Cidades

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Empurrando com a barriga

Empurrando com a barriga

Redação

02/08/2010 - 06h49
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OSCAR ROCHA

A cena é comum para muitos: há algo para ser feito, digamos, um relatório de trabalho. Aquele que será cobrado depois de um mês pelo chefe. Prazo definido, o empregado começa a adiar o início do trabalho. O tempo começa a ficar mais escasso, mas ele não começa a tarefa. Ao mesmo tempo, inicia um processo de autocobrança. Aparece a angústia. Em momento de lazer, não está totalmente entregue aos prazeres do instante, pois o tal relatório o assombra feito um fantasma. Somente estourando o prazo, às vezes, com uma advertância do chefe, entrega o que lhe foi pedido com antecedência. O caso descrito mostra muito bem o perfil do procrastinador. O que é isso? Simples: a pessoa que deixa para depois aquilo que pode fazer antes.

Longe de ser apenas um preguiçoso, o procrastinador é alguém que precisa de ajuda e necessita passar por acompanhamento especializado. “É uma alteração psicológica que pode ser consequência de algumas dificuldades: baixa estima, perfeccionismo, medo de errar, depressão, entre outros”, explica a psicóloga e pscodramatista Silvia Lopes Otácio.
Uma das consequênicas daqueles que passam pelo problema é o sentimento de culpa de não cumprir o objetivo. Muitas vezes, o quadro se instala ainda na fase de formação e adolescência, quando as exigências passam a ser constantes. Ao mesmo tempo, os pais precisam ficar atentos ao compartamento dos filhos. Falta de pontualidade e a não realização de tarefas, se não forem solucionadas podem trazer consequências. “Os pais precisam conversar com os filhos e buscar estabelecer metas. Assim, podem criar maneiras de eles terem parâmetros”.

Mas é na fase adulta que o problema pode ser detectado com mais precisão. Em muitos casos, os perfecionistas são aqueles que se encaixam no perfil do adepto da procrastinação. O medo de errar termina por conduzir ao adiamento da realização da tarefa.
Segundo pesquisa divulgada recentemente por especialista americano, o distúrbio pode ser classificado em tipos básicos: a criação do problema, comportamental e retardatório. A primeira surge quando alguém acha que poderá resolver o problema mais tarde, quando terá mais tempo. “Não consigo fazer nada antes de o prazo estourar, deixo tudo para a última hora. Já tive vários problemas por causa disso. O chato é ter que explicar ou pedir mais tempo para entregrar algum material”, explica um profissional da área da educação.

Ele reconhece que pode ter o problema, mas não procurou qualquer ajuda. “Muitas coisas que tenho que fazer são simples e não tenho dificuldade em realizar, mas, por causa dos atrasos, saem sem qualidade”, avalia. Ele se enquadra no perfil apresentado na pesquisa.
A procrastinação comportamental, o segundo tipo, é aquela que ocorre quando a pessoa faz listas, planos e planilhas e, mesmo assim, não segue nada do que planejou. O medo é uma das principais explicações para esse tipo de ato. São  indivíduos que gostam mais de planejar do que de fazer. Os procrastinadores deste tipo são pessoas que não sabem quais são as suas prioridades e, dessa forma, adiam para não ter que lidar com o problema.
Por fim, aparece o retardatório, quando a pessoa começa a fazer várias coisas antes de cumprir um compromisso que tinha combinado anteriormente. Essas pessoas podem ter também tendências compulsivas – precisam se colocar sob pressão para conseguirem ser pontuais ou terminarem as ações que iniciaram.

Para a psicóloga Silvia Otácio, atualmente as empresas buscam profissionais proativos, que geralmente fazem algo na atualidade, buscando resultados imediatos e para outros períodos. “Os procrastinadores não se enquadram nesse perfil. No passado, até era possível disfarçar, mas hoje isso não acontece mais, a exigência do mercado é diferente”, aponta.

Inédito

MS tem 11 casos por dia na Justiça de Trânsito, indica levantamento do CNJ

Ao todo, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados 2.721 casos registrados entre janeiro e agosto de 2024

07/11/2024 16h51

Acidente de trânsito em Campo Grande

Acidente de trânsito em Campo Grande Marcelo Victor

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Por dia, 11 novos processos entram na Justiça de Mato Grosso do Sul em razão de crimes cometidos no trânsito, indicam dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ao todo, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados 2.721 casos registrados entre janeiro e agosto de 2024. 

No Brasil, o índice é de 480 novas ações por dia, enquanto o total de ações judiciais contabilizadas no mesmo período chega a 116.597. 

A maior incidência de crimes de trânsito no Brasil está no Rio Grande do Sul, com 21.345 novos casos entre janeiro e agosto deste ano.

