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Escolas militarizadas do Estado terão 13 policiais e bombeiros

Estado divulgou calendário das unidades, que inicia aulas em março

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O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), nomeou três policiais militares da reserva para o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). Os decretos foram publicados na edição desta terça-feira (18) do Diário Oficial Eletrônico (DOE).

Foram convocados o tenente-coronel Cícero Aparecido Pereira, a subtenente Erenice da Conceição Rodrigues Mendes e a 3º sargento Valdete Domiciano Pinto. Segundo o Comando-Geral da corporação, mais dois militares da ativa comporão a equipe que vai atuar na Escola Estadual Marçal de Souza Tupã-Y, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

Pereira já é membro da equipe de trabalho da Secretaria de Estado de Educação (SED) que está organizando o cronograma das primeiras semanas de aula na unidade. Além dele, compõe o grupo o coronel Hudmax Evangelista Ortiz.

BOMBEIROS

Na semana passada, Azambuja já havia convocado outros dez militares do Corpo de Bombeiros para atuar na Escola Estadual Alberto Elpídio Ferreira Dias (Professor Tito), no Jardim Anache. Todos eles também são da reserva.

Voltam à força os subtenentes Edimalso Raimundo de Lima, Luis Alberto Mota, Marcio Aparecido Ribas, Nelson Martins Amorim e Rozival de Souza; além dos 1ºs Carlos Antônio Gonçalves, Joirson Sebastião Pereira, Leivas Leite de Oliveira, Valdeci Alves Calisto, Walter José da Silva Nascimento.

CALENDÁRIO

Também na edição de hoje do DOE foi publicado o calendário das duas escolas. Ao contrário da Rede Estadual de Ensino (REE), as duas unidades iniciam as aulas no dia 2 de março.

Segundo a SED, as equipes dessas escolas têm uma jornada pedagógica maior, como é chamado o período em que professores, diretores e coordenadores definem o cronograma de atividades.

O calendário prevê cerca de 200 dias letivos, como as demais escolas. A diferença é que há mais sábados letivos. Nesse caso, é para que a família e a equipe escolar se reúna, como prevê o Pecim. Foram agendados os dias 21 de março, 9 de maio, 8 de agosto e 21 de novembro.

PROJETO

Anunciado em setembro de 2019, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), do Ministério da Educação (MEC), deve implementar as mudanças em 216 colégios até 2023, começando com 54 em 2020. O modelo será levado, preferencialmente, para regiões que apresentam situações de vulnerabilidade social e baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

No último dia para estados e interessados se inscreverem no programa, o governo do estado anunciou a indicação das duas escolas de Campo Grande para o Pecim. A SED realizou uma consulta pública nos dois bairros, tendo 93% de aprovação no Anache e quase 80% nos Los Angeles.

Para a seleção, o MEC levou em conta critérios como a escola inscrita estar na capital do estado ou pertencer à região metropolitana, estar situada na faixa de fronteira; e a faixa populacional, considerando a realidade estadual. Logo no lançamento, o governo abriu prazo para as unidades da Federação manifestarem interesse. Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e outros 14 estados aderiram. Depois, foi a vez dos municípios, e mais de 600 cidades pediram para participar — incluindo Corumbá.

As famílias dos alunos das duas escolas cívico-militares de Campo Grande serão peça-chave no funcionamento das instituições, como noticiou o Correio do Estado no mês passado. Além de participar das reuniões, os pais ou responsáveis deverão ir a encontros da comunidade escolar.

Com a entrada dos militares nas escolas, os educadores podem focar na gestão da escola. “O que acontece hoje é que a direção e a coordenação das escolas trabalha muito em função da correção disciplinar dos estudantes e os outros serviços da escola vão ficando para trás. Com esse apoio dos oficiais do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, nosso trabalho será mais voltado à questão administrativa e pedagógica, porque a questão disciplinar esses oficiais vão tomar conta”, afirmou na época a então diretora da escola Professor Tito, Eliana Prado Verneque Soares.

Com esse vínculo, os educadores esperam diminuir que preocupa, a evasão escolar, que é quando o aluno, por qualquer motivo, deixa de ir à escola. “O objetivo macro é o aprendizado do estudante e diminuir a evasão. Precisamos resgatar esses meninos, para que a escola seja interessante para eles”, disse.

As disciplinas do currículo comum, como Língua Portuguesa e Matemática, serão mantidas e ministradas por professores da SED. Os militares vão contribuir em outras atividades. Entre as matérias eletivas, que o estudante pode escolher seguir, está a Educação para a Cidadania.

Cidades

Bolsa Família reduz pobreza na primeira infância, mostra estudo

Mais da metade das crianças no Brasil estão em famílias de baixa renda

23/04/2024 21h00

Arquivo/Agência Brasil

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O país tem 18,1 milhões de crianças de 0 a 6 anos de idade, segundo dados do Censo 2022. Cerca de 670 mil (6,7%) estão em situação de extrema pobreza (renda mensal familiar per capita de até R$ 218).

Esse número, no entanto, poderia ser muito pior (8,1 milhões ou 81%) sem o auxílio de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV).

