Cidades

PERSONAGEM

Engraxate há quase 50 anos no mesmo ponto faz parte da história da Capital

Quando começou, ainda criança, os postes da Avenida Afonso Pena eram de aroeira

MARESSA MENDONÇA

23/08/2015 - 09h00
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Entre a limpeza de um sapato e outro, Antenor Boracho Montenegro, de 60 anos, observa as mudanças na cidade e do comportamento das pessoas há quase 50 anos, período em que deu início a carreira de engraxate na Avenida Afonso Pena, centro de Campo Grande. 

"Quando comecei, os postes ainda eram de aroeira", relata Antenor, apontando para as peças de concreto que hoje iluminam a avenida. Naquela época o expediente começava às 6h e se estendia até as 20h. "Não tinha 'menor' na rua. Era mais seguro e o povo era mais hospitaleiro".

Essa cordialidade,segundo ele, não era observada apenas dentro das casas, mas nas ruas também. "O pessoal se acumulava na Praça do Relógio e a banda da polícia tocava lá. Era bonito!".

O monumento a que ele se refere foi inaugurado em 1933 no cruzamento da Afonso Pena com a 14, mas depois de uma reconstrução, hoje está na Calógeras. "Era o relógio de pobre. As pessoas passavam aqui e perguntavam as horas e eu dizia: passa lá!".

Crédito Gerson Oliveira/Correio do Estado

​Enquanto uns iam para a praça, outros vinham engraxar os sapatos com Antenor. Na lista de clientes, tinha desde figuras públicas até infratores. "Fui entregar o sapato para um juiz e quando cheguei lá tinha um rapaz sendo julgado. Eu disse que conhecia, que era meu cliente também e o juiz liberou ele", conta. Na ocasião, o prédio do Fórum era na rua 26 de agosto, onde atualmente funciona o Centro Cultural José Octávio Guizzo. 

Também tiveram os sapatos engraxados por Antenor, os ex-governadores Pedro Pedrossian, Wilson Barbosa Martins e o ex-senador Ramez Tebet. "Eles falavam de política.  O Tebet me perguntava se o pessoal gostava dele. Se estavam falando dele ou não".

Militares também compunham a relação de clientes e deixavam a limpeza dos coturnos a cargo de Antenor . "Dava até mais vontade (de trabalhar) antes. Hoje, o pessoal anda muito de tênis", brinca ele, lembrando que já lustrou até sapato de defunto. "Me disseram que antes de morrer ele pediu para ser enterrado com ele. Engraxei um sapato que foi para eternidade". 

Serviço - O engraxate trabalha com outro colega na avenida Afonso Pena, próximo a esquina da Rua 14 de Julho. O preço cobrado pelo serviço varia entre R$ 10 e R$ 20. 

DESAPARECIDO

Família procura por idoso desaparecido há uma semana no interior de MS

Heitor Teodoreto foi visto pela última vez no sábado (10), quando viajou com o filho para Ribas do Rio Pardo

17/05/2025 16h30

Heitor desapareceu usando calça social e camisa polo listrada

Heitor desapareceu usando calça social e camisa polo listrada FOTO: Reprodução

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Desde o último sábado (10), Heitor Teodoreto Braga, de 84 anos, está desaparecido, e a família se divide em grupos com apoio do Corpo de Bombeiros para realizar as buscas. O idoso sofre e Alzheimer e foi visto pela última vez no sábado (10), quando viajou com o filho para Ribas do Rio Pardo, a 97 quilômetros de Campo Grande.

Desde o primeiro dia, equipes do Corpo de Bombeiros auxiliam nas buscas com uso de drones nas cidades de Ribas do Rio Pardo, onde ele foi visto pela última vez, além de Água Clara e Três Lagoas.

Conforme as informações da família, Heitor desapareceu usando calça social e camisa polo listrada. Além disso, ele tem cerca de 1,68 metro de altura e, devido ao quadro neurológico, pode estar desorientado, sem conseguir pedir ajuda ou informar onde mora.

Ainda de acordo com as informações, o idoso mora na região da Rua da Divisão, na Capital, mas o sumiço aconteceu durante o passeio ao interior.

Diante dos fatos, a família e a polícia alertam para a divulgação de notícias falsas com relação ao desaparecimento do idoso, para não atrapalhar as buscas.

Informações podem ser repassadas pelos telefones:

  • (67) 99196-8414
  • (67) 99108-3015
  • (67) 99258-2536

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OPORTUNIDADE

Estudantes podem se inscrever para o Clube de Ciências do Bioparque Pantanal até segunda-feira

O projeto tem como proposta aproximar alunos da rede pública e privada de temas ligados à sustentabilidade

17/05/2025 15h50

Bioparque Pantanal

Bioparque Pantanal Gerson Oliveira

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Estudantes e professores de Mato Grosso do Sul intressados em se inscrever no Clube de Ciências do Bioparque Pantanal tem até segunda-feira (19). O prazo de submissão dos projetos foi prorrogado e as inscrições devem ser feitas pelo site oficial do Bioparque.

O projeto já está em sua terceira edição e tem como proposta, aproximar alunos da rede pública e privada de temas ligados à sustentabilidade, questões sociais e iniciação científica.

A ideia é promover uma vivência prática dentro do próprio Bioparque, com a participação direta em atividades orientadas pela equipe técnica do local.

Podem participar estudantes do ensino fundamental ou médio, desde que estejam matriculados e tenham interesse pelos assuntos abordados. Cada grupo poderá ter até cinco alunos e dois professores orientadores. Ao todo, serão selecionadas até dez equipes.

Com a prorrogação do prazo, mais jovens têm a chance de entrar em contato com o universo da ciência em um espaço voltado para a educação, conservação ambiental e troca de conhecimento.

A inscrição pode ser realizada clicando nesse link.

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