria ser a Capital. “Os dados claramente mostram que Campo Grande, além de estar neste momento em uma velocidade maior, também recebe pacientes de outros municípios. E Dourados está muito perto de sua capacidade máxima [conforme informações obtidas pela reportagem, o município já atingia 87% de ocupação dos leitos disponíveis]”.

Dados do boletim divulgado ontem mostram que o Estado tem 169 casos confirmados de Covid-19 internados em leitos daqui, além de dois sul-mato-grossenses que ocupam leitos de outras unidades federativas. Entre essas vagas, 86 eram leitos clínicos e 85 de UTI, e a maioria dos internados está na rede pública (57 clínicos e 52 em UTI).

Obras entregues

Obras da prefeitura elimina pontos críticos de alagamento em diversos bairros de Campo Grande

Obras como drenagem e construção de bacias de amortecimento foram reforçadas para eliminar pontos de alagamentos

18/04/2024 14h43

Prefeitura de Campo Grande/ Divulgação

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As chuvas de 156 milímetros que caíram no início desta semana causaram pontos de atenção em diversos bairros de Campo Grande. Devido a esses problemas estruturais, a prefeitura tem realizado obras de drenagem em bairros da região sul da capital.

O primeiro bairro a receber obras de drenagem é o Bairro Nova Lima, onde estão sendo construídas bacias de amortecimento de água do córrego Reveilleau, na região próxima. 

Outras regiões que estão passando por intervenções importantes incluem as ruas Catiguá e Rivaldi Albert, além da Rua do Seminário e das áreas próximas à ponte sobre o córrego Imbirussu, que conecta os bairros Jardim Colorado e Jardim Pênfigo.

A prefeitura informou que as obras realizadas nesta região no ano passado tiveram resultados positivos na absorção de água. Desde então, não ocorreu mais o problema de interdição da Avenida Via Park, próxima ao Shopping Campo Grande, causado pelo transbordamento do córrego Prosa.

A prefeitura informou que as obras realizadas nesta região no ano passado tiveram resultados positivos na absorção de água. Desde então, não ocorreu mais o problema de interdição da Avenida Via Park, próxima ao Shopping Campo Grande, causado pelo transbordamento do córrego Prosa.

A prefeitura está monitorando outras regiões, como a Avenida José Barbosa Rodrigues, no Bairro Zé Pereira. Em fevereiro deste ano, a Sisep realizou a limpeza do canal do córrego Imbirussu, eliminando os alagamentos recorrentes na via, que ocorriam em dias de chuva intensa devido ao assoreamento, deixando o leito praticamente no mesmo nível da avenida e causando transbordamentos. A Avenida José Barbosa Rodrigues conecta a Avenida Euler de Azevedo à Avenida Duque de Caxias, na região da Vila Popular. 

Prefeitura de Campo Grande/ Divulgação 


Funcionários correm contra o tempo 

Nos últimos anos, o inverno em Mato Grosso do Sul tem sido marcado por chuvas intensas e tempo úmido. Conscientes dessas dificuldades que a prefeitura de Campo Grande pode enfrentar, os funcionários da Sisep estão trabalhando contra o tempo para realizar reparos em tubos na rua Seminário, próxima ao bairro Coronel Antonino.

No meio de dezembro, uma forte chuva abriu uma cratera ao lado da ponte sobre o córrego Seminário. Como essa é uma via crucial para o acesso a outros bairros adjacentes, a Sisep agiu rapidamente para concluir as obras. Os trabalhos foram realizados com a equipe e os recursos próprios do departamento.

No Jardim Morenão, na rua Rivaldi Albert, a Sisep também agiu rapidamente para concluir o reparo na ponte, que foi danificada durante uma chuva em julho do ano passado.  

Já na Rua Rivaldi Albert, no Jardim Morenão, a Sisep também atuou para terminar o mais rápido possível o reparo na ponte que foi danificada durante chuva em julho do ano passado.

Neste espaço, foi realizada uma reestruturação e reforço da tubulação. A via é uma importante ligação dos moradores dos bairros Pioneiro e Jardim Morenão à Avenida Guaicurus. 

Para reforçar a tubulação, foram colocados duas manilhas de 1,5 metro, para a passagem da água de um lado para outro da pista. Essas manilhas servem também como “ladrão”, ou seja, quando o volume da chuva excede a capacidade da tubulação Armco, servirão como canal de escoamento da água da chuva.