Perfil Síntese da Primeira Infância e Famílias no Cadastro Único leva em consideração dados de outubro de 2023 do CadÚnico, sistema que reúne informações das famílias de baixa renda no país (renda mensal per capita de até R$ 660). Na primeira infância, de 0 a 6 anos, são 10 milhões de crianças (55,4%) classificadas nessa categoria.

“Esse estudo demonstra o potencial do Cadastro Único para a identificação de vulnerabilidades na primeira infância, a relevância de seu uso para a elaboração de iniciativas para esse público e a importância do Bolsa Família no combate à pobreza”, diz Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único.

O estudo traz outros recortes, como o fato de que 43% dos responsáveis por famílias com crianças de 0 a 6 anos não têm nenhuma fonte de renda fixa. Para 83% deles, a principal fonte de renda é o Bolsa Família.

Cerca de três a cada quatro famílias com crianças na primeira infância são chefiadas por mães solo. A maioria delas é parda e tem idade entre 25 e 34 anos.

Em relação ao perfil das crianças, 133,7 mil (11,1%) são indígenas; 81,3 mil (6,7%) são quilombolas, e 2,8 mil (0,2%) estão em situação de rua.

“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem um enorme potencial de equacionar as desigualdades do país. A criação do Benefício Primeira Infância é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população em geral para a importância dessa fase na vida”, diz Eliane Aquino, secretária Nacional de Renda de Cidadania (Senarc).

Diferenças regionais

Ao considerar as regiões do país, o levantamento aponta a existência de desigualdades. Segundo o Censo, o Nordeste tem 5,1 milhões de crianças na primeira infância: 3,7 milhões (72%) estão registradas do CadÚnico. No Norte, há 1,9 milhão de crianças na primeira infância: 1,4 milhão (73%) registradas no CadÚnico.

Por outro lado, na Região Sudeste, quase metade do total de crianças entre 0 e 6 anos, estão registradas no programa. São 6,8 milhões de crianças na região, das quais 3,1 milhões estão no CadÚnico.

“A disparidade socioeconômica entre crianças na primeira infância exige ações imediatas e uma política nacional integrada que aborde as necessidades específicas das famílias mais vulnerabilizadas. O Cadastro Único é um importante instrumento para nortear uma política que sirva como alavanca para equidade”, diz Mariana Luz, diretora da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

Perfil dos municípios

O estudo faz um recorte municipal, a partir de uma classificação em três grupos. O primeiro inclui cidades onde há mais crianças migrantes, em situação de rua e em domicílio improvisado coletivo. O segundo, onde há maior precariedade habitacional, é primeira infância na área rural e de populações tradicionais e específicas. O terceiro, crianças em situação de trabalho infantil, fora da pré-escola e em precariedade habitacional.

Os dados mostram que 71% dos municípios da região Norte não tem saneamento adequado. No Sudeste, o índice é de 20%. No Nordeste, 9% dos municípios não têm energia elétrica.

Os dados fazem parte da série Caderno de Estudos, do MDS, que desde 2005 busca construir conhecimento científico e gestão de políticas públicas. Na nova edição, o caderno apresenta uma série de publicações voltadas para a primeira infância, como pesquisas sobre o impacto do programa de Cisternas na saúde infantil e os desafios enfrentados por mães no mercado no trabalho após terem o primeiro filho.

Cotidiano

Administradora de três aeroportos em MS inicia programa para impulsionar fluxo de passageiros

A operadora aeroportuária Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã

23/04/2024 18h30

Foto/Arquivo

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A operadora aeroportuária Aena, que administra três aeroportos de Mato Grosso do Sul, lançou um programa de incentivo ao desenvolvimento da aviação brasileira. Para isso, deve recompensar as companhias aéreas de acordo com o aumento na quantidade de passageiros no período de 1º de abril a 30 de outubro.

De acordo com a Aena, o objetivo do programa é contemplar os aeroportos dos estados de  Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Pará. Em caso de voos domésticos, o programa prevê o reembolso de 100% das tarifas de passageiros em cada rota operada pelas companhias aéreas em 16 aeroportos sob sua gestão.

Nos casos de voos internacionais, o programa de incentivo é válido para os seis aeroportos sob administração da Aena no Nordeste. Nesse caso, a base de comparação será o mês de março de 2024. Para novas rotas internacionais, o incentivo permanece até 31 de março de 2025.

Em Mato Grosso do Sul, a Aena administra os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã.

De acordo com Aena,o objetivo da campanha é oferecer um cenário positivo para que as companhias aéreas possam elevar suas participações nos aeroportos da administradora.

"Como maior operadora aeroportuária do país, trabalhamos para incentivar a aviação brasileira, reduzindo custos das companhias aéreas e melhorando as opções dos passageiros", afirma Marcelo Bento, diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Aena Brasil.

As companhias que aderirem ao programa de incentivo ainda podem contar com o apoio da Aena para a promoção das ligações. A concessionária irá disponibilizar a divulgação de novos voos e rotas nos painéis publicitários localizados dentro dos aeroportos, banners promocionais no site da Aena, além de campanhas em suas redes sociais.

 

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