MICHELLE ROSSI
O empresário e projetista Luíz Afonso Santos de Andrade, 42 anos, assumiu ao delegado Wellington de Oliveira, da 4ª Delegacia de Polícia Civil (Moreninhas) de Campo Grande, que deu uma “chave de braço” na esposa, a arquiteta Eliane Nogueira de Andrade, 39, com intenção de matá-la, na madrugada do dia 2 de julho, quando o corpo dela foi encontrado carbonizado, dentro de seu próprio carro, no Bairro Tiradentes na Capital. A afirmação foi feita quando o delegado, que investiga o caso, apresentou a Luiz o laudo necroscópico do corpo da arquiteta, na semana passada, indicando que ela estava viva quando alguém ateou fogo no veículo. Segundo Oliveira, Luiz disse que Elziane não eastava viva no momento em que o veículo começou a queimar porque ele havia a esganado e tinha certeza de que ela estava morta. “Parece que ele quis tirar um peso das costas quando disse que não havia sido cruel ao ponto de queimá-la viva”, informou o delegado. Luiz está preso na 4ª DP, como principal suspeito do crime, desde o dia em que o corpo da sua mulher foi encontrado.
A declaração de Luiz não foi dada em depoimento portanto não serve como uma confissão. No entanto, Luiz será ouvido novamente, em depoimento, até a próxima semana quando o delegado deve pedir seu indiciamento por homicídio doloso (com intenção) qualificado por motivo fútil, com emprego de fogo e também por incêndio, além da prisão preventiva.
O laudo necroscópico indicou que havia monóxido de carbono em um dos pulmões de Eliane o que significa que houve movimento de respiração da vítima enquanto o carro era queimado. No entanto, ela devia estar em morte aparente no momento do incêndio, disse o laudo que apontou a fratura do osso hióide (da laringe) da vítima lesionado provavelmente no ato da esganadura. Segundo os peritos, se Eliane tivesse sido socorrida poderia ficar com graves sequelas, ficar em coma ou mesmo vir a óbito.
Ontem, Luíz foi levado para a conveniência Sadan Festas, onde imagens dele foram captadas momentos antes do corpo da arquiteta ser localizado em chamas. Ele parou no local, com o carro da vítima para comprar cigarro, fósforo e chiclete e teve as imagens gravadas novamente ontem para que seja emitido um laudo pericial para informar se a imagem é mesmo dele na madrugada do crime.