Outra região que a prefeitura recebeu diversas reclamações foi no Jardim Colorado/Jardim Pênfigo. Por causa das fortes chuvas, as famílias não poderiam enviar seus filhos à escola por causa da insegurança na  ponte sobre o córrego Anhanduí.  

 

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MEIO AMBIENTE

Em MS, Marina Silva assina acordo para preservação do Pantanal e sugere pacto com prefeitos

Ambos estados uniram esforços para uniformizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do bioma, com foco na sustentabilidade, conservação e proteção

18/04/2024 12h45

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assina Termo de Cooperação de Proteção do Pantanal, ao lado de autoridades de MS e MT Marcelo Victor

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Termo de cooperação de defesa, proteção e desenvolvimento sustentável do Pantanal foi assinado pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB); governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) e pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, na manhã desta terça-feira (18), no auditório do Bioparque Pantanal, localizado nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O acordo tem o objetivo de unificar a política de proteção, conservação, preservação e sustentabilidade do bioma Pantanal.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a importância do pacto entre os dois estados é conservar, preservar e proteger o Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense.

“É importante porque acontece no contexto da elaboração do plano de prevenção e controle do desmatamento e queimado do Pantanal. É uma ação que deve ser feita de forma compartilhada entre o governo federal e os governos estaduais. Nesse caso, já temos até uma parceria entre os dois governos que compartilham o mesmo bioma. Então, esse pacto feito pelos dois estados é uma demonstração de que algo dessa magnitude não tem como ser enfrentado por um ente federado de forma isolada”, explicou Marina Silva.

Na ocasião, a ministra ainda sugeriu que o próximo passo seria elaborar um pacto pelo Pantanal. “O segundo passo talvez seja a gente fazer um pacto pelo Pantanal, além dos governadores, envolvendo também os prefeitos, como a gente já fez com a Amazônia, com os 70 municípios que mais desmatam. Não mais para a ação de comando e controle, mas para financiar atividades produtivas sustentáveis, para incentivar a pesquisa, o acesso à tecnologia, inovação e assistência técnica”, finalizou a ministra.

MS e MT uniram esforços para uniformizar e compatibilizar a legislação sobre o uso dos recursos naturais do Pantanal, elaborar o Plano Integrado de Prevenção, Preparação, Resposta e Responsabilização a Incêndios Florestais para o bioma Pantanal, promover o fomento da produção sustentável, monitorar a fauna silvestre e fomentar o turismo na região.

O documento tem validade de cinco anos, ou seja, vai até 2029. Além disso, será gerido por um grupo de trabalho integrado por representantes dos dois estados, em número paritário.

Também assinaram o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck (MS); secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti (MT); secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira (MS) e o secretário de Estado de Segurança Pública, César Augusto de Camargo Roveri (MT).

A assinatura ocorreu durante o Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal, evento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas, por intermédio do Governo Federal.

De acordo com o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), satélites, videomonitoramento e inteligência de ambos estados estarão alinhados para preservação do bioma.

“Na prática é uma capacidade operacional maior, mais inteligência, mais cooperativa de ações. medida que temos bases instaladas em 13 pontos do Pantanal, O Mato Grosso também detém uma força preparada e podemos atuar em conjunto. Se é lá e o Mato Grosso precisa, nós estaremos lá, se o Mato Grosso do Sul precisar, o Mato Grosso estará presente conosco. Além de toda a inteligência, temos monitoramento de vídeo, temos acompanhamento de satélite, o Mato Grosso também. Então, isso coordenado dá muito mais capacidade operacional para que a gente atuar mais rápido e de maneira mais eficaz no combate a eventuais incêndios”, afirmou o chefe do executivo estadual de Mato Grosso do Sul.

Segundo o governador de MT, Mauro Mendes (DEM), as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Segurança Pública de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estarão unidos para preservar o bioma e evitar queimadas.

“Precisamos unir nossos esforços para continuar um trabalho já feito há algum tempo, pelos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, para preservar esse grande patrimônio ambiental que é o Pantanal. A partir de agora, vamos melhorar todas as ações que já vimos fazendo, criar mais sinergia entre nossas equipes e, por isso, produzir o melhor resultado na proteção e preservação do nosso Pantanal. Nós vamos cooperar na segurança pública, vamos cooperar através de nossas equipes técnicas de corpo de bombeiros, Secretaria Estatual do Meio Ambiente e juntos vamos estabelecer ações que possam dar mais efetividade no combate a todos os tipos de ilegalidade que possam se praticar, desde crimes ambientais quanto às queimadas ilegais ou mesmo queimadas acidentais”, disse o chefe do executivo estadual de Mato Grosso.

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