Na sequência, aparecem os estados de Minas Gerais, com total de 17.204, e Paraná, com 7.352 novas ações.

Acre, Amapá e Sergipe ostentam os menores índices, registrando 457, 558 e 561 novos processos ajuizados durante o mesmo período, respectivamente.

O advogado criminalista João Valença, comenta os índices.

“A negligência nas pequenas ações do dia a dia ao volante pode gerar consequências severas, tanto na esfera penal quanto na vida das vítimas e familiares envolvidos”, alerta.

Boa parte dos crimes que resultam em processos chegam em homicídio culposo na direção de veículo automotor; lesão corporal culposa na direção de veículo automotor; omissão de socorro; fuga do local de acidente; conduzir veículo automotor sob influência de álcool ou substância psicoativa; racha; e dirigir sem permissão ou habilitação. 

A modalidade culposa consiste nos casos que os crimes não foram cometidos de forma proposital.

 “As penas variam entre multas e suspensão ou cassação da habilitação, detenção, e pena de reclusão de até 10 anos nos casos que resultem em morte, lesão corporal por racha, ou em caso de fuga do local, omissão de socorro, e condução do veículo sem portar habilitação”, explica o especialista.

Para Valença, “a pena de prisão é uma medida extrema aplicada em casos que envolvem maior potencial ofensivo, especialmente quando a conduta do motorista demonstra total desrespeito à vida alheia. O cumprimento das penalidades é essencial para que o infrator entenda a gravidade de suas ações e para que a justiça seja feita”, observa.

 

Projetos judiciais por crimes de trânsito: 
Período: janeiro a agosto

  • - Brasil: 116.597
  • - Mato Grosso do Sul: 2.721

 

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Dívidas

Com descontos de até 80% em impostos, Refis já está aberto

Pessoas físicas e jurídicas podem participar, negociando débitos como IPTU, ITBI e ISS

07/11/2024 16h45

Multas de trânsito, ambientais, contratuais e débitos de natureza ambiental não são incluídos no Refis

Multas de trânsito, ambientais, contratuais e débitos de natureza ambiental não são incluídos no Refis Divulgação / PMCG

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O Programa de Regularização Fiscal (Refis) iniciou na última segunda-feira (4) e vai até o dia 6 de dezembro, oferecendo aos contribuintes de Campo Grande a oportunidade de negociar débitos com o município, com descontos de até 80% em juros e multas.

Os contribuintes podem negociar tanto dívidas tributárias quanto não tributárias, inscritas ou não em dívida ativa, ajuizadas ou não, e com exigibilidade suspensa ou não. Pessoas físicas e jurídicas podem participar, negociando débitos como IPTU, ITBI e ISS. Multas de trânsito, ambientais, contratuais e débitos de natureza ambiental não são incluídos.

Além do atendimento presencial, a prefeitura disponibilizou canais de atendimento on-line e por telefone para facilitar a negociação de dívidas de forma prática e segura.

Condições de Pagamento

Os contribuintes que optarem pelo pagamento à vista podem obter até 80% de desconto nos encargos. Para parcelamentos, o desconto e as condições de entrada variam conforme a natureza do débito e a quantidade de parcelas:

  • Dívidas Imobiliárias: Desconto de 60% nos encargos em parcelamentos de até seis vezes, com entrada mínima de 5%. Para sete a 12 vezes, o desconto permanece em 60%, com entrada de 10% do valor do débito, e para 13 a 18 vezes, a entrada é de 15%, mantendo o mesmo desconto.

  • Débitos de Natureza Econômica: Pagamento à vista garante 80% de abatimento nos encargos. Parcelamentos possuem valores mínimos: R$ 100 para até seis vezes, R$ 500 para sete a 12 vezes, R$ 1.000 para 13 a 18 vezes e R$ 1.250 para até 24 parcelas. Prazos maiores têm valor mínimo de R$ 1.500 para até 36 vezes, R$ 2.000 para até 48 vezes e R$ 2.500 para até 60 vezes.

Canais de Atendimento

O atendimento remoto é oferecido de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, pelos números (67) 4042-1320, (67) 98471-0487 e (67) 98478-8873. A negociação on-line pode ser feita através do site do Refis: refis.campogrande.ms.gov.br, onde também é possível simular valores e emitir o Documento de Arrecadação Municipal (DAM). Informações adicionais estão disponíveis pelo telefone 156.

Para aqueles que preferem atendimento presencial, a Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) funciona das 8h às 16h, na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon, nº 2.655. O pagamento das guias pode ser efetuado em bancos, lotéricas, aplicativos e outras opções oferecidas pelo banco do contribuinte.

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