Cidades

PERIGO

Escolas públicas terão de apresentar alvará dos bombeiros à promotoria

Unidades ainda não comprovaram ter alvará do Corpo de Bombeiros

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As escolas públicas de Campo Grande, tanto municipais quanto estaduais, são alvos de investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) por não terem alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, bem como certificado contra incêndio e pânico.

Até agora, dados levantados pela 46ª Promotoria de Justiça da Capital apontam que a Secretaria de Estado de Educação (SED) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) não comprovaram a existência do documento. As investigações começaram no primeiro semestre deste ano e estão sob a responsabilidade do promotor Paulo Henrique Camargo Iunes.
No inquérito referente às escolas estaduais, o MPMS afirma que, após resposta recebida da SED, “pode se verificar a inexistência da documentação solicitada, demonstrando assim que todas as escolas estaduais desta capital estão funcionando de forma irregular e sem garantir a mínima segurança para os alunos, de maneira que as providências para solução do problema são necessárias”.

Em resposta ao MP, a secretaria informou, por meio da Diretoria-Geral de Infraestrutura, Administração e Apoio Escolar da SED que “existem escolas com Projeto de Segurança Contra Incêndio, Pânico e outros riscos (PSCIP) em fase de elaboração, outras já executadas ou em execução”. 

Segundo planilha encaminhada pela SED ao promotor, 51 escolas estaduais de Campo Grande não têm o projeto e não estão ou estiveram em obras de adequação. O documento aponta que 12 escolas da Capital passaram ou ainda devem passar por obras de adequação e outras 26 que possuem apenas o projeto contra incêndio e pânico.

Com base nos documentos, no dia 17 deste mês o promotor solicitou “a realização de vistoria inloco nos estabelecimentos de ensino da rede estadual”. Esta é a última movimentação do processo.

A reportagem esteve na Escola Estadual Maria Constança Barros Machado, que é tombada como patrimônio histórico. O local tem extintores nos corredores das salas de aula.

Sobre a situação, o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Jaime Teixeira, afirmou que a maioria das escolas estaduais tem problema em conseguir o alvará por conta do valor elevado pago na vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros.

“A maior reclamação dos diretores é que as escolas não têm caixa para pagar essas vistorias, o dinheiro da Associação de Pais e Mestres (APM) não cobre esse tipo de demanda. Por isso, a SED acabou assumindo a responsabilidade”, contou Teixeira. 

Entretanto, o dirigente da entidade destaca que a maior dificuldade são as escolas mais antigas, onde são encontrados os maiores entraves para a concessão do alvará, já que em muitas há problemas de acessibilidade. “As mais antigas, se for pegar ao pé da letra, não atendem às exigências, então, os bombeiros não emitem o certificado”. 

MUNICÍPIO

No inquérito que investiga a situação das escolas municipais, o promotor solicitou a vistoria em dez escolas de Campo Grande – Bernardo Franco Baís (Vila Santa Luiza), Professora Danda Nunes (Vivenda do Bosque), Frederico Soares (Vila Popula), João Nepomuceno (Taquarussu), José Rodrigues Benfica (Amambaí), Professora Maria Lúcia Passarelli (Aero Rancho), Professor Aldo de Queiroz (Vila Cidade Morena), Professora Lenita de Sena Nachif (Jardim Centro-Oeste), Professor Hércules Maymone (Nova Lima) e Dr. Eduardo Olímpio Machado (Ouro Verde).

“Trata-se de expediente instaurado para verificar a regularidade documental das escolas municipais de campo Grande, a fim de constatar se estas oferecem segurança aos alunos que estudam nas referidas escolas”, diz trecho do pedido.
De acordo com a última movimentação do inquérito, as vistorias ainda não foram realizadas porque o Corpo Técnico de Engenharia e Arquitetura do Ministério Público solicitou alguns dados que deveriam ser entregues pela Semed, que ainda não se manifestou no processo.

A equipe pediu à promotoria que a secretaria informe, por meio de laudo, quais são as instalações de segurança e combate a sinistros atualmente existentes nas escolas. Também foi solicitado à Semed que informe se as escolas são acessíveis ou não a pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. Os técnicos pediram ainda cópia do projeto arquitetônico das instituições.

Em nota, a Semed informou que respondeu ao MPMS “com base no parágrafo único do Artigo 10 da Lei 6.437, que estabelece que ‘independem de licença para funcionamento os estabelecimentos integrantes da administração pública ou por ela instituídos, ficando sujeitos, porém, às exigências pertinentes”.

O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação (ACP), Lucílio Nobre, confirmou que a maioria das escolas municipais da Capital não tem o alvará. Segundo ele, as construções antigas são as que têm mais problemas em relação ao certificado. “Essa lista das dez, com certeza, são escolas que precisam de adequação. As mais corretas são as novas ou as que passaram por reformas recentemente”, disse.

Nobre afirmou ainda que algumas escolas chegam a receber um alvará provisório dos bombeiros, com seis meses de validade, até que as mudanças solicitadas sejam feitas. “Há outras que fica bem complicado de conseguir alvará, porque, dependendo do tamanho das escolas, o protocolo pede para ter hidrante em vez de extintor, e esse custo é muito alto”, avaliou.

A reportagem procurou o Corpo de Bombeiros para posicionamento, mas não obteve resposta até o fechamento.

Caso recente

Em março de 2017, três salas de aula da Escola Municipal Antônio José Paniago – cuja estrutura era em contêiner (pré-moldado de zinco), com capacidade para 25 alunos cada – foram destruídas por incêndio. Como o incêndio começou em um domingo, quando a escola não abre, ninguém ficou ferido.

 

campo grande

Pet shop que prescreve medicamentos e aplica vacinas sem médico veterinário é condenado

Justiça considerou que atividades são típicas e privativas de profissional da área veterinária e determinou a contratação do profissional, além de manter multa

22/03/2025 16h31

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS

TRF3 manteve decisão que determinou a contratação de veterinário e manteve multa aplicada pelo CRMV-MS Arquivo

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Um pet shop de Campo Grande, localizado nas Moreninhas, que faz prescrição de medicamentos e realiza vacinação sem um médico veterinário deverá contrarar um profissional e efetuar o registro do estabelecimento no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso do Sul (CRMV-MS).

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) confirmou decisão que manteve auto de infração emitido pelo CRMV-MS contra a empresa.

Os magistrados seguiram o previsto na Lei nº 5.517/1968 de que a prática clínica e assistência técnica aos animais são atividades privativas da área veterinária. 

Conforme o processo, durante fiscalização do CRMV, foi constatado que o pet shop não tinha registro no conselho e nem um responsável técnico, mas oferecia os serviços de vacina e prescrição de medicamentos, e foi aplicada multa.

A empresária responsável acionou o Judiciário contestando a infração.

Ela argumentou que atua em um pet shop, no comércio de animais vivos, artigos de embelezamento e alimentos para animais de estimação, o que dispensaria a obrigatoriedade de inscrição no CRMV e a contratação de médico. 

Em primeira instância, a 2ª Vara Federal de Campo Grande julgou o pedido improcedente e manteve as sanções aplicadas pelo conselho. A mulher recorreu ao TRF3.  

Ao analisar o caso, o relator, desembargador federal relator Souza Ribeiro, considerou comprovantes originários de fiscalização conjunta efetuada no estabelecimento.  

Segundo o magistrado, documentos demonstraram receituários timbrados da empresa com prescrições de remédios para animais diversos, além de medicação injetável em uso, carteiras de vacinação em branco e tabela de preços com a oferta de consultas, exames e vacinas. 

“Embora os atos constitutivos da empresa indiquem como objeto social tão somente a atividade de venda de medicamentos e alimentos para animais de estimação, os documentos apresentados pelo réu, oriundos de fiscalização conjunta do Procon e Decon/MS, demonstram a presença de receituários contendo prescrições de medicamentos para animais diversos com o timbre da empresa, medicamento injetável em uso, juntamente com seringas, carteiras de vacinação em branco”, fundamentou o relator. 

“O auto de infração goza de presunção de legitimidade e veracidade, pois se trata de ato administrativo, subscrito por servidor dotado de fé pública. As alegações apresentadas pela apelante em nada interferem no reconhecimento da legalidade da autuação”, concluiu o magistrado. 

Com esse entendimento, a Sexta Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso.

Cidades

Militar da Marinha de MS é preso com droga avaliada em R$ 100 mil em MG

Ele saiu de Corumbá e tinha como destino a cidade de Uberaba, mas foi flagrado durante operação da Polícia Militar mineira com carga de supermaconha

22/03/2025 14h30

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro

Maconha estava escondida em compartimento oculto de carro Foto: Divulgação / PMMG

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Um militar da Marinha do Brasil, de 33 anos, lotado no 6º Distrito Naval de Ladário, em Mato Grosso do Sul, foi preso por tráfico de drogas em Frutal (MG), na última quinta-feira (20).

De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o flagrante aconteceu por meio do Grupo Tático Rodoviário da Polícia Militar Rodoviária (GTR/BPMRv), durante operação de combate ao tráfico de drogas na cidade de Frutal.

O militar estava em um Honda Civic e quando foi abordado, disse que iria visitar um amigo, mas entrou em contradição e não soube informar qual seria o endereço do suposto amigo, além de demonstrar nervosismo.

Diante da suspeita, os policiais fizeram uma vistoria minuciosa no veículo e encontraram oito pacotes de droga em um compartimento secreto dentro do tanque de combustível.

No total, foram apreendidos 4,3 quilos de skunk, conhecida como supermaconha, por ser de origem da planta cannabis sativa com concentração elevada de tetraidrocanabinol (THC).  A droga está avaliada em R$ 100 mil.

Segundo o site Portal Itatitaia, durante a abordagem, o militar quebrou o próprio celular e precisou ser imobilizado. Ele permaneceu em silêncio durante o flagrante. 

O militar foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Frutal, onde o caso será investigado. O nome do suspeito não foi divulgado.

Em nota, o Comando do 6º Distrito Naval, informou que está acompanhando o caso e irá colaborar com os órgãos competentes na investigação.

O que é skunk?

O skunk, conhecido também como “skank” ou “supermaconha”, é uma droga pertence ao grupo dos canabinóides, mas com efeitos mais potentes e nocivos ao cérebro do que a maconha tradicional.

O skunk é produzido a partir do cruzamento genético e do cultivo hidropônico da planta Cannabis sativa, a mesma que dá origem à maconha.

A droga é criada em laboratório através da manipulação de espécies com engenharia genética e tem uma concentração mais forte de THC (Tetra-hidro-canabidinol), substância psicoativa que age alterando os níveis de serotonina e de dopamina, os hormônios ligados às sensações de prazer e satisfação no cérebro.

Alguns estudos apontam que a concentração de THC do skunk pode ser de sete a dez vezes maior do que a encontrada na maconha, com uma porcentagem de aproximadamente 20% na droga sintética (ou de 40%, dependendo da versão “híbrida”) contra 2,5% na sua forma tradicional.

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